Segundo governador, água será puxada da
represa Billings para reduzir dependência do Cantareira na região
metropolitana; represas chegaram nível mais baixo da história
São Paulo – Hoje (22), o Sistema
Cantareira registrou a marca de 11,9% do volume útil disponível nas
represas, o nível mais baixo da história. E o governo do estado, mais
uma vez, dá mostras de que a população é quem vai arcar com as despesas
do histórico déficit de água. Ontem (21), o governador Geraldo
Alckmin (PSDB) anunciou em visita a Franca - cidade interiorana a 345
quilômetros de São Paulo - duas novas medidas para lidar com a seca que
causou a redução do nível do volume útil das represas: a interligação do
sistema com um braço da represa Billings, no ABC Paulista, para
aumentar a oferta de água, e o início de cobrança de multa de 30% sobre a
conta para quem aumentar o consumo a partir de maio.
Sem especificar os custos e o prazo da
interligação do Cantareira com a represa Billings, ele afirmou apenas
que a operação terá início "nos próximos meses".
Já o Sistema Rio Grande, onde está a represa
Billings, tem 96,5% da capacidade, mas gera muito menos água: 4,8 mil
litros por segundo, contra 33 mil litros do Cantareira. A represa
abastece 1,8 milhão de habitantes na região do ABC, e, com a
interligação, deverá oferecer água para mais 150 mil pessoas na região
metropolitana. Atualmente, o Sistema Cantareira atende a uma população
de 8 milhões de habitantes.
Os bairros beneficiados com o reforço deverão ser
Ipiranga e Sacomã, entre outros na divisa com o ABC. Desde o começo de
abril, o governo do estado contava com reforço do Sistema Alto Tietê,
que está com 36% da capacidade, e da represa do Guarapiranga, que está
com 78%, para atender aos bairros Penha, Ermelino Matarazzo, Cangaíba, Vila Formosa, Carrão, Jabaquara, Vila Olímpia, Brooklin e Pinheiros.
Alckmin afirmou, ainda, que as multas para quem
aumentar o consumo de água valerão a partir de maio e deverão seguir a
mesma lógica dos descontos atualmente oferecidos pela Sabesp a quem
reduzir o consumo: caso seja detectado aumento de consumo em relação ao
mês anterior ou ao mesmo mês do ano passado, o contribuinte terá de
pagar 30% de multa sobre o valor da conta. Já o desconto é de 30% para
quem reduzir o consumo em pelo menos 20%. O governador não especificou
se a medida para o aumento de consumo também será de 20% em relação ao
consumo da conta anterior.
Fonte: RBA
Fonte: RBA