Com o estardalhaço que lhe é habitual e a
generosa cobertura das redes de TV em praticamente todos os seus
telejornais, o governador tucano de São Paulo, Geraldo Alckmin, anunciou
nesta 6ª feira (ontem), um pacote de cortes em gastos públicos. As
medidas vão da venda do helicóptero usado por ele (e que um jornal diz
que estava obsoleto e, por ser muito antigo, gastando muito) à extinção
de cargos comissionados (já vagos). Passando, atentem bem, pelo
fechamento de uma secretaria de Estado que ele mesmo criou dois anos
atrás, e de órgãos públicos.
O foguetório com que Alckmin lança
esses seus projetos e obras só não pode continuar e ser repetido depois,
ao longo do tempo, porque a maioria dos programas e obras que ele
anuncia não sai do papel. Ninguém sabe, ninguém viu, não se sabe onde
estão.
O governador anunciou seu pacote de austeridade na manhã
de ontem. A noite uma falha parou a circulação de trens em uma linha do
metrô de São Paulo por 40 minutos - na noite da mesma 6ª feira. A
paralisação ocorreu na Linha 2-Verde (Vila Prudente - Vila Madalena) do
metrô.
Segundo a empresa, o problema começou por volta das 19h40
em um "equipamento de via" próximo à estação Paraíso. A falha, segundo a
Companhia do Metropolitano, foi sanada 40 minutos depois, mas
prejudicou a circulação de trens entre as estações Chácara Klabin e
Brigadeiro até às 20h22. O metrô ainda não detalhou que tipo de falha
ocorreu e o que a teria provocado.
Quer dizer, pela manhã, temos
no Palácio dos Bandeirantes demagogia pura. À noite, o metrô registrando
as habituais panes de sempre que estão chegando, em média, a duas ou
três vezes por semana, seja no metrô, seja na Companhia Paulista de
Trens Metropolitanos (CPTM) que serve os subúrbios da capital e Grande
São Paulo. Investir na manutenção, melhoria e ampliação desses sistemas,
Alckmin não investe, garantem os especialistas. Só anuncia.
domingo, 30 de junho de 2013
Governador Alckmin corta R$ 355 milhões, mas vende 600 terrenos a R$ 900 milhões
Enquanto governador anuncia 'corte fiscal' de 0,07% do Orçamento, tucanos votam projeto que aliena até o Ibirapuera. CUT e Passe Livre dizem que problema é de transparência, e não de gastos
São Paulo – No mesmo dia em que se vale de pronunciamento para anunciar cortes de R$ 355,5 milhões que incluem fechamento de secretaria, fusões e venda de veículos, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), pede que a Assembleia Legislativa aprove um projeto de lei que vende 600 terrenos a R$ 900 milhões – incluindo o local onde fica o Ginásio do Ibirapuera, na zona sul da capital. Ao mesmo tempo, o tucano investe R$ 226 milhões em publicidade só neste ano, totalizando quase R$ 2,5 bilhões nos últimos dez anos de administração do PSDB.
O governador culpou a revogação do aumento de tarifas de trens e metrô, anunciado no dia 19 após forte mobilização popular, pela necessidade de cortar de outras fontes, embora conte com ao menos R$ 12 bilhões em caixa e tenha deixado todos os anos de executar parte do orçamento estadual, que só em 2013 prevê R$ 173 bilhões em despesas.
Foi a mesma posição defendida pelo prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), ao voltar atrás na decisão de elevar o preço da passagem de ônibus. De lá para cá, o petista cancelou a licitação do sistema de transporte público e prometeu abrir as planilhas de gastos do setor, como exigido pelo Movimento Passe Livre (MPL), organizador das manifestações que resultaram na revogação.
Mayara Vivian, militante do MPL, considera que o governador erra ao indicar que a revogação do aumento é mera questão de remanejamento orçamentário. “É uma questão de prioridade. A gente mostrou dados de que se investia muito mais em transporte individual do que em transporte público. Então era só uma questão de se inverter prioridades, se vai fazer Ponte Estaiada ou se vai fazer corredor de ônibus. E, por outro lado, cortar é cortar o lucro do empresário, que ninguém sabe qual é.”
O vice-presidente da CUT de São Paulo, Douglas Izzo, vai no mesmo caminho ao pedir que Alckmin exponha à população os contratos do transporte público. “Tem muitos recursos em que o governo tem dificuldade na aplicação até para investimento. São várias obras paradas e ele não consegue colocar essas obras para andar e utilizar os recursos previstos anualmente. Não tem necessidade de fazer esses ajustes.”
Os cortes anunciados hoje, chamados pelo governador de “pacote de ajuste fiscal”, preveem uma redução de custos de R$ 129,5 milhões este ano, o equivalente a 0,07% do Orçamento, e de R$ 226 milhões em 2014. Entre as ações está a extinção da Secretaria de Desenvolvimento Metropolitano, criada pelo próprio Alckmin em 1º de janeiro de 2011. "A gente pode ter uma secretaria a menos sem nenhum prejuízo para a população", disse o governador, durante entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, sem explicar por que abriu a estrutura que agora extingue.
“A secretaria que ele está fechando foi criada para acomodar pessoas da base governista”, critica o deputado Carlos Giannazi (Psol). “Dos 94 deputados, no mínimo 66 são da base do governo e ele negocia cargos, distribui secretarias. Tem que alimentar a base. O que ele fez hoje é só pró-forma para imprensa.”
Outra das medidas anunciadas pelo governo estadual é a fusão de três autarquias: Centro de Estudos e Pesquisas de Administração Municipal (Cepam), Fundação do Desenvolvimento Administrativo (Fundap) e Fundação Seade. O Seade funciona com este nome desde 1978, mas é herança de uma estrutura criada ainda no século 19 para garantir a formulação de pesquisas e relatórios fundamentais para o planejamento de ações governamentais. “A Fundação Seade é importante para quem tem de buscar dados econômicos e sociais do estado de São Paulo. A gente lamenta e espera que essa fusão não venha acompanhada de rebaixamento das condições de trabalho dos funcionários dessas três fundações”, diz Izzo, da CUT.
