quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

A Privataria Tucana - Jose Serra diz que livro é “lixo”. Só se for pelos personagens

TV Record Denuncia,Revista Veja,Rede Globo e Folha de São Paulo escondem o livro e mesmo assim bate recorde de vendas e se esgota rapidamente das bilheterias

do blog tijolaço
Com a dica do leitor Victor, coloco aí em cima a matéria do Jornal da Record sobre o livro “A privataria tucana”, de Amaury Ribeiro Jr. Nela, a maior novidade é que, finalmente, José Serra fala do livro:
- É lixo, limita-se a dizer.
Com a arrogância típica dos que acham que não devem explicações, o tucano apenas ignora o conteúdo do livro. Sequer se preocupa em negar que seu caixa de campanha, sua filha, seu primo e seu genro estejam metidos naqueles negócios sujos que ali aparecem.
Mas, talvez, Serra tenha mesmo razão: o livro retrata muito lixo, o que foi varrido para debaixo do tapete durante mais de uma década.
Mostra os desvãos imundos por onde caminhou parte do dinheiro obtido com a venda do patrimônio do povo brasileiro.
E, se o livro é mesmo, como diz Serra, lixo, que personagem melhor do que ele para estar ali em suas páginas?

Um comentário:

  1. Seguem uns trechos estarrecedores, páginas 37/39. Esse "aperitivo" dá idéia do conteúdo da obra:

    "Registrado nos anais do Ministério da Fazenda, o Memorando de Política Econômica, de 8 de março de 1999, no alvorecr do segundo mandato de FHC, descreve um plano de privatização parcial do BB e da CEF. Está no item 18 do documento e consiste na "venda de compnentes estratégicos" ou na transformação das duas instituições em "bancos de segunda linha".

    "Atualmente líder no seu setor e dona de um patrimônio de R$ 200 bilhões, a distribuidora de títulos e valores imobiliários do BB - BB/DTVM - seria privatizada".

    (sobre a surrada alegação de se usar o dinheiro obtido nas privatizações pra saúde e educação, eliminar dívidas do governo)

    "O torra-torra das estatais não capitalizou o Estado, ao contrário, as dívidas interna e externa aumentaram, porque o governo engoliu o débito das estatais leiloadas - para torná-las mais palatáveis aos compradores - e ainda as multinacionais não trouxeram capital próprio para o Brasil. Em vez disso, contraíram empréstimos no exterior e, assim, fizeram crescer a dívida externa. Para agravar o quadro, os cofres nacionais financiavam a aquisição das estatais e aceitaram moedas podres, títulos públicos adquiridos por metade do valor de face, na negociação.

    "Na privatização da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), dos R$ 1,05 bilhão pagos... R$ 1 bilhão era formado de moedas podres. Nos cofres públicos só ingressaram, de verdade, R$ 38 milhões.

    "Na privatização da Ferrovia Paulista S.A. (fepasa), o governo de São Paulo, sob o PSDB de Mário Covas, demitiu dez mil funcionários e assumiu responsabilidade pelos 50 mil aposentados da ferrovia! No Rio, o também tucano Marcelo Alencar realizou proeza maior: vendeu o Banerj para o Itaú por R$ 330 milhões, mas antes da privatização demitiu 6,2 mil dos 12 mil funcionários do banco estadual. Como precisava pagar indenizações, aposentadorias e o plano de pensões dos servidores, pegou um empréstimo de R$ 3,3 bilhões, ou seja, dez vezes superior ao que apurou no leilão. Na verdade, 20 vezes superior, porque o Rio só recebeu R$ 165 milhões, isto porque aceitou moedas podres, com metade do valor de face".

    Amaury Ribeiro Jr mexeu num vespeiro que há muito precisava ser mexido, apesar dos latidos, balidos e zurros em contrário que já se ouvem por aí... PARABÉNS!

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