Presidente da CPI da Merenda inocenta Fernando Capez (PSDB) mesmo antes de apuração. Esquema de corrupção envolvia superfaturamento, pagamento de propina e desvio de recursos em contratos de merendas escolares no governo Geraldo Alckmin
(Imagem: Fernando Capez, acusado de líderar o esquema de desvio de dinheiro público da merenda em São Paulo)
Na última terça-feira (28), o presidente da CPI da Merenda, Marco
Zerbini (PSDB), inocentou o presidente da Assembleia Legislativa de São
Paulo (Alesp), Fernando Capez (PSDB). O parlamentar, que foi citado em
delação premiada, é suspeito de participar do esquema de
superfaturamento, pagamento de propina e desvio de recursos em contratos
de merendas escolares no governo do também tucano Geraldo Alckmin.
Em entrevista coletiva, Zerbini defendeu o colega de partido. “Eu sei que quem foi acusado de forma injusta tem desespero grande em provar sua inocência”. Ele disse ainda que “o dano causado à imagem de Capez é um dano que não pode ser revertido mesmo comprovando sua inocência”. Ao ser questionado por jornalistas sobre a afirmação, o deputado alegou ter sido “mal compreendido” e que quem se declara inocente é o próprio presidente da Alesp.
Para Alencar Santana (PT-SP), único membro que faz oposição ao governador presente no colegiado, a declaração de Marco Zerbini deixa evidente as intenções da CPI. Para o deputado, inocentar um acusado em delação sem sequer ter escutado testemunhas ou ter acesso aos documentos do Ministério Público e da Polícia Civil é um pré-julgamento com finalidade definida: “blindar Capez”.
Antes, o presidente da CPI havia declarado que só começaria a escutar testemunhas quando tivesse acesso e estudasse os documentos da Polícia Civil e do Ministério Público. Além do posicionamento de Zerbini, a escolha do relator da CPI também gerou preocupação.
O governo, que já conta com o presidente e vice-presidente da comissão como aliados, ganhou agora um reforço com a escolha do deputado Estevam Galvão, do DEM, para relator. O Democratas é um partido historicamente alinhado ao PSDB, do qual faz parte Capez e o governador do Estado.
Do Pragmatismo politico
Em entrevista coletiva, Zerbini defendeu o colega de partido. “Eu sei que quem foi acusado de forma injusta tem desespero grande em provar sua inocência”. Ele disse ainda que “o dano causado à imagem de Capez é um dano que não pode ser revertido mesmo comprovando sua inocência”. Ao ser questionado por jornalistas sobre a afirmação, o deputado alegou ter sido “mal compreendido” e que quem se declara inocente é o próprio presidente da Alesp.
Para Alencar Santana (PT-SP), único membro que faz oposição ao governador presente no colegiado, a declaração de Marco Zerbini deixa evidente as intenções da CPI. Para o deputado, inocentar um acusado em delação sem sequer ter escutado testemunhas ou ter acesso aos documentos do Ministério Público e da Polícia Civil é um pré-julgamento com finalidade definida: “blindar Capez”.
Antes, o presidente da CPI havia declarado que só começaria a escutar testemunhas quando tivesse acesso e estudasse os documentos da Polícia Civil e do Ministério Público. Além do posicionamento de Zerbini, a escolha do relator da CPI também gerou preocupação.
O governo, que já conta com o presidente e vice-presidente da comissão como aliados, ganhou agora um reforço com a escolha do deputado Estevam Galvão, do DEM, para relator. O Democratas é um partido historicamente alinhado ao PSDB, do qual faz parte Capez e o governador do Estado.
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