sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Secretário de Alckmin assume que não haverá reajuste salarial aos professores

Mudanças estruturais na rede de ensino também foram anunciadas pelo governo tucano
Por Rede Brasil Atual
O secretário estadual da educação, Hermann Vorwald declarou que não vai pagar reajuste aos professores esse ano. Mudanças estruturais na rede de ensino também foram anunciadas pelo governo tucano

Ouça a reportagem de Camila Salmazio

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

STJ valida ação sobre propinoduto tucano em São Paulo

STJ valida ação sobre propinoduto tucano em São Paulo
Superior Tribunal de Justiça considerou válidas as provas encaminhas pela Suíça para a instrução da ação penal contra o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e um dos fundadores do PSDB, Robson Marinho; Marinho é suspeito de ter recebido propina de US$ 3 milhões da Alstom, empresa acusada de integrar o cartel de trens e do metrô de São Paulo, em um contrato de venda de subestações elétricas em 1998; em 2015, a Justiça determinou o bloqueio de R$ 282 milhões da Alstom e de Marinho; dentre os bens de Marinho que foram bloqueados pela Justiça estão duas casas no valor de R$ 14 milhões e uma ilha no litoral norte de São Paulo, além do valor de US$ 1,1 milhão localizado na conta em um banco da Suíça
247 - O Superior Tribunal de Justiça considerou válidas as provas encaminhas pela Suíça para a instrução da ação penal contra  o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e um dos fundadores do PSDB, Robson Marinho. Marinho é suspeito de ter recebido propina da Alstom em contrato de venda de subestações elétricas em 1998. Negócio foi de R$ 68 milhões em valores atualizados.
A compra das subestações foi feita pela Eletropaulo e pela Empresa Paulista de Transmissão Elétrica, que na época pertenciam ao governo paulista.  Entre 1995 e 1997, foi o chefe da Casa Civil do então governador, Mário Covas (PSDB). Ele deixou o governo do Estado para ser conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.
A suspeita de propina, fez com a Suíça bloqueasse uma conta de Marinho naquele país por onde teriam passado US$ 3 milhões. O saldo atual, porém é de US$ 1,1 milhão. Robson Marinho sempre negou que tenha recebido dinheiro de maneira ilícita. Ele está afastado do Tribunal de Contas por decisão judicial desde agosto de 2014.
Em 2015, a Justiça também determinou o bloqueio de R$ 282 milhões da Alstom e de Marinho. Dentre os bens de Marinho que foram bloqueados pela Justiça estão duas casas no valor de R$ 14 milhões e uma ilha no litoral norte de São Paulo, além do valor de US$ 1,1 milhão localizado na conta em um banco da Suíça.

domingo, 13 de setembro de 2015

Ministério Público afirma que população mais pobre é a mais atingida pelo “Trensalão” de São Paulo