O pacote inclui também a redução da frota de veículos, o que, segundo Alckmin, provocará economia de R$ 3,1 milhões ao ano, acrescidos de R$ 6,5 milhões devido à redução no aluguel de veículos. A venda de um helicóptero resultará em corte de R$ 4,5 milhões ao ano. Outras fontes serão cortes de água, luz, combustível e telefonia. "Com isso nós não afetaremos um centavo os investimentos do governo que são necessários para poder gerar mais emprego e melhorar os serviços públicos", argumenta o tucano.
No mesmo dia, a base aliada ao governador na Assembleia prepara a votação do Projeto de Lei 650, de 2012, que autoriza a venda de até 600 imóveis para garantir a aplicação do Programa de Parcerias Público-Privadas. Trata-se de uma tentativa, na visão do Executivo, de viabilizar investimentos no metrô, em trens e em rodovias, em um total de R$ 45 bilhões. “É uma contradição enorme. Vamos votar hoje uma Lei de Diretrizes do Orçamento antissocial que não investe o suficiente na educação, saúde. O Alckmin faz isso para inglês ver, para a opinião pública. Para fazer marketing”, afirma Giannazi. “É um procedimento administrativo para mostrar que está impondo a moralidade, a austeridade. É uma perfumaria.”
As bancadas do Psol, do PT e do PSD tentaram barrar a apreciação do texto e cobraram do governador a realização de audiências públicas para debater o tema, mas não tiveram sucesso. Para a oposição ao Palácio dos Bandeirantes, a aprovação equivale a passar um cheque em branco ao governo para dispor de prédios e terrenos públicos de alto valor monetário, sem que sejam vendidos pelo montante que realmente valem.
Investimentos
Embora diga que os cortes visam a não prejudicar os investimentos previstos para este ano, a realidade da execução orçamentária contraria o tucano. No metrô, por exemplo, em 2011 e 2012 havia previsão de destinar R$ 9,3 bilhões tanto em melhorias como em expansão do sistema, mas apenas R$ 3,4 bilhões foram gastos, menos de 40% do total.
Em modernização e capacitação das linhas já existentes, o governo também destinou menos do que o orçamento previa. Por exemplo, a linha 3-Vermelha, que liga Itaquera, no extremo leste, à Barra Funda, na zona oeste, e que em horários de pico é a mais superlotada, deveria ter recebido investimentos de R$ 484 milhões, mas o governo conseguiu aplicar R$ 384 milhões.
Investimentos
Embora diga que os cortes visam a não prejudicar os investimentos previstos para este ano, a realidade da execução orçamentária contraria o tucano. No metrô, por exemplo, em 2011 e 2012 havia previsão de destinar R$ 9,3 bilhões tanto em melhorias como em expansão do sistema, mas apenas R$ 3,4 bilhões foram gastos, menos de 40% do total.
Em modernização e capacitação das linhas já existentes, o governo também destinou menos do que o orçamento previa. Por exemplo, a linha 3-Vermelha, que liga Itaquera, no extremo leste, à Barra Funda, na zona oeste, e que em horários de pico é a mais superlotada, deveria ter recebido investimentos de R$ 484 milhões, mas o governo conseguiu aplicar R$ 384 milhões.
A linha 1-Azul, a mais antiga, inaugurada nos anos 1970, teria recebido R$ 552 milhões se o orçado em 2011 e 2012 fosse aplicado integralmente, mas o total investido foi de R$ 382 milhões. Na linha 2-Verde, a diferença entre orçado e realizado foi a menor. Eram previstos R$ 135 milhões e foram investidos R$ 131 milhões. E a linha 5-Lilás, que já previa o menor montante em investimento somados os dois anos de Geraldo Alckmin, R$ 8,2 milhões, recebeu pouco mais da metade, R$ 4,8 milhões.
Em educação, novamente o que se nota é uma aplicação inconstante. Estudo feito pela liderança do PT na Assembleia mostra que as obras de expansão da rede física escolar, por exemplo, caíram um quarto, de R$ 1,002 bilhão, em 2012, para R$ 751 milhões em 2013. A redução é de R$ 251,2 milhões.
Em aperfeiçoamento dos profissionais do ensino fundamental e médio, em relação ao ano passado, o orçamento em vigor registrou queda de 15,34% no primeiro (de R$ 71,4 milhões para R$ 60,4) e 25,8% no segundo, que diminuiu de R$ 52,9 milhões para R$ 39,2 milhões.
O Programa Ler e Escrever, lançado em 2007 na gestão de José Serra (PSDB) para promover a melhoria do ensino em toda a rede estadual, com ações incluindo apoio aos professores e distribuição de materiais pedagógicos e outros subsídios, teve recursos e número de alunos beneficiados reduzidos. Na peça orçamentária de 2012, eram 681.763 alunos, com verbas de R$ 85,9 milhões. Em 2013, os números caíram para 661.731 (2,9%) e R$ 65 milhões (24,3%), respectivamente.
O programa de alimentação escolar apresenta redução dos recursos (de R$ 368 milhões para R$ 336 milhões), enquanto o número de alunos a ser alcançado aumentou de 2.140.622 para 2.208.489, o que pode representar a diminuição da qualidade nutricional oferecida aos alunos, segundo o estudo.
O programa Escola da Família, criado na primeira gestão de Alckmin, que previa o funcionamento das escolas em fins de semana para atividades das comunidades onde se localizam, foi reduzido pela metade no governo de José Serra (2007-2010) e, no segundo mandato de Alckmin, permanece estagnado. Em 2012, eram 2.390 escolas participantes do programa, número que permanece igual este ano. Os recursos, porém, aumentaram de R$ 103,5 milhões para 119,3 milhões.
O Programa Ler e Escrever, lançado em 2007 na gestão de José Serra (PSDB) para promover a melhoria do ensino em toda a rede estadual, com ações incluindo apoio aos professores e distribuição de materiais pedagógicos e outros subsídios, teve recursos e número de alunos beneficiados reduzidos. Na peça orçamentária de 2012, eram 681.763 alunos, com verbas de R$ 85,9 milhões. Em 2013, os números caíram para 661.731 (2,9%) e R$ 65 milhões (24,3%), respectivamente.
