Principal centro financeiro da América
Latina, a cidade de São Paulo (SP) padece com uma malha metroviária
menor até que a de Dubai, nos Emirados Árabes. São 69,2 quilômetros para
transportar 2,49 bilhões de passageiros por ano. Em Dubai, pelos 74,5
quilômetros passaram, em 2013, 137,8 milhões de passageiros.
Para ter ideia da discrepância, a
capital russa Moscou transporta a mesma média de passageiros em 325,1
quilômetros, com 194 estações e 12 linhas, contra as 61 estações e as
cinco linhas de São Paulo.
Mesmo insuficiente para a extensão da
capital paulista, os valores estão bem acima dos cobrados em Dubai e em
Moscou. Para utilizar o metrô em São Paulo, é preciso desembolsar R$
5,45, ou US$ 1,57. Na principal cidade dos Emirados Árabes, o tíquete
sai por US$ 0,68 e, em Moscou, por US$ 0,70.
As informações foram publicadas em matéria
do site “Business Insider”, que apresenta informações sobre malha
ferroviária, número de estações, quantidade de usuários e valores de
passagens de metrô em dez cidades de todo o mundo.
O metrô paulistano é operado pela
Companhia do Metropolitano de São Paulo, do governo do estado de São
Paulo. Em dez anos, a malha foi ampliada 36%, mas o número de usuários
aumentou 92%.
A falta de investimentos no meio de transporte gera crescente superlotação e atrasos nas obras de expansão.
O governo Alckmin adiou em dois anos o
prazo de conclusão das obras para a ampliação da linha 4, conhecida como
linha amarela, por causa de um rompimento com o consórcio contratado no
ano passado. A linha cinco, lilás, deve ser entregue em 2018.
Com os atrasos, 31 trens novos
adquiridos pelo governo tucano estão parados. Eles têm tecnologia para
Controle de Trens Baseado em Comunicação (CBTC), que vai diminuir o
intervalo entre os trens e ajudar a diminuir a superlotação.
O setor também é alvo de investigações
devido ao Trensalão, escândalo de pagamento de propinas que envolve as
administrações tucanas.
Por Cristina Sena, da Agência PT de Notícias
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