Condutas anticompetitivas fazem a população pagar mais caro e, paralelamente, receber serviços de qualidade inferior, afirmam promotores na ação em que pedem dissolução de 9 empresas e devolução de quase R$ 1 bi para o Tesouro
Por Brasil de Fato   via Portal Metropole
O Ministério Público Estadual afirma que a população de São Paulo ‘sofre’ com o cartel dos trens nos contratos bilionários do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) feitos durante os governos de Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin, todos do PSDB.
“Quem mais sofreu e ainda sofre com os desmandos decorrentes da divisão premeditada das fatias desse mercado é a população de baixa renda que depende dos trens para se locomover e, assim, ter acesso ao trabalho e, em última análise, garantir a própria subsistência”, aponta a ação.
A ação que tramita na Justiça nesta quinta-feira, 10, pede dissolução de nove empresas, entre elas as multinacionais Siemens, Alstom, CAF, MPE e Bombardier, além da devolução de quase R$ 1 bilhão ao Tesouro. Promotores que integram a Promotoria de Defesa do Patrimônio Público e Social afirmam que ‘os fatos deixam evidente que toda a sociedade paulista, sobretudo a população da Grande São Paulo, foi e continua sendo lesada de forma difusa pelas práticas anticompetitivas instituídas e operadas pelas demandadas’.
Segundo os promotores, houve formação de cartel em contratos de manutenção de 88 trens das séries 2000, 2100 e 3000 da CPTM, firmados em outubro e novembro de 2007 (governo José Serra, do PSDB) e com aditamentos em 2011 e 2012 (governo Geraldo Alckmin, PSDB).
“Coube à sociedade suportar o ônus financeiro pela prática criminosa do cartel”, afirmam os promotores. “A população ordeira, cumpridora de seus deveres tributários, teve que pagar mais caro em razão das condutas anticompetitivas. Em contrapartida, recebeu serviços de qualidade inferior àqueles que receberia se tivesse havido competição. Portanto, além do prejuízo financeiro, houve manifesto prejuízo social, com dispêndio excessivo e indevido de gastos suportados pela CPTM.”
Posicionamento
A CPTM afirma não ter sido notificada sobre essa ação. A Companhia informa ter ingressado na Justiça contra 19 empresas para exigir ressarcimento aos cofres públicos.
A CAF informou que não se manifestará sobre o assunto. A Alstom destacou que apresentará sua defesa “às autoridades competentes”. A MPE afirmou que “não tem nada a esconder e sempre colaborou com a Justiça.”
A Tejofran afirma que não foi notificada dos termos da ação, mas reiterou que participou de consórcio conforme permitido pela legislação. “A empresa obedeceu exatamente às disposições do edital e realizou todos os serviços previstos em contrato, com preços competitivos, razão pela qual venceu a disputa.”
A Siemens assinalou que, por iniciativa própria, “compartilhou com o CADE e demais autoridades informações que deram origem às atuais investigações quanto às possíveis práticas de formação de um cartel em contratos do setor metroferroviário.”

Alckmin usa dinheiro público R$ 1.500.000,00 para anúncios de João Doria Junior

FHC,Aecio Neves, Geraldo Alckmin, João Doria do PSDB
Os tucanos fazem a festa no cofre público. Quem paga é o povo

 O governador Geraldo Alckmin (PSDB) usou dinheiro em 2014 e 2015 para fazer anúncios em revistas do pré-candidato tucano à Prefeitura de SP. João Dória, como pagamento, organizou uma festa para os tucanos em Nova York, onde falou sobre  impeachment de Dilma
Geraldo Alckmin PSDB  usa  dinheiro público R$ 1.500.000,00  para anúncios de João Doria Jr.
 Nas propagandas, valor pago por página é maior que em revistas de grande circulação, como 'Exame' e 'Época'
O governo do Estado de São Paulo, comandado pelo tucano Geraldo Alckmin, pagou R$ 1,5 milhão ao empresário João Dória Junior., um dos pré-candidatos do PSDB à prefeitura paulistana, por anúncios veiculados em sete revistas da Dória Editora, entre 2014 e abril deste ano.
Os pagamentos foram intermediados por duas agências publicitárias contratadas pelo governo, a Mood e a Propeg, escolhidas por licitação, e seguiram os trâmites que regulam a publicidade estatal.
Dória é presidente do Lide (Grupo de Líderes Empresariais), que organiza eventos para empresários de diversas áreas, como o Fórum de Comandatuba, na Bahia. Sua editora possui 19 títulos, que em boa parte são atrelados aos encontros que promove.
Em um dos casos, o governo pagou R$ 501 mil por um publieditorial –formato em que o anúncio é semelhante a uma reportagem– de nove páginas na revista "Caviar Lifestyle", que declara circulação de 40 mil exemplares.

Há casos em que os valores pagos pelo governo foram proporcionalmente maiores em anúncios da editora do que em revistas consolidadas, que passam por verificação independente de circulação.
Alckmin paga mais de 500 mil para a revista "Caviar estilo de vida"
 No dia 5 de dezembro, o governo pagou R$ 259.000,00 por um anúncio de oito páginas na revista "Meeting & Negócios". Em 15 de janeiro, repassou R$ 202 mil por um anúncio de quatro páginas na revista "Líderes do Brasil".