O programa de alimentação escolar apresenta redução dos recursos (de R$ 368 milhões para R$ 336 milhões), enquanto o número de alunos a ser alcançado aumentou de 2.140.622 para 2.208.489, o que pode representar a diminuição da qualidade nutricional oferecida aos alunos, segundo o estudo.
O programa Escola da Família, criado na primeira gestão de Alckmin, que previa o funcionamento das escolas em fins de semana para atividades das comunidades onde se localizam, foi reduzido pela metade no governo de José Serra (2007-2010) e, no segundo mandato de Alckmin, permanece estagnado. Em 2012, eram 2.390 escolas participantes do programa, número que permanece igual este ano. Os recursos, porém, aumentaram de R$ 103,5 milhões para 119,3 milhões.
Fonte: Rede Brasil Atual
sábado, 29 de junho de 2013
EM SP, PSDB usa estatais para turbinar salários de filiados
Secretários, assessores e colaboradores do governo são conselheiros de estatais mesmo sem relação profissional com a área
O governo do Estado de São Paulo tem usado os cargos a que tem direito nos conselhos de administração de empresas estatais para abrigar filiados do PSDB e quadros ligados ao partido. Os honorários pagos com recursos das empresas ou do erário estadual servem como complemento salarial para secretários, assessores e colaboradores do Palácio dos Bandeirantes. A lista de conselheiros das estatais paulistas revela ainda que, em diversos casos, não há nenhuma relação entre a formação profissional dos contemplados e a área de atuação das empresas.
Há um cineasta no conselho da Dersa (estatal do setor rodoviário), uma ex-diretora de orquestra na Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae) e uma psicóloga e ex-diretora da Febem no Porto de São Sebastião. Há ainda jornalista do Palácio dos Bandeirantes participando de reuniões técnicas de planejamento metropolitano.
De 136 nomes de conselheiros avaliados pelo jornal O Estado de S. Paulo, em 65 foi possível identificar algum tipo de ligação com o PSDB ou com o primeiro escalão dos governos José Serra ou Geraldo Alckmin.
Os salários dos servidores paulistas não podem, em tese, ultrapassar o do governador, que é de cerca de R$ 18,7 mil. Muitos conselheiros admitem, informalmente, que os honorários pagos pelas empresas são uma maneira de complementar os salários do serviço público e torná-los mais atraentes em relação aos da iniciativa privada.
Os conselheiros recebem remuneração pela participação em reuniões - em geral, uma por mês. Os pagamentos mensais estão entre R$ 3.500 e R$ 4.500 - fora o 13º salário e os bônus, pagos em alguns casos.
Resposta
O governo estadual e pessoas contempladas com cargos em conselhos de administração de estatais negam a existência de apadrinhamento político e afirmam que o critério para a escolha é o da competência técnica. Em relação ao fato de estatais terem conselheiros com formação profissional de áreas distintas daquela em que a empresa atua, o governo afirma que a diversidade é um fator positivo.
"A composição dos conselhos de administração leva em conta, além das competências técnicas e experiências individuais dos seus membros, a representação de diferentes setores de governo, de forma a propiciar o ajuste da visão setorial com as diretrizes mais amplas de investimentos e prioridades da administração", afirma nota da assessoria do Palácio dos Bandeirantes.
"É necessário ter entre os integrantes (dos conselhos) quadros capazes de permitir a integração e a comunicação das ações das empresas no âmbito das diretrizes de investimentos e prioridades do governo do Estado", prossegue a nota. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo via IG
quarta-feira, 26 de junho de 2013
No ritmo atual, SP levaria 172 anos para ter metrô como o de Londres
Rogerio Wassermann
O metrô de São Paulo, o mais antigo do Brasil,
precisaria de mais 172 anos, seguindo a média de expansão anual desde
sua inauguração, para chegar à extensão atual do metrô de Londres, o
mais antigo do mundo, que completou 150 anos nesta semana.
O cálculo foi feito pela BBC Brasil com base nos
dados de extensão atual dos sistemas e dos anos de existência de cada
um. O sistema da capital paulista, inaugurado em 1974, tem hoje 74,3
quilômetros de extensão - numa média de expansão de 1,91 quilômetro por
ano. O metrô de Londres, em operação desde janeiro de 1863, tem uma
expansão média de 2,68 quilômetros por ano.A maioria dos outros sistemas de metrô brasileiros tem um quadro ainda pior do que o de São Paulo.
O único sistema com ritmo médio de expansão mais acelerado do que o de Londres é o de Brasília, inaugurado em 2001 e que conta atualmente com 42,4 quilômetros de extensão. Nesse período, o metrô se expandiu a um ritmo de 3,53 quilômetros por ano e precisaria de apenas mais 102 anos para chegar aos 402 quilômetros atuais do metrô de Londres.
Segundo os cálculos feitos pela BBC Brasil, o metrô do Rio de Janeiro precisaria de mais 300 anos para chegar à extensão atual do metrô de Londres, o de Recife precisaria de 257 anos, o de Porto Alegre, 305 anos, o de Belo Horizonte, 358 anos, e o de Teresina, 641 anos.
Questões técnicas
Também não foram consideradas outras questões técnicas como a dificuldade de construção em cada terreno, exigências legais e ambientais de cada local que podem atrasar ou acelerar as obras e as realidades de cada cidade em relação a população, área e necessidades de transporte.
Os dados comparados pela BBC Brasil indicam ainda uma diferença no ritmo de expansão se for considerado o número de estações abertas desde a inauguração da rede. O metrô de Londres tem um total de 270 estações - uma média de 1,8 estação aberta por ano de existência.
O metrô de São Paulo, com 64 estações, teve 1,64 estação aberta a cada ano - o segundo maior ritmo de abertura de estações entre os metrôs brasileiros, atrás somente do de Brasília, com duas estações aberta por ano de existência.
O metrô do Rio de Janeiro abriu em média 1,03 estação por ano, o de Recife abriu 1 estação por ano, o de Porto Alegre 0,71 estação por ano, o de Belo Horizonte abriu 0,70 estação por ano e o de Teresina, que tem apenas nove estações, abriu 0,38 estação a cada ano de existência.
