terça-feira, 27 de maio de 2014

Marinho aprovou no tribunal contrato do propinão tucano de trens

Sob suspeita de ter recebido US$ 2,7 milhões em propinas da Alstom, o conselheiro Robson Marinho, do Tribunal de Contas do Estado, aprovou, entre 2000 e 2005, como relator o contrato e 11 aditamentos do Consórcio Sistrem com a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos.
O Sistrem, do qual a empresa francesa fez parte, é um dos cinco contratos em que o Ministério Público acusa ação do cartel metroferroviário entre 1998 e 2008 - governos tucanos de Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin.
Marinho é suspeito de receber dinheiro da Alstom em outro caso, envolvendo um contrato da área de energia do Estado, em 1998. Na semana passada, a promotoria pediu à Justiça seu afastamento.
A Suíça bloqueou US$ 3,059 milhões em uma conta secreta do conselheiro. Como conselheiro, Marinho é suspeito de receber propina para assinar parecer favorável ao contrato entre a Alstom e a Eletropaulo, antiga estatal de energia.
Rastreando os contratos do cartel que passaram pelo crivo do TCE, a promotoria concluiu que Marinho teve papel decisivo para o Consórcio Sistrem avançar sem obstáculos. Orçado em US$ 289,2 milhões - correspondentes a R$ 511 milhões, considerado o câmbio de 1.º de março de 2000 - o Sistrem foi contratado para instalação da Linha-5 (Lilás), ligação Capão Redondo-Largo 13 de Maio, originalmente projetada para ser operada pela CPTM, depois transferida para o Metrô.
À época da licitação, entre 1999 e 2000, a CPTM tinha como diretores João Roberto Zaniboni e Ademir Venâncio de Araújo, indiciados pela Polícia Federal por corrupção, crime financeiro, lavagem de dinheiro e cartel. A Suíça descobriu US$ 826 mil em uma conta de Zaniboni. Também identificou cinco contas de Venâncio com saldo superior a US$ 1 milhão.
Em fevereiro, ao denunciar 30 executivos de 12 empresas pela formação de cinco cartéis, o promotor Marcelo Mendroni sustentou haver "indícios de má-fé no comportamento de agentes da estatal (CPTM)".
Decisões. No período entre 2000 e 2005, Marinho aprovou sem ressalvas 11 aditamentos para inclusão de 48 unidades de equipamentos de ar-condicionado, freios dos truques, alteração do projeto executivo de subestações, reajustamento de preços e a inclusão de mais uma empresa no consórcio. Ele decidiu "julgar regulares a concorrência internacional, o contrato e os termos aditivos em exame, bem como legais os atos determinativos das despesas". Marinho invocou responsabilidade de órgãos técnicos do TCE para votar pela "legalidade" dos aditivos do contrato em que a promotoria vê conluio da Alstom com mais 8 empresas. Informações do jornal O Estado de São Paulo

sábado, 24 de maio de 2014

CQC Ronald Rios Confere o racionamento de água em São Paulo e fala com Governador Alckmin


Ronald Rios foi entender a questão da falta de água na capital paulista. Visitou o sistema da Cantareira e falou com o governador, que afirmou não estar havendo racionamento. O repórter ainda andou por todas as zonas da cidade e constatou que a falta de água já é um problema em vários lugares. Veja todos os vídeos do custe o que custar (CQC). http://entretenimento.band.uol.com.br/cqc/videos/15041158/Documento-da-Semana-confere-o-racionamento-de-agua-em-Sao-Paulo.html

quarta-feira, 21 de maio de 2014

MP Investiga gastos de 1.000.000.000(1 Bilhão) da Sabesp, Globo e Veja escondem

Está no Estadão de hoje: a SABESP, a estatal que fornecia água à população do Estado está envolvida em mais um escândalo, dessa vez coisa que envolve algo em torno de R$ 1 bi. Escrevemos fornecia, porque na capital, Grande São Paulo e em um grande número de municípios do entorno da Região Metropolitana, ela já não fornece mais plena e nem satisfatoriamente, implantou o racionamento das 22 h às 6 h – e em alguns bairros só fornece em dias alternados.

