Em uma das chamadas interceptadas pela operação Alba Branca sobre o
esquema de propinas na compra de merenda escolar no governo paulista e
prefeituras, o vendedor Carlos Luciano (Carlinhos) da cooperativa Coaf,
foi flagrado alertando uma pessoa identificada como "Carioca" a usar o
aplicativo Telegram, criado por russos e hoje baseado na Alemanha;
segundo Carlinhos, o software é "mais seguro nesse ramo que trabalham";
ele foi um dos oito integrantes da cooperativa Coaf presos no final do
mês passado acusados de intermediar o pagamento de propinas para
políticos
Segundo reportagem da
Carta Capital,
em uma das chamadas interceptadas durante as investigações, um vendedor
da cooperativa Coaf, de Bebedouro, interior de São Paulo, foi flagrado
conversando com uma pessoa identificada como "Carioca" a respeito do
direcionamento de um edital de merenda escolar.
Segundo as investigações, o vendedor Carlos Luciano (Carlinhos) diz que a
compra deverá ser feita por meio de chamada pública, um modelo
simplificado de contratação pela administração pública que dispensa
licitação.
Carioca passa então seu email para o vendedor para que sejam
encaminhados documentos que auxiliem no direcionamento da compra em
favor da cooperativa envolvida com as fraudes. Preocupados com a
possibilidade de serem grampeados, o vendedor diz que Carioca precisa a
passar a usar o aplicativo
Telegram, criado por russos e hoje baseado na
Alemanha.
Segundo Carlinhos, o software é "mais seguro nesse ramo que trabalham".
Ele diz que o servidor por ser europeu não precisa prestar informações
para as autoridades brasileiras. O vendedor foi um dos oito integrantes
da cooperativa Coaf presos no final do mês passado acusados de
intermediar o pagamento de propinas para políticos. O esquema teria
desviado pelo menos 25 milhões de reais. Ele e os outros sete
integrantes já foram soltos.
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