Comparação global
O sistema de Xangai, com 437 quilômetros de extensão, já ultrapassou a extensão do metrô de Londres e levou apenas 16,6 anos desde sua abertura para atingir o tamanho da rede da capital britânica.
Inaugurado em 2002, o metrô da capital da Índia, Nova Déli, tem a segunda maior média de expansão mundial, com uma média de 17,6 quilômetros abertos por ano. Em menos de 11 anos, o metrô de Nova Déli já tem mais que o dobro da extensão do metrô de São Paulo, com 193 quilômetros de linhas no total.
O metrô de Seul, na Coreia do Sul, foi inaugurado no mesmo ano que o de São Paulo - 1974 -, mas sua expansão média em seus quase 39 anos de existência é a terceira maior do mundo, com 14,33 quilômetros abertos a cada ano. Com isso, a cidade tem hoje a maior rede do mundo, com 558,9 quilômetros de extensão.
Em seu ritmo médio de expansão desde a inauguração, o metrô de São Paulo ainda precisaria de mais 254 anos para chegar à extensão atingida pelo metrô de Seul em menos de quatro décadas. Mesmo a rede de Brasília, que tem a maior média de expansão entre os sistemas brasileiros, precisaria ainda de mais 146 anos para se igualar à rede atual da capital sul-coreana.
Entre os sistemas de metrô em países latino-americanos, o da Cidade do México, inaugurado em 1969, é o de maior extensão, com 226 quilômetros de linhas no total e o décimo maior ritmo de expansão do mundo, com 5,14 quilômetros a mais em média por ano.
Mas a comparação indica ainda que a expansão das redes de metrô é irregular. O sistema mais antigo da América Latina, em Buenos Aires, que completa neste ano seu centenário, tem hoje apenas 48,5 quilômetros de extensão, com um ritmo de expansão médio de 0,68 quilômetro por ano.
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terça-feira, 25 de junho de 2013
Alckmin investiu em metrô apenas 37% do previsto no orçamento
“Dos R$ 9,3 bilhões que teve para investir
entre 2011 e 2012, governo só executou R$ 3,4 bilhões em obras do metrô na
capital
O ritmo dos investimentos no metrô de São Paulo no atual mandato do governo de Geraldo Alckmin (PSDB) está muito aquém do previsto no orçamento do estado. Somados os valores aprovados para os anos de 2011 e 2012, o estado de São Paulo previa destinar R$ 9,3 bilhões, no total, tanto para melhorias da rede já existente quanto para a expansão do sistema. No entanto, só foram gastos R$ 3,4 bilhões. Ou seja, Alckmin deixou de aplicar em metrô, no biênio, R$ 5,9 bilhões (63%) – quase dois terços do que dispunha.
A ampliação do sistema inclui novidades como as das linhas 5 Lilás (ligando o Largo Treze de Maio, na região de Santo Amaro, à Estação Chácara Klabin da linha 2 Verde, em obras, no ramal Vila Madalena-Vila Prudente) e a linha 6 Laranja (que ligará a Freguesia do Ó, na zona norte à Estação São Joaquim, da linha 1 Azul, no bairro da Liberdade). Em expansão, entre o orçado (R$ 8,1 bilhões) e o executado (R$ 2,4 bilhões), o governo deixou de investir R$ 5,7 bilhões.
Os investimentos para a linha 5 (que atualmente liga o Capão Redondo ao Largo Treze), incluindo os trabalhos de “implantação operacional” da interligação com a linha 2, contavam, no biênio 2011-2012, com uma previsão orçamentária de R$ 2,8 bilhões, mas o que chegou a esse trecho do sistema foi de R$ 991 milhões (cerca de um terço dos recursos).
A diferença entre o orçamento e o investido é inda maior na linha 6: menos de 18% dos R$ 258 milhões foram empregados.
Em modernização e capacitação das linhas já existentes, o governo também destinou menos do que o orçamento previa. Por exemplo, a linha 3 Vermelha, que liga Itaquera, no extremo leste, à Barra Funda, na zona Oeste, e que em horários de pico é a mais superlotada, deveria ter recebido investimentos de R$ 484 milhões, mas o governo conseguiu aplicar R$ 384 milhões.
A linha 1 Azul, a mais antiga, inaugurada nos anos 1970, teria recebido R$ 552 milhões se o orçado em 2011 e 2012 fosse aplicado integralmente, mas o total investido foi de R$ 382 milhões.
Na linha 2 Verde a diferença entre orçado e realizado foi a menor. Eram previstos R$ 135 milhões e foram investidos R$ 131 milhões. E a linha 5-Lilás, que já previa o menor montante em investimento somados os dois anos de Geraldo Alckmin, R$ 8,2 milhões, recebeu pouco mais da metade, R$ 4,8 milhões.
Segundo a assessoria de imprensa do metrô, a malha hoje transporta 4 milhões de passageiros por dia nas linhas 1, 2, 3 e 5 (operadas pelo estado) e 600 mil na linha 4 Amarela (operada pela concessionária Via Amarela).
Como
resposta às manifestações que sacudiram o estado na semana passada, o
governador Alckmin anunciou hoje (24) que não haverá o tradicional reajuste de
1º de julho das tarifas de pedágio que cobrem de 6,4 mil quilômetros de
rodovias sob concessão no estado.
Eduardo Maretti,
RBA
O ritmo dos investimentos no metrô de São Paulo no atual mandato do governo de Geraldo Alckmin (PSDB) está muito aquém do previsto no orçamento do estado. Somados os valores aprovados para os anos de 2011 e 2012, o estado de São Paulo previa destinar R$ 9,3 bilhões, no total, tanto para melhorias da rede já existente quanto para a expansão do sistema. No entanto, só foram gastos R$ 3,4 bilhões. Ou seja, Alckmin deixou de aplicar em metrô, no biênio, R$ 5,9 bilhões (63%) – quase dois terços do que dispunha.
A ampliação do sistema inclui novidades como as das linhas 5 Lilás (ligando o Largo Treze de Maio, na região de Santo Amaro, à Estação Chácara Klabin da linha 2 Verde, em obras, no ramal Vila Madalena-Vila Prudente) e a linha 6 Laranja (que ligará a Freguesia do Ó, na zona norte à Estação São Joaquim, da linha 1 Azul, no bairro da Liberdade). Em expansão, entre o orçado (R$ 8,1 bilhões) e o executado (R$ 2,4 bilhões), o governo deixou de investir R$ 5,7 bilhões.