Embora o governo Geraldo Alckmin não assuma esse racionamento nem a pau, por medo de perder votos na tentativa de reeleição em outubro e para se defender e aos outros governos tucanos que não fizeram no reservatório Cantareira e em todo o sistema as obras necessárias para evitar essa situação de falta de água.

Pois bem, como dissemos, está no Estadão, em manchete interna no alto da página, “MP investiga gastos de R$ 1 bi da SABESP”. A Promotoria do Ministério Público (MP) abriu inquérito civil para apurar o que suspeita: que a estatal tenha favorecido 13 empresas em vários contratos firmados entre 2008 (governo José Serra) e 2013 (governo Alckmin).

Contratos eram para um programa de redução de perdas de água

E os contratos eram para que? Eram parte do programa de redução de perdas de água para diminuir o desperdício na rede de distribuição. No qual, aliás, registra o jornalão, a SABESP não atingiu as metas, conforme o acompanhamento feito pela Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (ARSESP).

O promotor Marcelo Daneluzzi, do Patrimônio Público e Social, justifica a abertura do inquérito pela suspeita de que tenha havido “direcionamento em favor dessas empresas, mediante exigências de certificação elaboradas por entidade de classe formada pelas próprias empresas – a Associação Brasileira de ensaios Não Destrutivos e Inspeção (ABENDI)”.

A SABESP enviou nota ao jornal O Estado de S.Paulo afirmou desconhecer o teor da suspeita e que só poderá se manifestar quando conhecer a íntegra e a origem das informações que deram base à abertura do inquérito pelo Ministério Público.

Como acontece na média de um ou mais escândalos por semana que surgem no governo tucano paulista, também nesse, o próximo passo deve ser o governo Geraldo Alckmin (PSDB) vir a público repetir um daqueles seus mantras que vai determinar “apuração rigorosa do caso” e “punir os responsáveis”. Mais não diz, não providencia e nada mais acontece nessa seara.

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segunda-feira, 19 de maio de 2014

Alstom conseguiu mudar licitação do Metrô

Durante gestão de Geraldo Alckmin (PSDB), estatal lançou novo edital da linha 2, após concorrência, para atender a pedidos do ex-diretor da multinacional francesa Wagner Ribeiro; mudanças incluíram a estação Ipiranga e novas especificações das escadas rolantes e sinalização, que não estavam previstas no projeto original

"Durante gestão de Geraldo Alckmin (PSDB), estatal lançou novo edital da linha 2, após concorrência, para atender a pedidos do ex-diretor da multinacional francesa Wagner Ribeiro; mudanças incluíram a estação Ipiranga e novas especificações das escadas rolantes e sinalização, que não estavam previstas no projeto original

Brasil 247

A Alstom conseguiu mudar uma licitação do Metrô, em 2004, para incluir na linha 2-verde de São Paulo uma estação que não estava prevista na concorrência original.

A alteração foi confirmada, em janeiro de 2005, por troca de e-mail interna do ex-diretor da multinacional francesa Wagner Ribeiro: "Estamos trabalhando junto ao pessoal técnico do Metrô para tentar aliviar' as Specs [especificações] de escadas rolantes e sinalização. Quanto ao orçamento, sugiro que seja modificado o objeto da licitação, por exemplo, retirando a reforma do trecho em operação e incluindo a estação Ipiranga".

O Metrô então anulou a concorrência feita em outubro de 2004 por “razões técnicas e econômicas” e, no dia 15 de janeiro de 2005, lançou novo edital. As mudanças foram feitas no governo de Geraldo Alckmin (PSDB).

O consórcio formado por Alstom e Siemens levou o contrato por R$ 143 milhões.

Leia aqui a matéria da Folha sobre o assunto."

domingo, 18 de maio de 2014

Alckmin deixou bairros mais pobres de SP sem água há anos, diz jornal 'Estadão'.

Alckmin deixou bairros mais pobres de SP sem água há anos, diz jornal
Foi preciso haver um racionamento da água em bairros mais ricos de São Paulo para o jornal Estadão descobrir que na periferia da capital tem bairros que sofrem com a falta de água há 30 anos.

Os tucanos estão oficialmente no poder há 20 anos, mas como eles participaram dos governos do PMDB desde 1982, estão de fato no poder há mais tempo.