Uma propaganda com o dobro do tamanho na "Exame", da Editora Abril, custou R$ 292 mil. Também em janeiro, por um anúncio de duas páginas na "Época", da Editora Globo, o governo pagou R$ 71 mil. Já a Editora Três cobrou R$ 479 mil do governo por 18 páginas na "Isto É".
Nenhuma das revistas da Dória Editora é certificado pelo IVC (Instituto Verificador de Comunicação), que audita a distribuição das principais publicações –como as outras revistas citadas.

PROXIMIDADE

Dória é filiado ao PSDB desde 2001, segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Ele foi secretário de Turismo na prefeitura de Mário Covas (1983-86), mas nunca disputou eleições. O empresário mantém relação próxima com Alckmin, a quem apoiou na campanha à reeleição no ano passado.

Durante a disputa, o grupo organizou encontros entre empresários e os três principais candidatos. Além de Alckmin, foram convidados Paulo Skaf (PMDB), presidente da Fiesp, e Alexandre Padilha (PT), hoje secretário de Saúde da Prefeitura de São Paulo.

Mesmo nos encontros organizados para os adversários falarem a empresários, Dória ressaltava ao microfone que apoiava a candidatura de Alckmin.
Três semanas antes do primeiro turno, Dória organizou um jantar em homenagem ao governador em sua casa. Além dos principais expoentes do PSDB, como o senador Aécio Neves (MG) e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, empresários foram ao evento demonstrar apoio a Alckmin.
Neste ano, em maio, Dória homenageou Alckmin em Nova York, durante encontro organizado pelo Lide em parceria com a Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos. Na semana passada, o governador compareceu a dois encontros do grupo de empresários, na capital paulista.

A mesma pratica desde 2006
 Em 2006,o governador de São Paulo era também  o mesmo de hoje, Geraldo Alckmin do PSDB. Na época,  Alckmin prometeu dar um "banho de ética" no país. O banho de ética anunciado pelo candidato tucano à Presidência da República torna-se uma ducha de água fria com o resultado de uma auditoria na área de publicidade da Nossa Caixa, que revelou que,  o tucano usou o banco oficial para patrocinar eventos da Rede Vida e da Rede Aleluia de Rádio. Autorizou a veiculação de anúncios mensais na revista Primeira Leitura, publicação criada por Luiz Carlos Mendonça de Barros, ministro das Comunicações no governo Fernando Henrique Cardoso. Todos sabem que a Nossa Caixa quebrou e o tucano vendeu para  o governo Lula.
Tal como agora, em que a Folha de São Paulo publica notinha: “Gestão Alckmin paga R$ 1,5 mi a Doria Jr.”:  ~mas só hoje ~ e em letras miúdas, a  Nossa Caixa beneficiou aliados de Alckmin
Emissoras de rádio, TV e revistas de São Paulo teriam sido beneficiadas por contratos de publicidade do banco oficial Nossa Caixa com a influência de deputados estaduais da base do governo de Geraldo Alckmin (PSDB), de acordo com a matéria de capa do jornal

"O governo Geraldo Alckmin (PSDB) direcionou recursos da Nossa Caixa para favorecer jornais, revistas e programas de rádio e televisão mantidos ou indicados por deputados da base aliada na Assembleia Legislativa"

Ao analisar 278 pagamentos da Nossa Caixa a duas agências responsáveis pela publicidade do banco, uma auditoria apontou irregularidades em 255. O valor total dos contratos gira em torno de R$ 25 milhões. O caso está sendo apurado pelo promotor de Justiça da Cidadania Sérgio Turra Sobrane.

E tem mais : Blogueiro antipetista recebe pagamentos do governo Alckmin
 Fernando Gouveia se apresenta com o pseudônimo Gravataí Merengue e como "CEO", ou executivo principal, do site Implicante, que publica e ajuda a difundir notícias, artigos, vídeos e memes contra o PT e a presidente Dilma Rousseff.

O blogueiro que distribui propaganda antipetista a milhares de seguidores na internet recebe há dois anos pagamentos mensais por serviços de comunicação prestados ao governo Geraldo Alckmin (PSDB) em São Paulo.

