EM Defesa dos Patrões bancada do PSDB de Alckmin e Aécio quer acabar com multa de 40% do FGTS nas demissões sem justa causa e reduzir de 12% para 5% a alíquota do INSS que deve ser recolhida pelos patrões
A bancada do PSDB no Câmara, alegando ameça de demissões em massa para
empregados domésticos por conta da regulamentação da profissão,
apresentou hoje (4) projeto que retira direitos estabelecidos pela
chamada PEC das Domésticas, a Proposta de Emenda à Constituição aprovada
em março no Senado e promulgada esta semana no Congresso.
Os deputados tucanos propõem que os patrões sejam isentos de pagar a
multa de 40% sobre o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) em
caso de demissão sem justa causa. A multa é um direito conquistado por
trabalhadores da iniciativa privada com registro em carteira.
A bancada tucana também quer diminuir o percentual de recolhimento da
alíquota do INSS, de 20% – 12% recolhidos pelos patrões e 8% pelos
trabalhadores – para 8% – sendo 5% dos patrões e 3% dos trabalhadores.
Segundo publicou hoje o jornal Folha de S.Paulo, o líder da bancada
tucana, Carlos Sampaio (PSDB), afirmou que a proposta tem por objetivo
simplificar e reduzir a cobrança de encargos. “A PEC veio para garantir
direitos, não para promover demissões em massa”, afirmou.
De acordo com o jornal, a justificativa do deputado para retirar dos
trabalhadores domésticos a multa em caso de demissão sem justa causa é
que os empregadores de trabalho doméstico não são empresas, não visam
lucros, e merecem um tratamento diferenciado em relação ao recolhimento
de encargos.
A proposta do PSDB é que seja criada a figura do microempregador
doméstico para pessoas ou empresas que contratem trabalhadores
domésticos, sem fins lucrativos, para viabilizar o regime diferenciado
no recolhimento dos direitos trabalhistas.
A bancada tucana também propõe a criação de um sistema simplificado para
a cobrança destes encargos sobre o trabalho doméstico por meio da
unificação do documento de arrecadação do INSS e do FGTS para os
trabalhadores domésticos.
Os tucanos propõem ainda a autorização para contratar trabalhador por
regime temporário em caso de afastamento por acidente de trabalho ou
licença-maternidade dos trabalhadores domésticos e que sejam
considerados motivos para demissão sem justa causa a morte ou invalidez
do empregador ou seu cônjuge e motivos econômicos que comprometam a
renda familiar um período superior a três meses.
A PEC das domésticas foi promulgada nesta semana, mas o recolhimento do FGTS ainda precisa de regulamentação.
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