sábado, 30 de maio de 2015

PIB do Estado de São Paulo puxa o Brasil para baixo



PIB da maior economia do Brasil administrada pelo PSDB teve altas baixas nos últimos cinco anos e puxa o país para baixo

Por Paulo Copacabana, Viomundo

Gosto de provocar meus amigos paulistas — e tenho muitos! — do período em que morei alguns anos por essas bandas.
O paulista típico tem certeza de que o Brasil representa um fardo para a sua pujança. Apenas a locomotiva São Paulo “puxa” este enorme trem pesado e vagaroso, cheio de corrupção, vagabundagem e leniência por todos os lados.
Para o paulista típico, a herança de Getúlio Vargas deveria ser destruída para sempre. Não tem a consciência de que foi no período varguista que o Estado brasileiro foi montado de fato, alçando as relações público-privadas a um outro patamar, principalmente com as empresas paulistas. Também não entende que Vargas salvou a economia cafeeira paulista nos anos 30, e com ela a sua indústria emergente e seu pujante mercado interno de consumo e de trabalho. Nada disso comove os paulistas e seu espírito cosmopolita “descolado do país”.
A verdade é que a política desenvolvimentista do país desenvolveu, sobretudo, a economia paulista, com generosos subsídios e incentivos. As políticas cambiais e industriais dos anos 50, 60 e 70 tornaram o Estado de São Paulo esta gigantesca “potência econômica”.
Após a crise da dívida brasileira nos anos 80 (reduzindo sua capacidade de intervenção) e a hegemonia do pensamento neoliberal dos anos 90 (abrindo espaço para o “deus mercado”), o projeto desenvolvimentista nacional se encerra, perdendo com ele a indústria e a economia paulista.
Não por outro motivo o Estado de São Paulo começa a perder fôlego. Na briga do salve-se quem puder, outros Estados lançam mão da “guerra fiscal” para atrair indústrias e empregos, guerra esta de soma zero para o país, mas que aprofundam os problemas da economia paulista. Posando ainda como “locomotiva”, os governos paulistas seguem esperando que o governo federal impeça a guerra fiscal, mas não compreendem que este não é o único problema.
Falta aos governos do Estado de São Paulo, sobretudo nas últimas duas décadas, visão de desenvolvimento econômico e social.
A indústria paulista perde importância e peso econômico, e o Estado torna-se cada vez mais dependente da economia dos serviços.
Todos sabem que o “motor da economia” está localizado no setor industrial, onde repousa o verdadeiro progresso tecnológico, os melhores empregos, a maior produção de valor adicionado.
A perda de importância do Estado de São Paulo tem a ver com esta questão, ironicamente agravada pela política dos anos FHC na década de 90, que aprofundou a desindustrialização paulista e brasileira, com forte valorização cambial e a perda de importantes “elos da cadeia produtiva” no país. Já naquele período fomos invadidos por produtos estrangeiros, e setores inteiros da economia paulista foram sendo desmontados (têxtil, calçadista, autopeças, etc.).





Engraçado, muitos paulistas que conheço adoram FHC, um dos maiores responsáveis pela perda de importância do Estado no cenário nacional.
Por outro lado, detestam o governo Lula, que, ao ampliar o mercado de consumo interno, permitiu que milhares de empregos fossem criados no Estado, reativando fortemente as empresas paulistas.
Este fôlego, contudo, não poderia se sustentar, uma vez que a “armadilha” da valorização cambial não foi desmontada pelo governo federal e os governos paulistas não quiseram “montar” políticas desenvolvimentistas regionais.
No Estado de SP, manteve-se a política do “ajuste fiscal permanente”, prevalecendo os megassuperávits fiscais em detrimento do desenvolvimento.
Tudo isso, aliado à política de fortes investimentos sociais e de infraestrutura do governo federal na região Nordeste, o “boom” do agronegócio no Centro-Oeste e a economia do petróleo no Rio de Janeiro, está fazendo com que o Estado se torne não mais a locomotiva do país, mas um enorme e pesado vagão deste trem.
Talvez esta questão explique a beligerância atual da elite paulista em relação aos governos Lula e Dilma. Como diria aquele marqueteiro americano, “É a economia, estúpido”.
O ódio ao governo federal e suas políticas sociais e desenvolvimentistas tornam-se a explicação para todos os problemas do Estado bandeirante. Em parte estão certos, na medida em que nestes últimos anos o governo federal passou a investir forte nas regiões mais pobres do país.
Em grande parte, estão errados, na medida em que o Estado de SP não fez sua lição de casa: vendeu todas as suas instituições de fomento (Banespa, Nossa Caixa); deixou de implantar um verdadeiro sistema de inovação, aproveitando o potencial das suas universidades, institutos e fundações de pesquisa; permitiu o avanço da monocultura da cana-de-açúcar em todo o interior; deixou de implantar políticas de desenvolvimento nas regiões mais pobres do Estado, que continuam como sempre estiveram; assistiu ao desmonte de grande parte do seu parque industrial.
Toda esta narrativa pode ser comprovada por alguns dados que obtive nos sites do IBGE e da Fundação SEADE, esta última do próprio governo paulista.
A indústria, que representava 33,5% da economia paulista em 1995, passou para apenas 25% em 2012. Já o setor de serviços, saltou de 64,9% em 1995 para 73,1% em 2012. A perda do “motor” da economia paulista está clara.



