A direção do hospital informou ao jornal que desde ontem à noite, pacientes socorridos pelo Corpo de Bombeiros e pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) estão sendo encaminhado para outras instituições de saúde. O diretor médico do HU, José Pinhata Otoch, disse à Folha que a instituição não tem condições de continuar atendendo no PS por causa paralisação que se ampliou nos últimos dias com o desconto dos salários dos grevistas na folha de pagamento de julho.
Segundo o diretor, os médicos ainda trabalham normalmente, mas serviços essenciais e importantes como radiologia, enfermagem, nutrição, e a limpeza do hospital estão atendendo ou sendo feitos com uma quantidade mínima de funcionários.
80% das 8 mil consultas ambulatoriais foram suspensas e 320 cirurgias canceladas
A greve no HU começou no dia 16 de junho e, desde então, estão suspensas as consultas e cirurgias sem urgência. “Cancelamos 80% das 8 mil consultas ambulatoriais que fazemos por mês. Mais de 320 cirurgias já foram canceladas”, informou o diretor. Ele adiantou, ainda, que no PS, em média, são atendidas até 900 pessoas por dia, mas que a partir deste sábado este número não deve passar de 40 atendimentos/dia.
Como vocês veem, é o jeito tucano de governar. É o apagão na saúde promovido por eles e que chega, também ao HU. A direção informou que nos 30 anos de existência ele nunca enfrentou situação tão calamitosa, a ponto de precisar praticamente parar seu atendimento. enquanto isso, o dr. Geraldo Alckmin (PSDB) continua concentrado em sua campanha eleitoral para se reeleger em outubro e continuar no Palácio dos Bandeirantes como governador do Estado pela 4ª vez.
Para vocês ficarem com mais informações e fazerem uma melhor reflexão sobre a que ponto chegou a saúde pública no Estado, leiam o artigo “Falta de transparência na saúde paulista”, publicado esta semana na Folha pelo sanitarista Fausto Pereira dos Santos, secretário de atenção à saúde do Ministério da Saúde.
No artigo, Fausto conta que o Ministério da Saúde transferiu R$ 417 milhões à Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo para repasse à Santa Casa da capital, mas que, desse dinheiro, R$ 74 milhões só neste ano não chegaram ao hospital. Leiam aqui http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/179458-falta-de-transparencia-na-saude-paulista.shtml
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