A SABESP (empresa estadual de água) pagou até 60% dos lucros aos acionistas durante governo Alckmin, embora pudesse pagar 25% e reinvestir o restante do lucro na rede água e imposto. Essa decisão significa uma clara opção pelos investidores mais ricos, em detrimento da população paulista mais pobre e de classe média.

A empresa também gastou um dinheirão com propaganda nacional na TV em todo o Brasil no fim do governo José Serra, sendo que a empresa não atua em outros estados. Claro que o correto seria investir esse dinheiro no abastecimento dos bairros que faltam água.

Eis a reportagem do Estadão. Antes tarde do que nunca: Temida em SP, falta d'água é realidade há 30 anos em bairros da zona sul

Enquanto a crise hídrica do Sistema Cantareira aumenta, com o uso do volume morto e a estiagem, e os paulistanos temem ficar com as torneiras secas, parte da população da capital já enfrenta dificuldades para executar tarefas simples por causa das dificuldades de abastecimento. Lavar roupa, tomar banho e até beber água são desafios diários para moradores da zona sul que já sofrem com a falta d'água há 30 anos.

Essa é a rotina da dona de casa Cremilda Sampaio, de 58 anos, e de seus vizinhos no Jardim Três Corações, região populosa do Grajaú, no extremo da zona sul. "Tenho de estar no tanque sempre às 7 horas. Antes do almoço a água acaba e depois só volta à meia-noite. Nunca conseguimos nem fazer um churrasquinho aqui para os amigos, um aniversário. Sem água, a gente passa vergonha com as visitas, ninguém pode usar o banheiro", diz Cremilda.

A dona de casa mora na Rua Professor Francisco Marques de Oliveira Júnior, em um dos pontos mais altos da capital. A reportagem do Estado esteve em seis bairros da zona sul onde o racionamento temido pelos paulistanos já é realidade: Três Corações, Jardim Varginha, Sítio Arizona, Vila Rocha, Marsilac e Ilha do Bororé.

São bairros e ocupações formados em regiões altas - até 340 metros acima do nível das Represas Billings e do Guarapiranga -, onde as adutoras da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) não têm pressão para manter abastecimento regular.

Na rua de Cremilda, vizinhos já usam bacia para economizar água da chuva desde os anos 1980. Lavar a louça tem dia e hora certos. A água cessa às 10 horas da manhã e só volta no início da madrugada.

"Quantas vezes a gente chega do trabalho à noite e não tem mais água na caixa? Foram várias as vezes em que chegamos a ficar até duas semanas sem uma gota de água", conta a auxiliar administrativa Indiara Santana, de 27 anos. Ela diz ser comum os xingamentos a qualquer pessoa que se arrisca a lavar o carro ou a calçada. "Só temos água mesmo durante a madrugada até o início da manhã. Ninguém pode desperdiçar."

Vizinhos. Morador do Jardim Varginha há 30 anos, na região da Capela do Socorro, na zona sul, o aposentado Antonio Rezende, de 64 anos, diz ter perdido a conta de quantas vezes acabou a água do chuveiro no momento em que estava ensaboado. "O único jeito aí é correr para a casa dos parentes e amigos lá nos bairros de baixo", diz Ferreira. "Aqui é muito alto. Não foi por falta de obra, viu? O pessoal da Sabesp está sempre aqui, mas nada resolve."

Localizado em área de manancial, o bairro está em urbanização pela Prefeitura, mas a água só chega em caminhões-pipa. A rede da Sabesp alcança parte das ruas. "O duro é passar o domingo inteiro sem água. E isso acontece sempre. No verão, eram 36°C e a gente não tinha como tomar banho nem como fazer comida, dá para imaginar?", pergunta Zélia Fernanda da Silva, de 39 anos, assistente de telemarketing.

Mais alto ainda, na região do M'Boi Mirim, o Sítio Arizona - ocupação iniciada em 1994 que compreende Vila do Sol, Vila Nova Cidade, Chácara Bananal I e II - tem falha de abastecimento para as 2.540 famílias carentes da localidade.

Apesar de estar cercada pelas represas, a região sofre com a falta de água semanalmente. "Aqui tem água para todo lado, só dentro de casa que não", afirma Rubineia Oliveira, de 54 anos. Ela diz que muitas vezes vai às margens da Represa Billings para lavar as roupas. "Lavar roupa em casa é uma vez por semana. Louça deixo acumular três dias. Aqui ninguém tem nem como fazer economia."