Outros números revelam que a economia do Estado de São Paulo perde importância em relação a outras regiões de forma acelerada.
Em 1995, a economia paulista representava 37,3% da economia brasileira. Em 2014, segundo projeções da própria Fundação SEADE, deve ficar com apenas 28,7%.
A perda, em valores absolutos, significa menos R$ 450 bilhões na economia paulista.
Estes valores, diga-se de passagem, foram adicionados às economias do Nordeste, Norte e Centro-Oeste, além de Rio de Janeiro e Minas Gerais. Estas regiões passaram a “puxar” a economia brasileira. O Sul permaneceu estagnado.
Interessante notar que esta radiografia econômica segue em sintonia com a radiografia do voto nas últimas eleições nacionais. Outra vez, “É a economia, estúpido”.
Os últimos números que estão saindo são ainda mais desalentadores para São Paulo.
Além de não ser mais a locomotiva do país, o Estado torna-se um vagão muito pesado, segurando a economia brasileira e “puxando-a” para baixo.
Em 2014, enquanto a economia brasileira cresceu 0,10%, a economia paulista recuou 1,90%.
Em 2015, nos primeiros três meses, enquanto o PIB brasileiro recuou 1,6%, o PIB paulista segue ladeira abaixo, caindo 3,3%.



São Paulo não somente deixou de ser o motor da economia brasileira como vem sendo a nossa maior âncora. O país só não cai mais porque outros centros dinâmicos foram criados nos últimos anos.
A elite paulista deveria, na verdade, clamar por mais políticas desenvolvimentistas do Estado brasileiro. Ela depende cada vez mais do Brasil.
Não adianta, pelo visto, as panelas continuarão batendo nas “varandas gourmet” de uma elite que perde importância para o país.
Qualquer dia as outras regiões é que vão querer se separar de São Paulo.

Fonte:Portal Metrópole 

sábado, 16 de maio de 2015

Sabesp de Alckmin arrecada R$ 79,3 mi com multas, imprensa esconde

Multas foram aplicadas a cerca de 450 mil consumidores que elevaram o nível de consumo entre os meses de janeiro e março; de acordo com o balanço da Sabesp referente ao primeiro trimestre, a sobretaxa – instituída por conta da crise hídrica enfrentada em São Paulo - auxiliou na redução do impacto negativo registrado na receita operacional da empresa, que foi de R$ 440 milhões (R$ 440.000.000,00) no período

Os valores arrecadados pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) com as multas que foram aplicadas acerca de 450 mil consumidores que elevaram o nível de consumo entre os meses de janeiro e março chegaram a R$ 79,3 milhões. 
De acordo com o balanço da Sabesp referente ao primeiro trimestre, a sobretaxa – instituída por conta da crise hídrica enfrentada pelo Estado – de até 50% para quem elevar o consumo de água, auxiliou na redução do impacto negativo registrado na receita operacional da empresa que foi de R$ 440 milhões, uma queda de 18% quando em comparação com o exercício anterior.
Fonte:247

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Governo Alckmin maquia salários de professores no Portal da Transparência

