Por 5 votos a 2, a base governista na  Assembleia Legislativa enterrou ontem as investigações no Conselho de  Ética sobre o suposto esquema de vendas de emendas parlamentares denunciado pelo petebista Roque Barbiere. Agora, para que as  investigações prossigam na Casa, resta à oposição tentar emplacar a CPI,  faltam duas assinaturas.
Votaram contra o requerimento de  autoria de Campos Machado, pedindo que os trabalhos fossem encerrados e  as informações coletadas enviadas ao Ministério Público Estadual (MPE),  os petistas Marco Aurélio de Souza e Luiz Cláuido Marcolino. O  presidente da comissão, Hélio Nishimoto (PSDB), não votou e o verde  Dilmo dos Santos não compareceu.
Nem o fato de Roque Barbiere  (PTB), em discurso no plenário, ter citado um nome, do deputado Dilmo do  Santos (PV), que supostamente comercializa emendas, conseguiu reverter a  manobra da base governista.
Os integrantes da comissão ainda  votaram a prorrogação dos trabalhos por mais 15 dias para que o  relatório final seja votado. Entretanto, ainda falta definir quem será o  relator, uma vez que o deputado designado para o cargo, José  Bittencourt, migrou do PDT para o novo PSD.
O próprio autor do requerimento  que deu fim ao Conselho de Ética, Campos Machado (PTB), não soube  informar qual o conteúdo do relatório final a ser enviado ao MPE. “Se  não tem, não tem nada, é outro problema”, afirmou Machado, antes de  acusar os jornalistas de formularem perguntas “vergonhosas” e  “cretinas”.
“O resumo do Conselho de Ética é  ‘tutti buona gente’ e o resumo da sociedade em relação a não apuração é  ‘tutti ladrone’, disparou o líder da Minoria na Casa, deputado João  Paulo Rillo (PT), após classificar como “margherita/quatro queijos” o  relatório que será encaminhado ao MPE. “Peço ao relator que não se  esqueça do orégano”, completa.
O líder da bancada tucana,  deputado Orlando Morando, sustenta que o “Conselho não tinha muito mais o  que fazer”, mas lembra que ele pode ser acionado novamente caso o  deputado Roque Barbiere cite nomes ao MPE.
CPI?
O Conselho de Ética – cujo  objetivo seria investigar as denúncias de Roque Barbiere encerrou seus  trabalhos tendo ouvido apenas uma pessoa, o deputado Major Olímpio.
Ao longo de um mês, dos 20  requerimentos apresentados ao Conselho, apenas três, relativos a  convites, foram aprovados. Entre os convidados, apenas Major Olímpio foi  pessoalmente dar explicações, o próprio Barbiere e o secretário de Meio  Ambiente, Bruno Covas (PSDB), enviaram por escrito suas declarações.
Enterrado os trabalhos do  Conselho de Ética, a oposição, liderada pela bancada petista, mira as  duas assinaturas que faltam para a abertura de uma Comissão Parlamentar  de Inquérito (CPI). Como o JT antecipou na edição de ontem, o pivô do  escândalo das emendas, deputado Roque Barbiere (PTB), assinou o pedido.
Para tentar pressionar os  deputados da base a assinarem o pedido, a bancada petista e movimentos  sociais organizaram uma manifestação em frente a Assembleia Legislativa.  Cerca de 350 manifestantes pediram a instalação da CPI. Mesmo assim,  até o final desta edição, os petistas ainda não haviam conquistado mais  assinaturas.Do JT
do Blog os Amigos do Presidente Lula
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