De acordo com documentos oficiais, a empresa do blogueiro recebeu R$ 70 mil por mês de outubro de 2014 a março deste ano.
  Aos poucos vai se revelando quem paga os anti petista para usar os desavisados a saírem às ruas gritando por  impeachment. E vocês achando que tudo era de graça!. Vale lembrar que o tucano Dória também era o dono do Cansei, que queria derrubar Lula
Fonte:Os Amigos do Lula e Folha de São Paulo

sábado, 12 de setembro de 2015

São Paulo perde grau de investimento, imprensa esconde para beneficiar Alckmin

Da exame:
A agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P) rebaixou os ratings de crédito de longo prazo em moeda estrangeira dos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina de BBB- para BB+. Com isso, esses Estados passam a ser classificados como grau especulativo.
A S&P também rebaixou o rating do Estado do Rio de Janeiro de BB+ para BB e o rating da cidade do Rio de Janeiro de BBB para BBB-. A perspectiva do rating em escala nacional brAAA da cidade do Rio de Janeiro foi revisada de estável para negativa.
Os ratings em escala nacional dos Estados de São Paulo e Santa Catarina foram rebaixados de brAAA para brAA+, o do Estado do Rio de Janeiro foi rebaixado de brAA+ para brAA- e o de Minas Gerais foi rebaixado de brAAA para brAA.
A S&P manteve a perspectiva negativa dos ratings de longo prazo em moeda estrangeira e dos ratings em escala nacional.
As decisões foram tomadas depois de a S&P rebaixar, na quarta-feira, 9, o rating do Brasil de BBB- para BB+, tirando o grau de investimento soberano. “Os desafios políticos que o Brasil enfrenta continuam crescendo, pressionando a capacidade e a disposição do governo de apresentar um Orçamento de 2016 para o Congresso consistente com a correção política significativa sinalizada durante a primeira parte do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff”, comentou a agência.
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Segundo a S&P, diante do cenário de contração econômica do Brasil, o crescimento econômico, os níveis de emprego e as receitas desses governos locais e regionais sofrerão no restante de 2015 e em 2016.
“Além disso, eles têm habilidade muito limitada para cortar custos, tendo em vista os altos e estruturalmente rígidos gastos operacionais e necessidades urgentes de infraestrutura”, disse a S&P.

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Falta d’água suspendeu serviço de 102 postos de saúde em São Paulo

É o que aponta levantamento inédito feito pelo Fiquem Sabendo com base em dados da Secretaria Municipal da Saúde
Por Fiquem Sabendo



O serviço público de saúde prestado por 102 postos municipais foi parcial ou totalmente afetado devido a casos de falta de água entre janeiro de 2013 e fevereiro deste ano.

A intermitência do abastecimento, que se tornou frequente na capital paulista com o advento da crise hídrica, iniciada há cerca de um ano e meio, afetou o atendimento em 84 UBS (Unidades Básicas de Saúde), 15 AMA (Atendimento Médico Ambulatorial) 12 Horas e 3 AMA 24 Horas.

É o que aponta levantamento inédito feito pelo Fiquem Sabendo com base em dados da Secretaria Municipal da Saúde obtidos por meio da Lei Federal nº 12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação).

Não foram detalhados os endereços nem as datas onde esses casos ocorreram.

De acordo com os dados disponibilizados pela gestão do prefeito Fernando Haddad (PT), a região com a maior quantidade de postos afetados pelo problema foi a zona norte, onde 31 unidades tiveram o atendimento alterado pelas ocorrências de falta de água. (Veja o detalhamento desses dados no infográfico acima.)

A rede municipal de saúde é formada por 610 postos de saúde _ou seja, uma em cada seis unidades foi afetada pelo problema.

Zona norte concentrou explosão de casos de dengue
Mais dependente da água armazenada pelas represas do sistema Cantareira (o mais atingido pela crise hídrica) do que outras regiões da cidade, a zona norte concentrou a maior parte dos casos de dengue contabilizados ao longo deste ano na capital paulista.

Quando os casos de dengue começaram a apresentar picos de incidência, levando distritos da cidade ao quadro de epidemia da doença, a prefeitura sempre relacionou esses índices ao fato de moradores da zona norte terem criado o hábito de estocar água para enfrentar a crise de falta de água.