Governo Alckmin divulga salário bem acima do que cai na conta bancária de professores de São Paulo. Em atitude covarde contra os profissionais, salários foram maquiados no Portal da Transparência

alckmin professores são paulo
Depois de negar greve que completa 60 dias, Alckmin ‘aumenta’ salário dos professores em banco de dados (divulgação)
 
O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo (Apeoesp) denunciou ontem (12) manobras do governo de Geraldo Alckmin (PSDB) para tentar convencer a opinião pública de que os docentes estaduais recebem salários médios de R$ 4.600.
De acordo com a Apeoesp, o Portal da Transparência estadual informa salários dos professores pagos em abril acima do que eles realmente recebem. “A cada minuto, mais e mais professores e professoras procuram a Apeoesp ou divulgam nas redes sociais mensagens denunciando que não recebem os valores que são declarados pelo governo estadual”, explica a presidenta da entidade, Maria Izabel Azevedo Noronha, a Bebel.
É o caso de um professor de escola do interior, que teve aqui seus dados pessoais apagados. Pelo portal, ele recebeu em abril um salário líquido de R$ 3.009, 27, quando seu holerite indica R$ 1.489,85.
Segundo ela, o governo está declarando no Portal salários dos professores com a adição de bônus pagos neste mês de abril. “Isso faz parecer que os professores recebem salários muito maiores do que aquilo que efetivamente recebem mês a mês. Ora, bônus não é salário”, afirma.
Confira aqui mais casos de professores com salários maquiados
O bônus, conforme explica, é um valor pago de uma única vez – neste ano dividido em duas parcelas, uma paga em em abril e outra em setembro. “O cálculo, questionável, é feito com base na avaliação do rendimento escolar dos alunos e que beneficia de forma diferenciada uma parte dos professores. Por isso, jamais poderia ser declarado no Portal da Transparência agregado aos salários da nossa categoria”.
A questão está sendo examinada pelo departamento jurídico da Apeoesp, que estuda possibilidade de acionar judicialmente o governo. “É mais um abuso do governo do estado de São Paulo contra os professores, para ludibriar a opinião pública e tentar, de maneira truculenta, minar a nossa greve”.
Portal da Transparência:
salário professor são paulo
Embora o governador insista em negar publicamente a paralisação, os professores estão em greve desde 13 de março. Nesta quarta-feira (13), quando deverão se reunir com o secretário da Educação, Herman Jacobus Cornelis Voorwald, o movimento completa 60 dias.
Holerite:
salario-professores1
 

sábado, 9 de maio de 2015

Governador Alckmin convida investigado na Operação Lava Jato para jantar #desatucanamoro

A colunista da Folha de São Paulo  Mônica Bergamo, publicou ontem que, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), reuniu para um jantar os ricos e poderosos  Palácio dos Bandeirantes.

 Governador Geraldo Alckmin convida investigado na Operação Lava Jato para jantar
No entanto, chama atenção um detalhe: Imagine você querido leitor se, o Lula, ou algum outro parlamentar petista ou a presidente Dilma,  tivesse convidado para jantar  no Palácio do Planalto o Marcelo Odebrecht da Construtora Odebrecht,  e Jorge Gerdau, do grupo Gerdau.
A Monica Bergamo não citou  o fato de a construtora Odebrecht ser um dos investigada na Operação Lava Jato.

Também não citou que o Gerdau é alvo na Operação Zelotes, que apura  sonegação fiscal no valor de 19 bilhões de reais, valor superior ao apurado nos desvios da Lava Jato.
Parece que quando se trata de político do PSDB, vale tudo e pode tudo. Eles estão sempre acima da lei. Ministério Público, Policia Federal, STF, e outros órgãos da  lei, dão carta branca para os tucanos agirem como quiser.

 Como no caso da última campanha eleitoral que, alguns jornais deram a notícia: Empresas suspeitas de cartel doam 70% do arrecadado por Alckmin.
As doações  foram feitas por empresas suspeitas de participar do propinão tucano (fraude, corrupção, superfaturamento) do Metrô e da CPTM para as campanhas do governador Geraldo Alckmin (PSDB), candidato à reeleição, e do ex-governador José Serra (PSDB), que concorreu ao Senado.
Mais da metade da campanha do governador do Estado de São Paulo e candidato à reeleição, Geraldo Alckmin (PSDB), foi bancada por empresas investigadas por fraudes e propinas em licitações do metrô de São Paulo e do Distrito Federal. No total, as quatro empresas suspeitas doaram R$ 8,3 milhões, 56% do total arrecadado (R$ 14,7 milhões).
 Três das empresas doadoras já são rés em processos na Justiça: a construtora Queiroz Galvão, a CR Almeida S/A Engenharia de Obras e a construtora OAS S/A, que doaram respectivamente R$ 4,1 milhões, R$ 1 milhão e R$ 860 mil ao comitê financeiro estadual para governador do PSDB.

