O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, anunciou nesta quarta-feira (10/9) um novo prazo para a inauguração do monotrilho da linha 17-ouro do metrô.
Segundo o governador, os 7,7 km do ramal, entre a estação Morumbi da CPTM e o aeroporto de Congonhas, serão concluídos no início de 2016.
É o segundo adiamento da obra. A previsão inicial era entregar o trecho no primeiro semestre de 2014, a tempo da Copa, mas o prazo já havia sido mudado para 2015 quando o monotrilho saiu do pacote de obras do evento.
Em junho, uma viga de 90 toneladas do monotrilho caiu e matou um operário. Alckmin disse na época, contudo, que não achava que o acidente causaria atrasos na obra.
Segundo o governo, o atraso se deve à demora na obtenção de licenças ambientais. O secretário de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, afirmou que a licença prévia foi concedida em 2011 e que a licença de instalação saiu apenas em 2012.
"A maior dificuldade foi por conta do pátio de manobras, porque fica em cima do piscinão da av. Roberto Marinho", disse o governador.
Com o novo prazo, o sistema metroviário irá crescer menos em 2015, quando o governo esperava deixar a rede com 100 km --meta que Alckmin prometia atingir em 2014.
Em 2015 estão previstas as inaugurações da estação Morumbi da linha 4-amarela e mais nove estações do monotrilho da linha 15-prata. Com elas, a rede vai passar dos atuais 78 km para 96 km.
Ficaram para 2016, além do monotrilho de Congonhas, as dez novas estações da linha 5-lilás, que vai ligar Santo Amaro à Chácara Klabin.
Em 2010, na campanha eleitoral, Alckmin havia prometido a entrega para 2014.
O tucano disse nesta quarta (10), em visita ao canteiro da estação Campo Belo da linha 5, que a obra atrasou porque uma decisão judicial determinou, em 2011, a paralisação dos trabalhos.
O motivo foram suspeitas de fraude na licitação, reveladas pela Folha, que soube o resultado do certame meses antes do anúncio oficial.
"O contrato foi suspenso e nós fizemos uma análise da licitação. A obra começou apenas em 2012. Nós já entregamos a Adolfo Pinheiro."
O tucano afirmou que, diferentemente do método utilizado na estação Adolfo Pinheiro, que permitia a entrega gradual de estações, as escavações atuais são feitas por tatuzões, que não permitem o funcionamento de estações intermediárias até a conclusão da construção da linha.
Metrô promete sistema que reduz superlotação
O Metrô diz que até o fim deste ano será implantado um sistema de controle de trens mais moderno que permite melhorar a superlotação na linha 2-verde.
O sistema foi comprado em 2008 e a previsão era que estivesse em operação em 2010.
A melhora ocorre porque o sistema permite redução de 20% no intervalo entre trens. Segundo Luiz Antonio Pacheco, presidente do Metrô, esse intervalo passará de 120 para cerca de 100 segundos.
Com o intervalo menor é possível aumentar a quantidade de trens em circulação e oferecer mais lugares para passageiros. Se hoje a capacidade de transporte é de 48 mil pessoas por hora e sentido, passaria para 57,6 mil.
Segundo Pacheco, nas linhas 1-azul e 3-vermelha, as mais superlotadas da rede, o sistema começará a ser implantado em 2015 e deverá estar em operação até 2016.
O sistema foi comprado da Alstom, empresa investigada por formar cartel e fraudar licitações, por R$ 706 milhões (valor não corrigido).
Houve falhas nos primeiros testes, como composições que desapareciam da tela de controle.
Fonte: jornal Folha de S. Paulo
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