O Estado e a capital de São Paulo registraram em julho a 14ª alta
consecutiva de roubos. É a maior sequência de aumentos desse tipo de
crime desde o início da série histórica em 2001.
Apesar disso, os dados foram considerados positivos pela gestão Alckmin por ter havido nova redução no ritmo de crescimento.
Os roubos subiram 12,6% no Estado e 20,3% na capital na comparação de julho com o mesmo mês de 2013.
Em junho, os aumentos haviam sido de 14,7% e 21%, respectivamente. Nos
12 meses anteriores, a média de crescimento era maior (22,3% no Estado e
29,3% na capital).
Mantido o padrão atual de desaceleração, os roubos levariam seis meses
até pararem de crescer no Estado. Na capital, mais de dois anos.
O secretário Fernando Grella atribui a desaceleração no crescimento dos roubos a operações policiais.
Por outro lado, especialistas como o coordenador do Fórum Brasileiro de
Segurança Pública, Renato Sérgio de Lima, e Guaracy Mingardi, dizem que é
preciso melhorar a investigação e não só aumentar o patrulhamento da
PM.
Grella disse que o governo aposta no Detecta --sistema que vai integrar câmeras de monitoramento e bancos de dados das polícias.
Homicídios
Os casos de homicídio doloso (intencional) tiveram alta de 6,8% no
Estado --passaram de 311 para 332 em julho deste ano em comparação com o
mesmo mês do ano passado. Na capital, o crescimento foi de 3,6%, de 83
para 86.
Ao contrário de sua avaliação sobre os roubos, Grella vê esse aumento como "pontual, que não revela tendência".
Há diferença entre os números de casos de homicídio e os de vítimas
--uma ocorrência pode ter mais de uma vítima. Se forem observados os
números de vítimas, os aumentos foram de 10% no Estado e 10,6% na
capital.
Fonte: jornal Folha de S. Paulo
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