Os investimentos para a linha 5 (que atualmente liga o Capão Redondo ao Largo Treze), incluindo os trabalhos de “implantação operacional” da interligação com a linha 2, contavam, no biênio 2011-2012, com uma previsão orçamentária de R$ 2,8 bilhões, mas o que chegou a esse trecho do sistema foi de R$ 991 milhões (cerca de um terço dos recursos).
A diferença entre o orçamento e o investido é inda maior na linha 6: menos de 18% dos R$ 258 milhões foram empregados.
Em modernização e capacitação das linhas já existentes, o governo também destinou menos do que o orçamento previa. Por exemplo, a linha 3 Vermelha, que liga Itaquera, no extremo leste, à Barra Funda, na zona Oeste, e que em horários de pico é a mais superlotada, deveria ter recebido investimentos de R$ 484 milhões, mas o governo conseguiu aplicar R$ 384 milhões.
A linha 1 Azul, a mais antiga, inaugurada nos anos 1970, teria recebido R$ 552 milhões se o orçado em 2011 e 2012 fosse aplicado integralmente, mas o total investido foi de R$ 382 milhões.
Na linha 2 Verde a diferença entre orçado e realizado foi a menor. Eram previstos R$ 135 milhões e foram investidos R$ 131 milhões. E a linha 5-Lilás, que já previa o menor montante em investimento somados os dois anos de Geraldo Alckmin, R$ 8,2 milhões, recebeu pouco mais da metade, R$ 4,8 milhões.
Segundo a assessoria de imprensa do metrô, a malha hoje transporta 4 milhões de passageiros por dia nas linhas 1, 2, 3 e 5 (operadas pelo estado) e 600 mil na linha 4 Amarela (operada pela concessionária Via Amarela).
Pedágios
“Vamos manter os contratos, mas
conseguimos, num esforço bastante grande, equacionar esse problema para não ter
nenhum reajuste e não onerar o usuário do sistema”, disse.
As tarifas dos pedágios de São Paulo
seguem, por contrato, a variação anual do IPCA (IBGE) acumulado entre junho de
2012 e maio de 2013, que seria de 6,5%. A intenção é não haver reajustes até 1º
de julho de 2014.
Os altos preços dos pedágios são um dos
pontos mais criticados dos governos tucanos no estado. “Não é medida populista,
nós estamos fazendo um trabalho de dois anos e meio para contratos de longo
prazo. Estamos desde o início implantando o Ponto a Ponto", justificou
Alckmin, referindo-se a ampliação de praças de cobrança com redução de valores
por trecho rodado.”
Mais preocupada em derrubar Dilma, imprensa não deu a notícia: R$ 2,3 bilhões para Metrô do PSDB de Alckmin
A imprensa, mais preocupada em
derrubar a presidente Dilma, vê as coisas por um prisma negativo, dando
especial destaque aos aspectos ruins ou prejudiciais de certos fatos.
"Esquece" de publicar tudo que é positivo ao Governo Federal.
Na sexta feira (21), enquanto os jornais e TVs estavam mais preocupadas
em tocar o terror na populção, o BNDS, publicava sobre os bilhões que
foram enviados para o governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB),
aplicar no metrô.
Serão dois projetos que beneficiarão 1,335 milhão de passageiros por dia
Não deixa que a imprensa manipule e minta para você...O que está em jogo é a democracia! É o Brasil
Por que os jornais não publicaram uma notícia tão importante e umas das
reivindicações dos manifestantes? Por que para a imprensa, quando mais
insatisfeitos o povo ficar com o governo, mais rápido abre caminho
para aplicar o golpe e levar o tucano Aécio Neves para o Palácio do
Planalto.Não é a toa que a Folha de São Paulo já escolheu o ministro
Joaquim Barbosa, que não é filiado a nenhum partido, como candidato dos
golpistas.
Leia a seguir a notícia que não está em nenhum jornal do País: "BNDES dá novo apoio à expansão do Metrô de SP com financiamento de R$ 2,3 bilhões"
Serão dois projetos que beneficiarão 1,335 milhão de passageiros por dia
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou a
concessão de dois financiamentos, no total de R$ 2,3 bilhões, para o
Estado de São Paulo expandir o sistema de transporte de alta capacidade
da região metropolitana paulistana, o metrô.
Do total de empréstimos aprovados pelo BNDES, R$ 1,5 bilhão será
destinado à expansão da Linha 2- Verde do Metrô-SP, sentido nordeste da
capital, no trecho entre a estação Vila Prudente e o estacionamento
Rapadura, entre os bairros de Nova Manchester e Vila Formosa. A
participação do BNDES será de 45,6% dos investimentos totais.
Outra operação aprovada pelo BNDES, no valor de R$ 800 milhões, prevê a
implantação da Linha 15 - Prata do Metrô, em sistema monotrilho, no
sentido leste da cidade, no trecho entre as estações Vila Prudente e
Hospital Cidade Tiradentes. Este projeto já havia recebido apoio do
BNDES no valor de R$ 922 milhões, no ano passado. Considerando estes
dois financiamentos, a participação total do BNDES no projeto será de
37,6% do investimento total.
