Leo Pinheiro relatou pagamento de empreiteiras a pedido de Aloysio Nunes, por intermédio de Rodrigo Garcia, hoje vice de Doria e o então aliado do governo Alckmin
Jornal GGN – O Intercept Brasil, em parceria com a Folha de S. Paulo, revelou nesta sexta (16) um trecho da delação de Leo Pinheiro, da OAS, que aparece nas mensagens de Telegram trocadas entre os procuradores da Lava Jato.
No arquivo, consta o relato de pagamento de propina ao PSDB, por intermédio de Rodrigo Garcia, hoje vice do governador João Doria (PSDB). O negócio envolveria a obra da linha 4-amarela do Metrô de São Paulo.
Pinheiro relata que, em 2007, houve uma discussão com o governo do Estado, então sob José Serra, para atualizar o contrato da obra em um valor adicional de R$ 180 milhões.
O governo do Estado só liberaria a compensação mediante o pagamento de R$ 5 milhões pelo consórcio formado pela OAS, Odebrecht, Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão e Camargo Corrêa. Cada uma arcaria com R$ 1 milhão.
Pinheiro disse ainda que o pagamento foi exigido pelo então secretário da Casa Civil de Serra, Aloysio Nunes.
O delator acrescentou que liberou a quantia, em dinheiro, para Rodrigo Garcia.
O acerto da propina aconteceu na casa de José Amaro Pinto Ramos, um “conhecido interlocutor do PSDB” e suspeito de ser operador de tucanos, detalhou a Folha.
A delação da OAS até hoje aguarda homologação do Supremo Tribunal Federal.