Do dinheiro oferecido pela Queiroz Galvão, R$ 2,1 milhões foram pagos por uma subsidiária, a Queiroz Galvão Alimentos S/A.

A Queiroz Galvão e a OAS também são investigadas pela Polícia Federal e pelo MPF (Ministério Público Federal) na Operação Lava Jato. As empresas são suspeitas de superfaturar obras contratadas pela Petrobras e pagar propinas a políticos.

O candidato também recebeu R$ 500 mil da UTC, outra companhia investigada na mesma operação. Reportagem publicada pelo UOL mostrou que as empresas envolvidas na Lava Jato doaram ao menos R$ 60 milhões para os presidenciáveis e seus partidos.

A Serveng Civilsan S/A Empresas Associadas de Engenharia, que é investigada pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), colaborou com R$ 2 milhões.

Executivos de consórcios integrados pela CR Almeida S/A Engenharia de Obras, pela OAS S/A e pela Queiroz Galvão foram denunciados em 2012 por  fraude e formação de cartel na licitação para ampliar a linha 5-lilás do Metrô de São Paulo. No total, 14 funcionários de 12 construtoras foram denunciados no caso.

A licitação foi aberta em outubro de 2008, quando o governador de São Paulo era José Serra (PSDB) -- ele deixou o cargo em 2010 para disputar a Presidência da República. José Serra ganhou uma vaga no Senado. Em 2013, Serra divulgou nota para afirmar que o governo de São Paulo não teve conhecimento e não deu aval para cartel em licitações do metrô.

A Serveng é investigada pelo Cade por suspeita de fraude em licitações realizadas em 2007 para compra de equipamento ferroviário e manutenção de linhas de metrô no Distrito Federal.Como sabemos, Alckmin ganhou a eleição para governar o  Estado  de São Paulo.
 Mas, ninguém questionou o fato de  o valor doado pelas construtoras Queiroz Galvão, CR Almeida Engenharia e Serveng Civilsan corresponder a 70% dos R$ 5,7 milhões declarados pelo tucano na primeira parcial da prestação de contas.  Serra recebeu R$ 1,6 milhão de empresas investigadas. Nem PF, Nem TRE, nem MP, quiseram saber se foi ou não legal essas doações
As empresas estão sendo investigadas por superfaturamento das obras nos transportes de São Paulo e estão proibidas de participar de obras desta natureza em todo o Estado. Contudo, seguem financiando as campanhas dos candidatos tucanos que estavam no governo quando essas irregularidades aconteceram.

Tramita no Supremo Tribunal Federal (STF),  uma ação pedindo a proibição deste tipo de financiamento de campanha. Seis dos onze ministros do STF já votaram contra o financiamento privado e só não vale para estas eleições, pois o ministro Gilmar Mendes pediu vistas do processo, suspendendo o julgamento. Até o momento, o ministro continua sentado no processo...Talvez por que ele saiba que isso prejudica o PSDB

Lei que não vale para o PSDB

O promotor de Justiça Marcelo Mendroni aponta superfaturamento de R$ 110 milhões em três contratos da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), firmados em 2007 e 2008, durante o  governo do Estado de São Paulo  José Serra (PSDB) , e denunciou o o ex-presidente da Comissão de Licitações da CPTM no governo Serra por fraudes, em prejuízo da Fazenda Pública, crimes contra a administração pública, e "ter aderido" ao cartel metroferroviário: “As empresas só montam cartel para superfaturar contratos. No caso desses três contratos, que somam R$ 550 milhões, em valores de 2007, estimamos que o superfaturamento tenha sido de 20%, ou R$ 110 milhões”, disse Mendroni. A acusação se refere a contratos da CPTM, três ao todo, firmados no governo José Serra (PSDB)
Fonte:OsAmigos do Lula