A Eletropaulo foi condenada pela Justiça Federal em São Paulo a pagar a
indenização de R$ 2 milhões em danos morais coletivos por conta de
apagões ocorridos em 2009, 2010 e 2011. A empresa, responsável pelo
abastecimento de 24 municípios da Região Metropolitana de São Paulo,
incluindo a capital paulista, foi alvo de uma ação conjunta do Estado de
São Paulo e do Procon.
"É notório que a interrupção no
fornecimento de energia elétrica por longo período e reiterada vezes,
acarreta inúmeros prejuízos à população, especialmente pelo reflexo
ocasionado na prestação dos serviços públicos considerados essenciais,
tais como o fornecimento de água, transporte público, atendimento nos
hospitais, etc", afirmou o juiz federal Djalma Moreira Gomes em sua
decisão.
O dinheiro da indenização imposta à companhia será
revertido ao Fundo de Defesa de Direitos Difusos, que financia ações de
recuperação ambiental, promoção cultural, dentre outros. Na ação, o
Estado de São Paulo e o Procon alegam que a empresa "não tem cumprido o
dever de adequação imposto pelo Código de Defesa do Consumidor e
resoluções editadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL".
Eles
acrescentam ainda que Eletropaulo (privatizada pelos tucanos) é uma das
empresas com o maior número de reclamações e que não modificou sua
postura mesmo com várias punições do Procon.
Pedidos. Mesmo
condenando a companhia elétrica, Djalma Gomes indeferiu vários pedidos
na ação, como o que obrigava a Eletropaulo a reestabelecer a energia
elétrica em, no máximo, quatro horas em caso de apagão.
Outro
requerimento que o juiz indeferiu foi o da concessão de desconto de 2%
sobre a fatura de cada consumidor em caso de apagão na fatura seguinte
ao evento. O pedido foi feito baseado no "apagão" na região
metropolitana em junho 2011.
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