Cercados pela Billings, os moradores da Ilha do Bororé, a 42 quilômetros do centro, também sofrem com a falta d'água. Os 3.150 moradores da ilha usam poços que começaram a secar em abril. "E a gente nunca sabe a qualidade da água aqui, que vem de uma parte muita suja da Billings", diz Júlio Rodrigues Moreira, de 32 anos.
Fonte: OS Amigos do Lula

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Jornal Nacional cai no ridículo ao socorrer Alckmin, anunciando racionamento "voluntário" de água

Jornal Nacional cai no ridículo ao socorrer Alckmin, anunciando racionamento voluntário de água
http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2014/05/moradores-da-grande-sao-paulo-economizam-agua-por-conta-propria.html
Ridícula a reportagem do Jornal Nacional na terça-feira (13) colocando donas de casas e síndicos de edifícios felizes da vida em fechar a torneira para ficar 3 horas sem água "voluntariamente".

O telejornal devia criar vergonha na cara e, se não quer citar o nome do governador Geraldo Alckmin, diz pelo menos que "fontes do Palácio Bandeirantes" afirmam que infelizmente o racionamento de água torna-se inevitável. Ou o cidadão paulistano raciona voluntariamente ou o abastecimento será cortado à força em determinados dias ou horas.

Algumas pérolas do vexame jornalístico chapa-branca demotucano feito no Jornal Nacional:
Por enquanto, o governo paulista descarta um racionamento e afirma que em caso de necessidade a população vai receber água das camadas mais profundas dos reservatórios. Mas muitos moradores da maior região metropolitana do Brasil estão colaborando por conta própria.
(...)
Enquanto a Grande São Paulo tenta afastar o risco de racionamento, tem gente que escolheu racionar a própria água. Às 14h, Cido, que é o zelador, fecha o registro que manda água pra quase 200 apartamentos. Durante 3 horas, eles vão ficar sem água.
.
Sem traumas, a Dona Vera Lucia Somera adaptou a rotina.
Em seguida, entra o momento propaganda explícita, onde a narração do telejornal diz:
Nas cidades da Grande São Paulo abastecidas pela Sabesp, incluindo a capital paulista, 80% dos consumidores economizaram água no mês passado. Quem economiza 20% ou mais, ganha desconto na conta.
.
Um restaurante passou a lavar a cozinha duas vezes por dia em vez de três. E comprou uma máquina de lavar louça que gasta menos água do que fazer o serviço na mão.
Quanto à propaganda, se o Jornal Nacional fizesse isso sempre em todas as situações adversas, seria aceitável, como jornalismo de serviço público. Mas alguém já viu no governo petista algum telejornal da Globo sugerindo apagar a luz, colocar a TV no timer, trocar eletrodomésticos pelos modelos mais econômicos, quando a Miriam Leitão e Carlos Alberto Sardenberg ficam falando dia sim e outro também sobre risco de racionamento de energia? Sendo que o risco é infinitamente menor, porque o setor elétrico teve planejamento para enfrentar a estiagem.

O Jornal Nacional, que já despenca na audiência por ter se tornado um novelão tucano anti-Dilma, agora virou também garoto propaganda do racionamento de água a serviço do governador Geraldo Alckmin. Ridículo.
Fonte: Blog os Amigos do Lula

MP questiona a Sabesp sobre Cantareira

 MP questiona a Sabesp sobre Cantareira

"Promotoria afirma que a água do chamado "volume morto" pode comprometer a saúde da população e o ecossistema da região; reserva vai agregar 18,5 pontos percentuais ao nível atual do reservatório, que pode zerar até agosto

Brasil 247

O Ministério Público do Estado de São Paulo abriu dois inquéritos para questionar o uso do chamado "volume morto" do Sistema Cantareira pela Sabesp.

O governo de Geraldo Alckmin (PSDB) liberou a utilização para evitar o racionamento diante do nível baixo histórico que o reservatório tem apresentado – 8,6% na última medição. No entanto, a Promotoria afirma que essa água pode comprometer a saúde da população e o ecossistema da Cantareira.