Entre fevereiro e abril, a zona norte concentrou praticamente metade dos casos de dengue contabilizados na cidade.

São Paulo teve hiperepidemia de diarreia em 2014
A suspensão do serviço prestado por parte dos postos de saúde municipais e a explosão dos casos de dengue não foram as únicas consequências à população associadas à crise de falta de água.

Em julho deste ano, reportagem do site “El País” mostrou que o Estado de São Paulo registrou em 2014 uma hiperepidemia de diarreia, com uma média de 863 ocorrências registradas ao dia. Em todo o ano, foram cerca de 35 mil.

Em anos anteriores, essa doença apresentou uma variação de cerca de 15 mil a aproximadamente 25 mil casos.

Por que isso é importante?
A Lei nº 9.433/97 (Política Nacional de Recursos Hídricos) prevê que a água “é um bem de domínio público” e que um dos objetivos dessa política é “assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de água, em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos”.

Essa mesma lei federal determina ainda que “a gestão dos recursos hídricos deve ser descentralizada e contar com a participação do Poder Público, dos usuários e das comunidades”.

Em julho de 2010, a Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) reconheceu o acesso a uma água de qualidade e a instalações sanitárias adequadas como um direito humano.

Empresa não se manifesta
O Fiquem Sabendo solicitou à assessoria de imprensa da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de SP) um posicionamento em relação aos casos de falta de água nos postos de saúde da prefeitura. No e-mail encaminhado ao órgão, a reportagem informou que não dispunha de dados relativos aos endereços dos postos de saúde afetados pelo problema.

A assessoria de imprensa solicitou à reportagem, por e-mail, o envio dos endereços dos postos.

Os questionamentos feitos pela reportagem não foram respondidos.

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Metrô de São Paulo tem uma das menores malhas do mundo

População da maior cidade da América Latina também convive com superlotação, atraso de obras e tarifas altas
Principal centro financeiro da América Latina, a cidade de São Paulo (SP) padece com uma malha metroviária menor até que a de Dubai, nos Emirados Árabes. São 69,2 quilômetros para transportar 2,49 bilhões de passageiros por ano. Em Dubai, pelos 74,5 quilômetros passaram, em 2013, 137,8 milhões de passageiros.
Para ter ideia da discrepância, a capital russa Moscou transporta a mesma média de passageiros em 325,1 quilômetros, com 194 estações e 12 linhas, contra as 61 estações e as cinco linhas de São Paulo.
Mesmo insuficiente para a extensão da capital paulista, os valores estão bem acima dos cobrados em Dubai e em Moscou. Para utilizar o metrô em São Paulo, é preciso desembolsar R$ 5,45, ou US$ 1,57. Na principal cidade dos Emirados Árabes, o tíquete sai por US$ 0,68 e, em Moscou, por US$ 0,70.
As informações foram publicadas em matéria do site “Business Insider”, que apresenta informações sobre malha ferroviária, número de estações, quantidade de usuários e valores de passagens de metrô em dez cidades de todo o mundo.
O metrô paulistano é operado pela Companhia do Metropolitano de São Paulo, do governo do estado de São Paulo. Em dez anos, a malha foi ampliada 36%, mas o número de usuários aumentou 92%.
A falta de investimentos no meio de transporte gera crescente superlotação e atrasos nas obras de expansão.
O governo Alckmin adiou em dois anos o prazo de conclusão das obras para a ampliação da linha 4, conhecida como linha amarela, por causa de um rompimento com o consórcio contratado no ano passado. A linha cinco, lilás, deve ser entregue em 2018.
Com os atrasos, 31 trens novos adquiridos pelo governo tucano estão parados. Eles têm tecnologia para Controle de Trens Baseado em Comunicação (CBTC), que vai diminuir o intervalo entre os trens e ajudar a diminuir a superlotação.
O setor também é alvo de investigações devido ao Trensalão, escândalo de pagamento de propinas que envolve as administrações tucanas.
Por Cristina Sena, da Agência PT de Notícias