Nos últimos cinco anos, o BNDES financiou projetos de expansão do Metrô
de São Paulo com apoio de R$ 6,272 bilhões. O apoio de maior valor foi a
expansão de 3,9 km da Linha 2, R$ 1,579 bilhão, ligando as estações
Alto Ipiranga e Vila Prudente, com compra de 16 novos trens.Continue lendo aqui
Se informe aqui no site do BNDS sobre o Programa BNDES de Arenas para a Copa do Mundo de 2014 - BNDES ProCopa Arenas Não deixa que a imprensa manipule e minta para você...O que está em jogo é a democracia! É o Brasil
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sábado, 22 de junho de 2013
Sem aviso, Alckmin encerra integração na zona sul e custo de passagens sobe até 2.200%
Governo estadual diz que desconto em
integração ônibus-metrô no Terminal Sacomã era indevido. Passageiros
reclamam do aumento de gastos e da falta de informação
São Paulo – Começou a valer a partir de do dia 2 desse mês, sem prévio
aviso, nova regra para a integração intermunicipal no terminal da
estação Sacomã de metrô. Os passageiros se mostravam confusos
e revoltados com os novos preços e a dinâmica para fazerem a
integração. Antes, apenas com o Bilhete Único era possível fazer a
integração com os ônibus intermunicipais. Agora, é necessário que o
usuário do transporte público tenha também o cartão Bom, o Bilhete de
Ônibus Metropolitano, que opera nas linhas de transporte coletivo dos 39
municípios da região metropolitana de São Paulo.
Fonte: Rede Brasil Atual
Até domingo, o usuário que chegasse de metrô ao
Sacomã e quisesse pegar um ônibus intermunicipal só pagavam a diferença
das tarifas, que variavam entre R$ 0,15 e R$1,60, dependendo do destino.
Agora a passagem do ônibus tem de ser paga integralmente, um valor que
varia de R$ 3,40 e R$ 5, diferença que alcança até 2.200%.
“É um absurdo, agora tenho que pagar duas conduções, é cruel”, disse Neusa Maria de Souza Felício, auxiliar de serviço, à TVT.
A EMTU informou que o desconto na integração era indevido, e que foi
realizada uma campanha de ampla divulgação para que os usuários
soubessem das mudanças previamente.
AS 5 Causas para os manifestantes do Estado de São Paulo
1- Melhoria na infra-estrutura do transporte público paulista Estamos
cansados de sermos carregados como gado e ainda pagar caro por isto.
2 - Maior Investimento na Educação e Cultura. Fim da Imediato da
Progressão Continuada nas Escolas do Estado, que transformou nossa
escola em fabricas de analfabetos funcionais. Maior valorização dos professores.
3 - Fim das absurdas filas nos hospitais. Virou rotina médio para fazer
um exame em São Paulo é de 3 meses, em alguns casos o dobro do tempo.
Isto é indigno. O tempo deve ser de no máximo de apenas 1 mês.
4 - Aumento da Segurança Pública. Investimentos na segurança publica.
Dizer que só distribuição de renda resolve o problema da segurança é
dizer que só pobre comete crime. A Polícia resolve somente 3% dos crimes
graves como homicídio, estupro, assalto a mão armada, em SP. Combate
efetivo contra a violência com meta de atingir a resolução 50% dos
crimes graves. Melhores condições de trabalho e salários aos policiais
5 - CPI da Privatizações da Telesp, do Banespa e
outras entidades publicas de São Paulo, onde mais de 100 bilhões forma
desviados e outras CPIS que vem sendo bloqueada pelos governos do PSDB há 20 anos
(Grifo nosso)
Com a devida punição dos culpados e ressarcimento ao Estado de São Paulo.
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sexta-feira, 14 de junho de 2013
PM barbariza na repressão ao protesto em SP
“Aos números: 235 presos e 7 jornalistas
agredidos, numa ação que chocou até a Anistia Internacional; protesto contra o
aumento dos ônibus teve jovens detidos ainda na concentração; prefeito Fernando
Haddad condenou "violência policial" e o secretário de Segurança,
Fernando Grella, afirmou que a corregedoria da instituição irá atuar para
coibir abusos
No quarto dia de protestos contra os
aumentos de ônibus em São
Paulo, a Polícia Militar decidiu barbarizar. Ainda na
concentração, 40 jovens foram detidos. Na madrugada, contabilizados todos os
presos, eram nada menos que 235 pessoas. Desses suspeitos, 198 foram
encaminhados ao 78º DP (Jardins) e outros 37 para o 1º DP (Liberdade). Destes,
231 foram soltos e quatro seguem detidos, acusados de formação de quadrilha.
Ao comentar o episódio, o prefeito de São
Paulo, Fernando Haddad condenou a violência policial. "Na terça, a imagem
que ficou foi da violência dos manifestantes. Hoje, infelizmente, não resta
dúvida, a imagem que ficou e da violência policial". O secretário de
Segurança do estado, Fernando Grella, disse que as ações foram tomadas para
garantir o "direito de ir e vir", mas afirmou que abusos serão
investigados pela "corregedoria" da instituição.
Ao todo, sete jornalista da Folha de S.
Paulo foram agredidos e, entre os detidos, está o repórter da "Carta
Capital", Piero Locatelli. A repressão ao trabalho da imprensa provocou
protestos até mesmo da Anistia Internacional.
Os protestos criticam o aumento das
passagens dos ônibus de R$ 3,00 para R$ 3,20 e o Ministério Público propõe um
congelamento dos preços durante 45 dias – que seria o prazo para uma negociação
com o governador Geraldo Alckmin e com o prefeito Fernando Haddad. "Quanto
a reduzir o valor da passagem, não há possibilidade", afirmou o
governador. O prefeito Fernando Haddad (PT) também disse que não reduzirá a
tarifa de ônibus. Ele reafirmou que o aumento de R$ 3 para R$ 3,20 ficou abaixo
da inflação e que cumpriu compromisso de sua campanha.”
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quinta-feira, 6 de junho de 2013
Lembo: “Estamos sendo mortos nas ruas enquanto o governador Alckmin discute sobre um emprego”
O ex-governador de São Paulo Cláudio Lembo (PSD) diz que Geraldo Alckmin "perde
tempo" ao bombardear o acúmulo de cargos de Guilherme Afif. Lembo enumerou casos
de violência que estão acontecendo no Estado de São Paulo, que segundo ele, Alckmin ignora: "Estamos sendo
mortos nas ruas enquanto o governador Alckmin discute sobre um emprego".
Cláudio Lembo criticou o governador tucano Geraldo Alckmin (PSDB) por
não interferir no debate que a Assembleia Legislativa faz sobre a
possível perda de mandato do vice-governador Guilherme Afif Domingos
(PSD), seu colega, de partido. Lembo foi vice de Alckmin na gestão
2003-2006, e assumiu o governo em março de 2006 quando o tucano deixou o
cargo para se candidatar à Presidência da República. À época ele estava
no DEM, do qual saiu depois, migrando para o PSD, onde estão Afif e o
ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab.