Segundo levantamento do Valor, se não fosse o uso da reserva, que vai agregar 18,5 pontos percentuais ao nível atual, o reservatório seria zerado até agosto (leia mais)." Poderá tam

domingo, 11 de maio de 2014

GOVERNO DE SÃO PAULO DEIXA DE REPASSAR R$ 2 BI EM 6 ANOS EM UNIVERSIDADES

Ao contrário do que diz o Reitor Zago, as causas da Crise Financeira da USP são muitas. Nenhuma delas, responsabilidade dos que estudam e trabalham para garantir as atividades vitais de produção de conhecimento na USP.

Como denunciou a ADUSP (Associação dos Docentes da USP), as Universidades Estaduais Paulistas tiveram quase 2 BILHÕES DE REAIS sonegados pelo Governo do Estado de São Paulo nos últimos 6 anos. Trata-se de uma Verba destinada às Universidades por uma Lei Estadual.

Nos indigna o fato do Reitor Zago, mesmo tendo mandado uma carta à toda Universidade de São Paulo, culpabilizando os salários dos funcionários e professores, mesmo recebendo um supersalário ilegal, de valor superior ao do Governador do Estado, ter omitido essas informações. Onde está a transparência, Zago?

FONTE: http://www.adusp.org.br/index.php/campanha-salarial-2014cs/1921-mais-um-capitulo-na-sonegacao

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Propinão tucano da Alstom: documentos da Suíça confirmam contas do amigo de Alckmin e de ex-diretor da CPTM.

Isso o Jornal Nacional esconde.

O Ministério Público de São Paulo recebeu da Suíça documentos pagamentos da Alstom para contas de autoridades tucanas, ligadas ao governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP).

Um deles é Robson Marinho, que recebeu da Alstom quase US$ 1 milhão. Além de ser amigo de Alckmin, Marinho é conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, que aprova as contas do governador, inclusive dos contratos com trens superfaturados.

Outro que teve contas na Suíça bloqueadas, foi o ex-diretor da CPTM Ademir Venâncio de Araújo. Cinco contas de empresas em seu nome receberam US$ 1,2 milhão.

Segundo o MP, pelo menos outras 9 pessoas investigadas como envolvidas no propinão tucano são beneficiárias de contas na Suiça.

Contratos das indústrias Labogen com governos tucanos chegam a R$ 164 mi; em São Paulo somam R$ 67 mi


por Conceição Lemes
Desde o desencadeamento da operação Lava Jato, em março,  as indústrias Medicamentos Labogen e Labogen Química, do doleiro Alberto Youssef, preso na operação, estão na mídia. Ambas foram usadas para lavagem de dinheiro, segundo a denúncia do Ministério Público Federal no (Paraná MPF-PR).
Inicialmente, elas ganharam todos os holofotes, porque o deputado federal paranaense André Vargas (ex-PT, atualmente sem partido), foi flagrado pela Polícia Federal (PF) em troca de mensagens com Youssef.  Ele seria suspeito de fazer lobby a favor das organizações Labogen no Ministério da Saúde na gestão de Alexandre Padilha, pré-candidato do PT ao governo de São Paulo. O ex-ministro nega interferências e está interpelando judicialmente Vargas.
O fato é que:
1) Como a denúncia foi feita pelo MPF-PR, a mídia passou a impressão de que o esquema se restringia ao Paraná, até porque Youssef é de Londrina. Omitiu, assim, que as organizações Labogen estão sediadas em São Paulo.
2) Com base no que se sabe até agora,  elas não têm contratos firmados com o Ministério da Saúde, desde o final do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Inclusive, balanço de 2001 da Labogen Química mostra que na época ela recebeu financiamento do Banco do Brasil e da Finep.

