Com 11 meses de atraso, só agora governo estadual diz que vai limpar piscinões
Prometido pelo governador Geraldo Alckmin em 11 de janeiro desta ano, um dia após a Capital parar em função de uma série de alagamentos, somente agora, às vésperas da temporada de chuvas e com 11 meses de atraso, o governo do Estado diz que irá iniciar o trabalho de limpeza, desassoreamento e manutenção de 25 piscinões da Grande São Paulo, nos municípios de Osasco, Embu das Artes, Taboão da Serra, Mauá, Santo André, Diadema, São Bernardo e São Caetano.
Deverão ser retirados 245 mil metros cúbicos de sedimentos e lixo que se acumularam no fundo dos piscinões e que, com certeza, devem colaborar para enchentes em vários pontos da Região Metropolitana ainda neste verão, o que não ocorreria se o serviço tivesse sido feito antes do período de chuvas.
A justificativa do governo tucano para o atraso foi a burocracia do processo de licitação e contestações judiciais.
Limpeza do Tietê também ficou pela metade
Segundo notícia publicada no site do governo do Estado, em março deste ano, o governador Geraldo Alckmin anunciou novas obras de desassoreamento do Rio Tietê e afirmou retirar do leito 2,7 milhões de m³ de sedimentos, dos quais 2,1 milhões de m³ ainda em 2011.
No entanto, pelo que foi constatado pelo Sigeo – Sistema de Acompanhamento da Execução do Orçamento, em 15 de novembro, provavelmente até o fim do ano o governo executará pouco mais da metade anunciado, ou seja, 1,1 milhão m³.
A análise foi realizada com base no valor previsto no edital da licitação, por m³ e comparou os recursos financeiros destinados às empresas responsáveis pelos serviços. Os novos contratos para a Calha do Tietê alcançam aproximadamente 470 mil metros cúbicos de dejetos a serem retirados, que somados a mais 566 mil m³ retirados da Barragem da Penha até Guarulhos chegaria a pouco mais de 1 milhão de m³ a serem retirados do rio.
Ainda de acordo com os dados governamentais, as obras poderiam beneficiar diretamente o centro de Guarulhos e os bairros de Vila Augusta, Macedo, Gupouva, Tranquilidade, Picanço, Vila Rio, Bela Vista, Cocaia, Monte Camelo, Vila Barros, São Roque e Itapegica. Além de reduzir o risco de alagamento das marginaisNo verão passado seis pessoas morreram na capital, vítimas dos alagamentos, além dos inúmeros transtornos causados à população por conta das enchentes.
*com informações de O Estado de S. Paulo e PT Alesp
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