quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Funcionário e militante do PSDB cria movimento contra as ocupações escolares em SP

A página “Devolve Minha Escola”, que desmoraliza as ocupações de estudantes contra a reorganização escolar, é administrada por um militante tucano que trabalha no Diretório Municipal do partido em Guarulhos. Além da página, grupo composto por integrantes da juventude tucana frequenta escolas e faz ameaças: “Se não vai sair por bem, vai sair por mal”
Por Redação*
Ao mesmo tempo em que o governo de São Paulo e a secretaria estadual de Educação articulam ações para retomar as escolas ocupadas por estudantes, um grupo que diz reunir pais e alunos, mas que na verdade é composto, em sua maioria, por integrantes da juventude tucana, incentiva nas redes sociais e nos próprios colégios os manifestantes a deixarem a mobilização.  Eles também sugerem à população que apoie a reorganização proposta pelo governo.
Para isso, foi criada na semana passada uma página no Facebook chamada “Devolve Minha Escola”, que diz “ser contra as ocupações e contra a destruição de documentos da escola”. Passando a ideia de que a mobilização contra as ocupações teria partido de pais e alunos, a página posta dados sobre os supostos “benefícios” da reorganização e acusa entidades como CUT, Apeoesp e até mesmo o PT de estarem por trás da luta dos estudantes.
Geraldo Alckmin PSDB com Roney Glauber, o administrador da página "Devolve Minha Escola". (Foto: Reprodução/Facebook)
Geraldo Alckmin com Roney Glauber, o administrador da página “Devolve Minha Escola” (Foto: Reprodução/Facebook)
Um dos coordenadores do “Movimento Ação Popular”, que criou a iniciativa “Devolve Minha Escola”, é o estudante de história de 28 anos Roney Glauber. O jovem, além de militante e filiado do PSDB, trabalha no Diretório Municipal do partido em Guarulhos. Em seu Facebook, o estudante, que já foi eleito presidente da juventude do partido em 2013, coleciona posts contra as ocupações e fotos com o governador Geraldo Alckmin.
“Muitos são filiados, mas o núcleo [do movimento] é indiferente às posições do PSDB. Defendemos a reorganização e entendemos que é possível implementar o ciclo único”, disse Roney em entrevista ao Estadão.
O grupo garante já ter visitado mais de 150 escolas por todo o estado para “explicar” aos estudantes a reorganização e convencê-los a deixar as ocupações. Uma das manifestantes de uma escola ocupada da capital, que recebeu a visita do grupo, afirmou que eles, inclusive, fazem ameaças aos alunos.
“Eles chegaram aqui dizendo entender a mobilização, quiseram entrar e convencer alguns alunos de que tudo não valia a pena, que a reorganização era uma coisa boa. Depois viram que não iriam conseguir nada e ainda disseram antes de ir embora que ‘tudo bem, se não vai sair por bem, vai sair por mal”, revelou ao site Democratize a aluna de 16 anos que preferiu, não se identificar temendo represálias.
Procurada, a administração da página “Devolve Minha Escola” informou que o grupo é formado por membros de entidades estudantis como a UMES e outros movimentos, como “Juventude em Ação”, o “Movimento dos Contrários” e o “Movimento Ação Popular”. Eles ressaltam, contudo, que neste último mês “há sim jovens ligados ao PSDB, mas nenhum dos administradores está empregado no poder público ou mesmo recebe remuneração por ter criado ou por fazer a manutenção da página”.
Quanto à denúncia da estudante, os administradores da página afirmam que “não é política e nem orientação do grupo que se façam ameaças aos alunos a ponto de forçar a desocupação”.
Questionados sobre quem, exatamente, administrava a página, eles disseram que “devido ao alto número de ameaças que recebemos em nossa página, reservamo-nos no direito de não identificar nominalmente os administradores por prezarmos por nossa integridade física”.
*Matéria atualizada em 01/12, às 16h35

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Caso Alstom-PSDB tem corruptor sem corrupto?

A Altsom aceitou pagar uma indenização de R$ 60 milhões para se livrar de um processo no qual é acusada de pagar propina para uma empresa do governo de São Paulo; mas a quem foi paga a propina?; quem se beneficiou?; é possível se chegar a um acordo judicial justo quando se identifica e pune quem pagou a propina, mas quando se age da mesma forma com quem foi beneficiado com o dinheiro?; reportagens do ano 2000 da Folha e da Veja indicam que pelo menos R$ 3 milhões arrecadados por Andrea Matarazzo foram usados na contabilidade paralela de FHC, na disputa presidencial de 1998; a planilha com o caixa dois foi montada pelo ex-tesoureiro de campanha Luiz Carlos Bresser Pereira, que confirmou o papel de Matarazzo na arrecadação extraoficial; no entanto, Matarazzo, que hoje é vereador em São Paulo e deseja ser candidato a prefeito da cidade, não figura nem mesmo como réu no processo