3) Em 1999, na gestão José Serra (PSDB), a Medicamentos Labogen fechou contratos no valor de R$ 30,8 milhões com o Ministério da Saúde, revelou o Tijolaço.Em valores corrigidos até março deste ano somam R$ 97,4 milhões.
4) Youssef é um dos doleiros envolvidos no maior escândalo do Brasil, o do Banco Estado do Paraná ou Banestado, que atinge fortemente a mídia e o governo FHC. Entre 1996 e 2002, mais de US$ 84 bilhões foram retirados indevidamente do Brasil via contas CC5 do Banestado.
Curiosamente, à medida que se descobrem ligações das indústrias Labogen com os tucanos, o noticiário sobre elas vai minguando. E talvez diminuam ainda mais.
Além de contratos com o Ministério da Saúde na gestão Serra, a Medicamentos Labogen vendeu diretamente para a Fundação Remédio Popular (Furp), do governo do Estado de São Paulo, de 1999 a 2005.
A Furp também firmou vários contratos com a Piroquímica Comercial, oficialmente de Pedro Argese Júnior. Só que ele é testa de ferro do doleiro Alberto Youssef, segundo o MPF-PR. Os contratos foram entre 1999 e 2007, consequentemente nos governos Covas, Alckmin e Serra.
Esses dados foram obtidos em levantamentos feitos no Sistema de Gerenciamento da Execução Orçamentária (Sigeo) e no Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.
Até agora, pelo que apuramos, os contratos da Furp com a Medicamentos Labogen somam R$ 14 milhões; em valores corrigidos, aproximadamente R$ 28 milhões.
Os com a Piroquímica atingem R$ 20 milhões; em valores corrigidos, cerca de R$ 39 milhões.
Resultado: os contratos das indústrias Labogen e Piroquímica com os governos tucanos de São Paulo chegam a R$ 67 milhões.

Entretanto, eles não aparecem na denúncia do MPF-PR, que estranhamente só quebrou o sigilo das empresas denunciadas na Operação Lava Jato a partir de 2008.
Explico. No pedido ao MPF-PR ao juiz federal, solicitando o indiciamento da “quadrilha”, os promotores argumentam que em “data não precisada nos autos, mas sendo certo, que desde 2008 até 17 de março de 2014”, as pessoas listadas “integraram uma das organizações criminosas comandadas pelo doleiro Alberto Youssef”.

Ou seja, O MPF-PR diz que não foi possível identificar o início do esquema. O que é intrigante por várias razões:
1) Youssef é um velho conhecido do MPF-PR, já que operou no esquema de evasão de divisas no caso Banestado.
2)As empresas investigadas de Youssef já existiam antes de 2009. E se elas lavaram dinheiro depois, por que não teriam lavado antes?
3) Se os promotores não sabiam quando começou, por que não se investigou?
4)A denúncia do MPF-PR menciona a MO Consultoria, de São Paulo, criada em 2004. De 2009 a 2013, foram depositados na conta dessa empresaR$ 89,7 milhões.
Segundo o MPF-PR, a integralidade dos valores recebidos por ela é ilícita e correspondia à parte significativa do montante que foi ocultado pelas operações bancárias pulverizadas para outras empresas como sendo do doleiro Youssef. Entre as quais, Labogen Química, Labogen Medicamento e Piroquímica, que, de 6 de janeiro de 2009 a 20 de junho de 2013, foram abastecidas em R$ 21,3 milhões.


Considerando que o MPF-PR admite que a lavagem de dinheiro do esquema do doleiro Alberto Youssef passava pela MO por que não quebrou o sigilo dessa empresa de 2004 a 2008?
Sem contratos fechados não há corrupção.
Os firmados pelas organizações Labogen com governos tucanos já chegam a R$ 164 milhões: R$ 97,4 milhões (gestão Serra, no Ministério da Saúde) + R$ 67 milhões (Furp, nas administrações Covas, Alckmin e Serra).
Será que a mídia vai investigar esses contratos realmente existentes ou se calará como fez com o propinoduto tucano? Só o tempo dirá.
Leia também:

quinta-feira, 8 de maio de 2014

PSDB quer proibir que a população saiba da falta de água em São Paulo

 PSDB vai à Justiça Eleitoral contra pesquisa sobre falta d'água em SP
 A falta d’água no Estado de São Paulo afetou 23% dos paulistas nos últimos três meses. O índice sobe para 35% na região metropolitana, contra 30% na capital e 14% no interior. O problema é duas vezes maior entre as famílias de menor renda, atingindo 12% dos que ganham mais de dez salários-mínimos e 25% entre os que recebem até um salário.”
A falta d’água no Estado de São Paulo afetou 23% dos paulistas nos últimos três meses. O índice sobe para 35% na região metropolitana, contra 30% na capital e 14% no interior. O problema é duas vezes maior entre as famílias de menor renda, atingindo 12% dos que ganham mais de dez salários-mínimos e 25% entre os que recebem até um salário.”

