247 - Uma reportagem dos jornalistas Flavio Ferreira e Mario Cesar Carvalho publicada nesta quinta-feira (leia aqui),
na Folha de S. Paulo, revela que o lobista Arthur Teixeira, acusado de
pagar propinas a personagens ligados ao PSDB e alvo de um bloqueio
financeiro de quase R$ 20 milhões na Suíça, era um personagem da copa e
da cozinha da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, responsável
por contratos bilionários no setor ferroviário.
Teixeira teria frequentado reuniões técnicas e acompanhado o desenrolar
dos contratos dentro da sede da CPTM, segundo acusação feita pelo
diretor José Luiz Lavorente, da área de operações e manutenção, à
corregedoria.
Todo-poderoso, Teixeira representa vários "concorrentes", como a
francesa Alstom, a espanhola CAF e a canadense Bombardier. "Arthur
Teixeira chegava a representar as empresas na fase de execução do
contrato", disse Lavorente. Essas empresas fecharam contratos de R$ 744
milhões, assinados em 2000 e 2001.
No entanto, uma denúncia da Siemens, no mesmo processo que analisa o
cartel dos trens em São Paulo, afirma que o valor seria 30% menor, se
não houvesse o conluio coordenado por Arthur Teixeira. Ou seja: São
Paulo teria economizado R$ 213 milhões.
Em novembro, a Justiça determinou o bloqueio de R$ 56,45 milhões em bens
de suspeitos de atuar no cartel dos trens em São Paulo. O mais atingido
foi justamente Arthur Teixeira, que sofreu bloqueio de R$ 19,48
milhões.
Em 2014, na disputa ao governo de São Paulo, o cartel dos trens, que
custou caro ao contribuinte paulista, será o principal calcanhar de
Aquiles do governador Geraldo Alckmin na luta pela reeleição.
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