Os candidatos tucanos Aécio Neves e Geraldo Alckmin cumprem agendas
eleitorais juntas, posam para fotos sorrindo, trocam elogios mútuos, mas
nos bastidores a relação não é essa maravilha. Preocupado com a sua
reeleição, Alckmin adotou medidas que foram na contramão do que queria o
presidenciável do PSDB.
O governador paulista fechou coligação com o PSB no Estado, dando o cargo de vice para o presidente estadual do partido, Marcio França. A aliança se traduziu em palanque no maior colégio eleitoral do País para um dos adversários de Aécio, Eduardo Campos.
Alckmin também atropelou as negociações do PSDB para dar a vaga ao Senado em sua chapa para José Serra e a negociou com o PSD, de Gilberto Kassab. Aliados de Aécio achavam essa negociação péssima para o presidenciável: o tempo de TV do candidato ao Senado poderia ser usado a favor de Dilma Rousseff, já que o ex-prefeito apoia a reeleição da Dilma.
A contragosto de Aécio, Alckmin tentou ainda resolver a sua vida defendendo Serra como vice do presidenciável - assim teria a vaga do Senado livre para negociar com outros partidos. Não conseguiu porque Aécio segurou no braço a articulação.
Desde que começou a eleição, a equipe de Alckmin conversa com integrantes da equipe de Campos para definir estratégias comuns no Estado. E agora começam a pipocar pelo interior paulista fotos e propaganda dessa parceria entre o governador e o presidenciável do PSB.
Hoje, no QG de Aécio em São Paulo, a orientação era criar comitês pelo interior paulista para fazer frente a essa parceria Alckmin-Campos. Os tucanos tinham em mente quatro principais cidades: Campinas, Marília, Limeira e São José do Rio Preto, que são governadas pelo PSB e que estimulam a dobradinha.
Por trás desses desencontros entre os dois tucanos, estão as perspectivas eleitorais de longo prazo. Alckmin é candidato a presidente em 2018 e sabe que o caminho só será possível - ou pelo menos mais fácil - com a derrota de Aécio em 2014.
Mais ou menos o mesmo raciocínio que o mineiro fez em 2010, quando Serra era candidato a presidente e perdeu a eleição em Minas, onde não contou com a ajuda do correligionário. Aécio sabe disso e tenta se blindar da melhor maneira possível. Tanto que convidou um paulista, o senador Aloysio Nunes Ferreira, para ser vice na sua chapa.
Oficialmente, até o final da campanha, a imagem vendida para o público será de unidade, como na caminhada do sábado em M'Boi Mirim, quando os dois com o mesmo figurino, camisa social de mangas arregaçadas, tentavam reforçar o clima de união. Alckmin foi escalado para a agendas de Aécio em São Paulo e irá participar de todas elas.
Nos bastidores, porém, a distância será cada vez maior até 2018. Artigo publicado no Estadão
O governador paulista fechou coligação com o PSB no Estado, dando o cargo de vice para o presidente estadual do partido, Marcio França. A aliança se traduziu em palanque no maior colégio eleitoral do País para um dos adversários de Aécio, Eduardo Campos.
Alckmin também atropelou as negociações do PSDB para dar a vaga ao Senado em sua chapa para José Serra e a negociou com o PSD, de Gilberto Kassab. Aliados de Aécio achavam essa negociação péssima para o presidenciável: o tempo de TV do candidato ao Senado poderia ser usado a favor de Dilma Rousseff, já que o ex-prefeito apoia a reeleição da Dilma.
A contragosto de Aécio, Alckmin tentou ainda resolver a sua vida defendendo Serra como vice do presidenciável - assim teria a vaga do Senado livre para negociar com outros partidos. Não conseguiu porque Aécio segurou no braço a articulação.
Desde que começou a eleição, a equipe de Alckmin conversa com integrantes da equipe de Campos para definir estratégias comuns no Estado. E agora começam a pipocar pelo interior paulista fotos e propaganda dessa parceria entre o governador e o presidenciável do PSB.
Hoje, no QG de Aécio em São Paulo, a orientação era criar comitês pelo interior paulista para fazer frente a essa parceria Alckmin-Campos. Os tucanos tinham em mente quatro principais cidades: Campinas, Marília, Limeira e São José do Rio Preto, que são governadas pelo PSB e que estimulam a dobradinha.
Por trás desses desencontros entre os dois tucanos, estão as perspectivas eleitorais de longo prazo. Alckmin é candidato a presidente em 2018 e sabe que o caminho só será possível - ou pelo menos mais fácil - com a derrota de Aécio em 2014.
Mais ou menos o mesmo raciocínio que o mineiro fez em 2010, quando Serra era candidato a presidente e perdeu a eleição em Minas, onde não contou com a ajuda do correligionário. Aécio sabe disso e tenta se blindar da melhor maneira possível. Tanto que convidou um paulista, o senador Aloysio Nunes Ferreira, para ser vice na sua chapa.
Oficialmente, até o final da campanha, a imagem vendida para o público será de unidade, como na caminhada do sábado em M'Boi Mirim, quando os dois com o mesmo figurino, camisa social de mangas arregaçadas, tentavam reforçar o clima de união. Alckmin foi escalado para a agendas de Aécio em São Paulo e irá participar de todas elas.
Nos bastidores, porém, a distância será cada vez maior até 2018. Artigo publicado no Estadão
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