247 - A multinacional francesa Altsom aceitou pagar uma indenização de R$ 60 milhões para se livrar de um processo no qual é acusada de pagar propina para uma empresa do governo de São Paulo, para conquistar um contrato de fornecimento de duas subestações de energia. Mas a quem foi paga a propina? Quem se beneficiou? Pelo menos R$ 3 milhões arrecadados por Andrea Matarazzo foram usados na contabilidade paralela do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, na disputa presidencial de 1998. A planilha com o caixa dois foi montada pelo ex-tesoureiro de campanha Luiz Carlos Bresser Pereira, que confirmou o papel de Matarazzo na arrecadação extraoficial. No entanto, Matarazzo, que hoje é vereador em São Paulo e deseja ser candidato a prefeito da cidade, não figura nem mesmo como réu no processo.
O valor da indenização foi calculado a partir do suborno pago pela Alstom, que correspondeu a 17% do valor do contrato, segundo documento interno da própria multinacional. Os promotores trabalhavam com a informação de que a propina havia sido de 15%. Também entrou no cálculo da indenização uma espécie de multa de 10%, para cobrir o que a lei chama de danos morais coletivos. Como o valor do contrato foi de cerca de R$ 317 milhões, em valores atualizados, a Alstom pagará cerca de R$ 55 milhões pelo suborno e perto de R$ 5 milhões a título de danos morais, segundo informou a Folha de S. Paulo nesta terça-feira (22).
Na ação, o único réu político é o Robson Marinho, que foi o mais importante auxiliar do ex-governador Mário Covas e um dos fundadores do PSDB. Ele é conselheiro do Tribunal de Contas do Estado e foi afastado do cargo em agosto de 2014 por decisão judicial. Marinho é acusado de ter recebido 2,7 milhões de dólares da Alstom em contas secretas na Suíça entre 1998 e 2005, o que ele nega.
O documento francês que menciona as iniciais de Marinho como destinatário da propina cita também a SE, que seria a Secretaria de Energia, segundo executivos da Alstom. À época do contrato, a secretaria era dirigida por Andrea Matarazzo, que nunca figurou como réu no processo. Reportagem da Folha de 2000 noticia que, pelo menos, R$ 10 milhões da campanha de FHC não foram declarados ao Tribunal Superior Eleitoral. E as informações vinham de uma planilha feita pelo ex-ministro Luiz Carlos Bresser Pereira, que foi o tesoureiro das duas campanhas presidenciais do tucano. Dos R$ 10,1 milhões, a maior parte, segundo a planilha de Bresser Pereira, havia sido arrecadada por Matarazzo (leia mais aqui).
O acordo de R$ 60 milhões não envolve outros processos sobre o Metrô, a CPTM e as acusações de que a multinacional francesa fez parte de um cartel que agia em licitações de compra de trens em São Paulo. Em todos esses casos, há suspeitas de que integrantes do PSDB tenham sido beneficiados por suborno. No caso mais recente, o Ministério Público Estadual de São Paulo aponta o envolvimento do senador José Serra (PSDB) com a máfia dos trilhos no Estado.
Para se ter uma ideia, em acordo negociado com o Ministério Público de São Paulo, a Alstom, uma das envolvidas no escândalo de corrupção e desvio de dinheiro no metrô paulista e na CPTM, durante as gestões do PSDB, se comprometeu a devolver cerca de R$ 1 bilhão aos cofres públicos.

Crise no PSDB paulista acirra ânimos entre Geraldo Alckmin e Aécio Neves

Crise no PSDB paulista acirra ânimos entre Geraldo Alckmin e Aécio Neves
Aliados de Geraldo Alckmin e José Serra se queixam de que o comando nacional não ajuda a quitar a dívida de R$ 17 milhões da campanha de 2012; falta dinheiro até para o aluguel da casa que abriga o diretório, segundo a colunista Natuza Nery.

247 - A penúria financeira do PSDB em SP acirrou os ânimos de aliados de Geraldo Alckmin, José Serra e Aécio Neves, segundo a colunista Natuza Nery.
Segundo ela, os paulistas se queixam de que o comando nacional não ajuda a quitar a dívida de R$ 17 milhões da campanha de 2012. Falta dinheiro até para o aluguel da casa que abriga o diretório.
Sobre 2016, nas contas dos tucanos, dos cerca de 27 mil filiados, 8 mil devem participar das prévias para a escolha do candidato a prefeito da capital paulista. Ou 2.000 a mais do que em 2012.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Com 22 anos de PSDB, ensino em escolas estaduais mantém notas baixas

Muitos alunos se formam, mas com nível deficiente em português e matemática –e praticamente sem melhora desde 2009. Após 20 anos com o PSDB à frente do governo de SP, esse é o retrato do ensino básico no Estado mais rico do país. A qualidade do sistema ficou em evidência após a gestão Geraldo Alckmin (PSDB) tentar reorganizá-lo. Protestos de diversos setores da sociedade forçaram a suspensão do plano que previa transferência de estudantes e fechamento de 92 escolas para aumentar o número de unidades de ciclo único (só com ensino médio, por exemplo). Gestores tucanos ressaltam que a rede paulista está entre as melhores do Brasil, tanto em aprendizagem quanto na proporção de alunos que concluem o ensino básico.
Veja o restante da reportagem na Folha de São Paulo Clicando AQUI

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

O vídeo que sumiu da TV Folha depois da visita de Geraldo Alckmin


O vídeo que sumiu da TV Folha depois da visita... por psdbcensuradopeloyoutube Por Camila Picolo, no Facebook Hoje de manhã a TV Folha publicou uma matéria sobre as escolas ocupadas, com depoimentos de alunos, mostrando o estado precário das escolas e como estão se organizando. Um detalhe, o Alckmin esteve na Folha hoje na hora do almoço. Coincidência ou não, o vídeo saiu do ar logo depois disso. Alguém sabe de alguma coisa a respeito? PS do Viomundo: E agora a Folha chama a política de Alckmin de “reforma de ciclos”. Bonitinho, né? Tucanaram fechamento de escolas.
http://www.viomundo.com.br/denuncias/o-video-que-sumiu-da-tv-folha-depois-da-visita-de-alckmin.html