“Os dados são de pesquisa do Instituto Data Popular, que ouviu 18.534 pessoas em 70 cidades do Estado. Pelo levantamento, 59% dos paulistas acreditam que sofrerão com falta d’água até o fim do ano. E apontam como principal culpado pelo problema o governo estadual (Geraldo Alckmin (PSDB) (41%), a Sabesp (29%), o governo federal (9%) e a falta de chuva (7%).”


 PSDB quer proibir  que a população saiba da falta de água
O diretório paulista do PSDB apresentou nesta quarta-feira (7) uma notificação à Justiça Eleitoral contra o Instituto Data Popular por causa de uma pesquisa de opinião sobre a falta d'água no Estado, governado pelo tucano Geraldo Alckmin.

O partido considera que o levantamento feito com 18.534 pessoas em 70 cidades "tem nítida natureza eleitoral" e deveria ter seguido recomendações como o registro prévio. Parte dos resultados foi publicada na coluna Mônica Bergamo de hoje.

Procurado para comentar a ação, o presidente do instituto, Renato Meirelles, não foi localizado.

Segundo a pesquisa, a falta de abastecimento afetou 23% dos paulistas nos últimos três meses. O índice sobe para 35% na região metropolitana, ante 30% na capital e 14% no interior. O problema é duas vezes maior entre as famílias de menor renda, atingindo 12% dos que ganham mais de dez salários-mínimos e 25% entre os que recebem até um salário.

Ainda de acordo com o instituto, 59% dos paulistas acreditam que sofrerão com falta d'água até o fim do ano. Eles apontam como principal culpado pelo problema o governo estadual (41%), a Sabesp (29%), o governo federal (9%) e a falta de chuva (7%).

Para o PSDB, embora a pesquisa não seja sobre intenção de voto, ela "trata da avaliação do eleitor quanto a serviços públicos" e "impacta o ambiente eleitoral, em ano em que se realizam as eleições estaduais com a possibilidade de reeleição".

A legenda pede, no documento, que o Tribunal Regional Eleitoral notifique o Data Popular para que o instituto forneça informações como o nome de quem contratou a pesquisa, valor pago por ela, questionário aplicado aos entrevistados e metodologia.

Além disso, o partido quer autorização para ter "acesso ao sistema interno de controle, verificação e fiscalização da coleta de dados, incluídos os referentes à identificação dos entrevistadores" para que "possa confrontar e conferir os dados publicados". Deu na Folha

MP investiga Sabesp por descumprimento de acordo para uso do Cantareira 


MP investiga Sabesp por descumprimento de acordo para uso do Cantareira
O MP (Ministério Público de São Paulo) investiga a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), que opera o Sistema Cantareira, por suposto descumprimento uma série de exigências estabelecidas em 2004 para a outorga de captação de água nas bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí.

Entre elas estão a falta de um plano de emergência para épocas de seca, falta de monitoramento do nível do rio Piracicaba e inexistência de ações que visassem reduzir a dependência da região de Campinas e da grande São Paulo do Sistema Cantareira.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Senador Aloysio Nunes (PSDB) agride e manda prender blogueiro

"Vai a PQP, vagabundo!". Senador Aloysio Nunes não gostou de ser questionado sobre o cartel dos trens e seu suposto envolvimento com o caso Alstom-Siemens

O blogueiro Rodrigo Grassi foi detido ontem pela Polícia do Senado depois de entrevistar o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP). Grassi fez perguntas sobre o cartel dos trens e o suposto envolvimento de Aloysio com o caso Alstom-Siemens, provocando uma reação violenta do parlamentar. “Vai para a puta que te pariu”, gritou Aloysio, que, em seguida, passou a chamá-lo de vagabundo e tentou também impedir o registro das imagens. Grassi produziu o vídeo que segue a abaixo: Em caso de censura mais copia

Mais um
Senador Aloysio Nunes agride e manda prender entrevistador quando perguntado da CPI em São Paulo from forapsdb on Vimeo.

sábado, 3 de maio de 2014

Descubra porque o PSDB tem a blindagem da Globo

Tudo tem um preço. E a Globo não daria toda essa blindagem a troco de nada. No vídeo fica clara a relação promíscua entre a emissora e o PSDB. Mas isso você não verá na Globo. Precisou que a Record fizesse a matéria!