Está no Estadão de hoje: a SABESP, a estatal
que fornecia água à população do Estado está envolvida em mais um
escândalo, dessa vez coisa que envolve algo em torno de R$ 1 bi.
Escrevemos fornecia, porque na capital, Grande
São Paulo e em um grande número de municípios do entorno da Região
Metropolitana, ela já não fornece mais plena e nem satisfatoriamente,
implantou o racionamento das 22 h às 6 h – e em alguns bairros só
fornece em dias alternados.
Embora o governo Geraldo Alckmin
não assuma esse racionamento nem a pau, por medo de perder votos na
tentativa de reeleição em outubro e para se defender e aos outros
governos tucanos que não fizeram no reservatório Cantareira e em todo o
sistema as obras necessárias para evitar essa situação de falta de água.
Pois bem, como dissemos, está no Estadão, em manchete interna no alto
da página, “MP investiga gastos de R$ 1 bi da SABESP”. A Promotoria do
Ministério Público (MP) abriu inquérito civil para apurar o que
suspeita: que a estatal tenha favorecido 13 empresas em vários
contratos firmados entre 2008 (governo José Serra) e 2013 (governo
Alckmin).
Contratos eram para um programa de redução de perdas de água
E os contratos eram para que? Eram parte do programa de redução de
perdas de água para diminuir o desperdício na rede de distribuição. No
qual, aliás, registra o jornalão, a SABESP não atingiu as metas,
conforme o acompanhamento feito pela Agência Reguladora de Saneamento e
Energia do Estado de São Paulo (ARSESP).
O promotor Marcelo
Daneluzzi, do Patrimônio Público e Social, justifica a abertura do
inquérito pela suspeita de que tenha havido “direcionamento em favor
dessas empresas, mediante exigências de certificação elaboradas por
entidade de classe formada pelas próprias empresas – a Associação
Brasileira de ensaios Não Destrutivos e Inspeção (ABENDI)”.
A
SABESP enviou nota ao jornal O Estado de S.Paulo afirmou desconhecer o
teor da suspeita e que só poderá se manifestar quando conhecer a íntegra
e a origem das informações que deram base à abertura do inquérito pelo
Ministério Público.
Como acontece na média de um ou mais
escândalos por semana que surgem no governo tucano paulista, também
nesse, o próximo passo deve ser o governo Geraldo Alckmin (PSDB) vir a
público repetir um daqueles seus mantras que vai determinar “apuração
rigorosa do caso” e “punir os responsáveis”. Mais não diz, não
providencia e nada mais acontece nessa seara.
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