"Ele (Alckmin) devia solicitar à bancada dele que analisasse essa questão com uma visão global, e não com uma visão absolutamente provinciana. A Assembleia Legislativa tem um líder do governador e ele tem influência na casa. Alckmin devia estar orgulhoso de ver um quadro dele chamado para Brasília", afirmou Lembo ao jornal o Estado de SP.
Para ele, a questão devia ser encerrada pelo governo estadual. "z"O governador tem que se preocupar com assuntos mais sé rios, e não criar esse falso dilema que não existe."
O ex-governador avaliou que a discussão sobre a dupla função de Afif anão tem importância alguma" e "é falta do que fazer". "Além do mais, não é problema do PSDB, é da comunidade, e ela está muito satisfeita com Afif no ministério".
OS Amigos do Lula
quarta-feira, 5 de junho de 2013
Governo de São Paulo recusa verbas federais para alfabetização de adultos
Secretaria paulista é o única, entre as
unidades da Federação, a não aderir a programa do MEC; programa local na
mesma linha terceiriza recursos para ONGs
São Paulo – Depois de dez anos de estudo para realizar o sonho de
aprender a ler e a escrever, Terezinha Brandolim, de 82 anos, se viu sem
alternativa no começo deste ano: a escola em que estudava, no município
paulista de Ribeirão Preto, fechou as duas turmas de Educação de Jovens
e Adultos (EJA) na qual estudavam pessoas de todos os níveis de
escolaridade.
Com a impossibilidade de a mãe continuar os estudos, sua filha, Maria Zulmira de Souza, convidou-a para ficar em São Paulo, onde mora. “Mas todas as escolas aqui perto estavam fechando seus cursos de alfabetização”, conta. Ela, então, contratou uma professora particular, que dá aulas para "dona Tetê" três vezes por semana. “Resolvi fazer esse esforço porque deixei muito tempo na mão do governo, que dizia dar conta, mas não funcionava.”
Dona Tetê faz parte do conjunto de 1,7 milhão de paulistas adultos que não sabem ler nem escrever, total equivalente à população de Curitiba. Ainda assim, São Paulo, segundo o Ministério da Educação (MEC), foi o único estado do país a não aceitar recurso do governo federal para alfabetização de adultos pelo Programa Brasil Alfabetizado neste ano. A verba, que varia segundo o número de alfabetizandos e alfabetizadores, poderia ser usada para pagamento de professores e coordenadores, além da aquisição de materiais pedagógicos para as aulas.
Com adesão das demais 25 secretarias de Educação (mais o Distrito Federal), o programa do MEC atende hoje 959 prefeituras. O objetivo é chegar ao final de 2013 em 3.359 municípios e 1,5 milhão de pessoas.
A Secretaria de Educação de São Paulo informou que o estado possui seu próprio programa na área, o Alfabetiza São Paulo, que atende a 25 mil alunos em 38 municípios, entre eles a capital paulista e Ribeirão Preto.
A verba para o projeto neste ano é de R$ 8.879.916. O montante não está discriminado no Orçamento do estado por, segundo a secretaria, estar incluído no Programa de Inclusão de Jovens e Adultos na Educação Básica, que atende a todas as etapas do ensino. O dinheiro, no entanto vai para ONGs, e não para as prefeituras.
As ONGs, segundo nota da secretaria, fazem uma “uma ação complementar ao trabalho que já deve ser realizado pelas administrações municipais .
Com a impossibilidade de a mãe continuar os estudos, sua filha, Maria Zulmira de Souza, convidou-a para ficar em São Paulo, onde mora. “Mas todas as escolas aqui perto estavam fechando seus cursos de alfabetização”, conta. Ela, então, contratou uma professora particular, que dá aulas para "dona Tetê" três vezes por semana. “Resolvi fazer esse esforço porque deixei muito tempo na mão do governo, que dizia dar conta, mas não funcionava.”
Dona Tetê faz parte do conjunto de 1,7 milhão de paulistas adultos que não sabem ler nem escrever, total equivalente à população de Curitiba. Ainda assim, São Paulo, segundo o Ministério da Educação (MEC), foi o único estado do país a não aceitar recurso do governo federal para alfabetização de adultos pelo Programa Brasil Alfabetizado neste ano. A verba, que varia segundo o número de alfabetizandos e alfabetizadores, poderia ser usada para pagamento de professores e coordenadores, além da aquisição de materiais pedagógicos para as aulas.
Com adesão das demais 25 secretarias de Educação (mais o Distrito Federal), o programa do MEC atende hoje 959 prefeituras. O objetivo é chegar ao final de 2013 em 3.359 municípios e 1,5 milhão de pessoas.
A Secretaria de Educação de São Paulo informou que o estado possui seu próprio programa na área, o Alfabetiza São Paulo, que atende a 25 mil alunos em 38 municípios, entre eles a capital paulista e Ribeirão Preto.
A verba para o projeto neste ano é de R$ 8.879.916. O montante não está discriminado no Orçamento do estado por, segundo a secretaria, estar incluído no Programa de Inclusão de Jovens e Adultos na Educação Básica, que atende a todas as etapas do ensino. O dinheiro, no entanto vai para ONGs, e não para as prefeituras.
As ONGs, segundo nota da secretaria, fazem uma “uma ação complementar ao trabalho que já deve ser realizado pelas administrações municipais .
A secretaria reforçou que a alfabetização faz parte dos anos iniciais
do ensino fundamental, de responsabilidade dos municípios, que ficaram
livres para aderir ao programa federal. Apesar do programa estadual, 40
prefeituras paulistas aceitaram o apoio, com o qual 11.954 pessoas devem
estudar neste ano. O ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (PSD) não
aderiu ao Brasil Alfabetizado no ano passado, o que possibilitaria sua
implementação em 2013.
O especialista em Educação de Jovens e Adultos da ONG Ação Educativa, Roberto Catelli, questiona o programa. “O Alfabetiza São Paulo não dá conta da demanda. Está longe de dar, por isso, o estado não deveria deixar de aceitar ajuda”, avalia. “Um programa não inviabiliza o outro, pelo contrário.”
