Adriana Ferraz e Fabiana Cambricoli
do Agora
Eles têm entre 14 e 18 anos e, desde a última segunda-feira, passaram de alunos a professores na escola estadual Padre Anchieta, na região do Brás (região central de SP). A troca de papel foi implantada pela direção da própria unidade, que resolveu combater a falta de docentes selecionando voluntários para ajudar colegas no contraturno. O grupo é formado por 16 jovens, que estudam de manhã e dão aula à tarde. Alguns são repetentes.
O público-alvo são as turmas do sexto e do sétimo ano do ensino fundamental (antigas quinta e sexta séries), que estão sem aulas de português desde o início de abril --o professor está afastado. Mas também responsáveis por outras matérias ou aulas de reforço são substituídos atualmente pelo grupo quando faltam, independentemente da série.
A seleção dos "novos professores" foi feita há duas semanas. "Fomos escolhidos após uma 'peneira' e ainda estamos em teste", disse Jeferson Lima Santos, 16 anos, que cursa o nono ano do ensino fundamental. Assim como os colegas, ele teve de escolher pelo período de trabalho: das 13h às 15h30 ou das 15h30 às 18h30, todos os dias. O grupo afirma que não recebe dinheiro pelo serviço.
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