Ribeirão Preto, onde mora dona Tetê, participa dos dois programas. “O estado defende que o percentual de analfabetos é baixo, mas em número absolutos é muito alto. Só na cidade de São Paulo são 300 mil, segundo dados do Censo de 2010, quase a população da cidade mineira de Uberaba”, afirma.
Catelli lembra também que o Brasil Alfabetizado, do governo federal, peca na falta de avaliação dos resultados alcançados e por não propor meios de os alunos continuarem estudando depois de alfabetizados. “Temos dados que provam que menos de 10% continuam na escola”, afirma.
O especialista em Educação de Jovens e Adultos da ONG Ação Educativa, Roberto Catelli, questiona o programa. “O Alfabetiza São Paulo não dá conta da demanda. Está longe de dar, por isso, o estado não deveria deixar de aceitar ajuda”, avalia. “Um programa não inviabiliza o outro, pelo contrário.”
Ribeirão Preto, onde mora dona Tetê, participa dos dois programas. “O estado defende que o percentual de analfabetos é baixo, mas em número absolutos é muito alto. Só na cidade de São Paulo são 300 mil, segundo dados do Censo de 2010, quase a população da cidade mineira de Uberaba”, afirma.
Catelli lembra também que o Brasil Alfabetizado, do governo federal, peca na falta de avaliação dos resultados alcançados e por não propor meios de os alunos continuarem estudando depois de alfabetizados. “Temos dados que provam que menos de 10% continuam na escola”, afirma.
Esforço reconhecido
Segundo Maria Zulmira, filha de dona Tetê, ela avançou muito de janeiro, quando começou a ter aulas particulares, até agora. “A gente sai na rua e eu tento ler as placas”, conta Tetê. “Qual aquela que você leu que me deixou emocionada?”, pergunta Maria Zulmira. “Imperatriz”, respondeu a mãe, orgulhosa
“Fui em muitas escolas municipais e estaduais, mas era muito
difícil”, conta dona Tetê. “Quando eu estava na escola, as professoras
davam mais atenção para quem estava sabendo mais. Ela dava exercício que
nem para criança e depois, no mesmo instante, dava aqueles problemas
grandes, com contas muito fortes. Eu não fazia nem as pequenas quanto
mais as grandes... Aí eu só copiava... cheguei até a chorar na escola.”
Dona Tetê, natural do município de Monte Azul Paulista, a 420
quilômetros de São Paulo, não pôde seguir seus estudos na infância por
ter de ajudar os pais, dois colonos agricultores, nos períodos de
colheita. “Sempre tive vontade de voltar a estudar. Mesmo depois de
casada tive que trabalhar muito. Meu marido e meus filhos tentaram
ajudar, mas a gente ficava só um pouco no estudo e depois tinha que
voltar para a roça”, conta.
“Aprender a ler é tudo, muda tudo. Eu fico em casa de noite sozinha, sentada no sofá, olhando a televisão. Só tem a TV e eu não gosto muito. Mas, se eu soubesse ler, eu pegava um livro ou escrevia algo”, diz. “Quando eu aprender, quero fazer a leitura da igreja para todo mundo ouvir”, planeja. Outra vontade é retornar para Ribeirão Preto, para estar mais perto da família e dos amigos.
“Eu já chorei muito pela falta da leitura. Chegam as correspondências em casa e eu tenho que dar para os outros lerem. Quando meu marido morreu, há 30 anos, tive que buscar trabalho sem saber ler. Eu só fazia limpeza e trabalhava na roça. Faz falta, muita falta.”
Para Maria Zulmira, alfabetizar a mãe virou um desafio pessoal. “Eu faço questão de contar a história da minha mãe porque eu imagino que essa deva ser a história de muitas outras pessoas. Deve haver tanta gente adormecida que nem minha mãe. Quantos artistas e escritores poderiam ter sido produzidos neste país? Quantas pessoas poderiam ter tido a oportunidade de realizar seus sonhos?”
da rede Brasil Atual
“Aprender a ler é tudo, muda tudo. Eu fico em casa de noite sozinha, sentada no sofá, olhando a televisão. Só tem a TV e eu não gosto muito. Mas, se eu soubesse ler, eu pegava um livro ou escrevia algo”, diz. “Quando eu aprender, quero fazer a leitura da igreja para todo mundo ouvir”, planeja. Outra vontade é retornar para Ribeirão Preto, para estar mais perto da família e dos amigos.
“Eu já chorei muito pela falta da leitura. Chegam as correspondências em casa e eu tenho que dar para os outros lerem. Quando meu marido morreu, há 30 anos, tive que buscar trabalho sem saber ler. Eu só fazia limpeza e trabalhava na roça. Faz falta, muita falta.”
Para Maria Zulmira, alfabetizar a mãe virou um desafio pessoal. “Eu faço questão de contar a história da minha mãe porque eu imagino que essa deva ser a história de muitas outras pessoas. Deve haver tanta gente adormecida que nem minha mãe. Quantos artistas e escritores poderiam ter sido produzidos neste país? Quantas pessoas poderiam ter tido a oportunidade de realizar seus sonhos?”
da rede Brasil Atual
domingo, 2 de junho de 2013
Aécio na TV não mostrou 'obras' de governadores tucanos, como o Pinheirinho
Na propaganda partidária na TV, o PSDB colocou o senador Aécio Neves (MG) para elogiar os governos estaduais tucanos. O programa se resumiu a
muitas palavras de auto-elogio, mas realizações que é bom e resultados
para o povo, não mostrou nada.
O vídeo abaixa mostra uma das realizações dos governos tucanos: o massacre do governo tucano no bairro do Pinheirinho, para arrancar crianças e idosos de suas casas, jogando-os no olho da rua, para entregar o terreno ao megaespeculador Naji Nahas. Dos Amigos do Lula
O vídeo abaixa mostra uma das realizações dos governos tucanos: o massacre do governo tucano no bairro do Pinheirinho, para arrancar crianças e idosos de suas casas, jogando-os no olho da rua, para entregar o terreno ao megaespeculador Naji Nahas. Dos Amigos do Lula
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