sábado, 31 de dezembro de 2011

Governo Alckmin eleva imposto de produtos eletroeletrônicos (que presentão ao paulistas do PSDb de SP)

Aumento será feito de maneira indireta, com mudança da base de cálculo; empresários questionam a medida e dizem que preços podem subir

Marina Gazzoni e Marcelo Rehder, de O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO - O Estado de São Paulo vai na contramão do governo federal e elevará os impostos estaduais de eletrodomésticos e eletrônicos em 2012. O aumento de tributos será feito de forma indireta. O governo aprovou no último dia 27 uma nova tabela do IVA (Índice de Valor Agregado), que serve de base para o cálculo do ICMS no regime de substituição tributária. Para a maioria dos produtos, os novos valores entram em vigor amanhã.
Dos 90 itens contemplados pela mudança, 76 deles terão elevação do imposto estadual. Entre eles estão fogão, geladeira, celulares, micro-ondas, TV de tubo e plasma. Alguns componentes terão redução de imposto - 14 no total, entre eles, câmeras digitais e TVs de LCD. Em média, os valores do IVA subiram 20%. O impacto desse reajuste no aumento efetivo de impostos depende da alíquota do ICMS de cada produto.
No caso da linha branca, a nova tabela terá outro cronograma. Para os produtos beneficiados pela redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), concedida em dezembro pelo governo federal, a mudança vale a partir de 1º de abril.
No sistema de substituição tributária, a indústria paga o tributo do varejo antecipadamente. Para calcular o imposto devido por toda a cadeia, das fábricas às lojas, o governo estabelece uma margem de valor, o IVA, com uma estimativa do preço final do produto ao consumidor. É sobre esse valor que incide a alíquota do ICMS. Então, quanto maior o IVA, maior será o imposto cobrado (veja tabela ao lado). "É um aumento indireto de impostos. O governo eleva a arrecadação sem mexer na alíquota do ICMS", explica o advogado tributarista Eduardo Diamantino.
Um fabricante de celular, por exemplo, pagará cerca de 6% mais de ICMS no Estado, segundo estimativas do escritório Diamantino Advogados. Com todos os impostos, um aparelho que sai da indústria por R$ 800 neste ano, custaria R$ 998 após o pagamento de impostos, mas custará R$ 1.110 com a nova tabela.
Reação. A decisão desagradou o empresariado. "Pode haver aumento de preços ao consumidor", disse o presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Humberto Barbato. Segundo ele, o repasse dependerá do aquecimento da economia. Para Barbato, o aumento de impostos é "inoportuno". O momento, a seu ver, é de estimular a economia e não atribuir um ônus maior às empresas.
Capital de giro. O primeiro impacto da mudança no IVA será a necessidade de a indústria e o comércio captarem mais capital de giro para pagar um valor maior de ICMS. "Essa medida é prejudicial à indústria", conclui Barbato. Segundo ele, a Abinee vai avaliar as alterações no início do ano e pode recorrer.
Para José Maria Chapina, presidente do conselho de assuntos tributários da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio SP), a mudança na tabela do IVA não se sustenta. "Não tem sentido cobrar o imposto sobre um IVA tão elevado", argumenta Chapina. Ele afirma que a decisão visa apenas um aumento da arrecadação do governo paulista.
A Fecomércio já questiona na Justiça o sistema de substituição tributária. Agora, a entidade vai voltar a carga contra a medida. Chapina diz que a nova tabela é "uma violência tributária", pois ela financia o Estado. "Se antes já era um confisco antecipado de imposto, agora ficou ainda pior com o aumento da carga."
Insegurança tributária. Mas o principal problema de mudanças nos parâmetros da substituição tributária, como a que entrará em vigor amanhã, é que elas geram insegurança entre os empresários, afirmou o economista do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) Júlio Gomes de Almeida.
"Muitos empresários têm me dito que, nos planos de investimentos que eles fazem, já passaram a levar em conta a insegurança tributária em São Paulo."
Para ele, São Paulo já está em desvantagem na guerra fiscal entre Estados para atrair investimentos. Com a mudança na tabela, disse, São Paulo aumentou a insegurança tributária e deu mais fôlego para outros Estados.

 

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Geraldo Alckmin demite delegado que prendeu juiz bêbado e arruaceiro

Delegado que prendeu juiz é exonerado do cargo em São Paulo
ANDRÉ CARAMANTE
FOLHA DE SÃO PAULO

O delegado Frederico Costa Miguel, 31, foi exonerado da Polícia Civil de São Paulo. A exoneração, assinada pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), foi publicada ontem (27) no "Diário Oficial".

Há 80 dias, Miguel acusou Francisco Orlando de Souza, magistrado do Tribunal de Justiça, de dirigir sem habilitação, embriaguez ao volante, desacato, desobediência, ameaça, difamação e injúria.

O governo nega qualquer relação entre a exoneração do delegado e o incidente.

Souza discutiu no trânsito com um motorista e ambos pararam no 1º DP de São Bernardo do Campo (ABC Paulista) para brigar, mas foram impedidos pelo então delegado.

Apesar da repercussão, o caso não foi investigado pela Corregedoria da Polícia Civil. Dez dias após o incidente, o juiz foi promovido a desembargador pelo TJ.

Por conta do caso, o presidente do TJ paulista, José Roberto Bedran, pediu para a Secretaria da Segurança Pública criar a função de "delegado especial" para cuidar de casos envolvendo juízes. O pedido não foi atendido.

"Estou surpreso com a exoneração. Não sei os motivos da decisão do governador e não tive direito de defesa", disse o ex-delegado.

Segundo o ato, Miguel foi exonerado por não ser aprovado no estágio probatório de três anos. Ele chegaria ao fim dessa fase em 30 de janeiro.

Desde 2008, quando entrou na polícia, Miguel foi alvo de três apurações na Corregedoria. Em todas, ele obteve pareceres favoráveis.

Miguel era plantonista quando apartou a briga, em outubro. Segundo o delegado, o juiz gritou várias vezes: "Você não grita assim comigo, não! Eu sou um juiz!".

O desembargador afirmou ontem que não sabia da exoneração e que "tudo não passou de um mal-entendido".

Souza disse ainda ser alvo de apuração na Corregedoria do TJ. A assessoria do órgão disse não ter acesso aos documentos da investigação "porque ela é sigilosa e por conta do recesso do Judiciário".

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Justiça determina que Grupo PIG Folha pague por vazamento do Enem

Justiça determina que Grupo PIG Folha(que apoiou o Serra) pague por vazamento do Enem,também não foi noticiado pela Revista Veja e a Rede Globo que também apoiou Serra e fizeram tramoias contra a Presidenta Dilma e o Presidente Lula.

GOVERNO TUCANO ATACA O BOLSO DOS SERVIDORES PÚBLICOS COM SP-PREVCON

PL nº 840/2011 (SP-PREVCON) é aprovado na Alesp.
A fábrica de projetos de lei do Governo, que tem a maioria dos deputados estaduais sob os pés, nunca aprovou tantos projetos como neste final de ano. Alguns deles comprovam que este governo não tem o mínimo interesse numa Administração Pública eficiente, bem como em servidores públicos altamente qualificados e eficazes.

O futuro servidor público que tiver vencimentos além de R$ 3.691,74, além de ser obrigado a recolher 11% para a previdência (SPPREV), terá que pegar mais 7,5 % para a previdência complementar.

De autoria do governo, que movimentará um fundo gigante, beneficiando o sistema bancário, o PL nº 840/2011 institui o SP-PREVCON, aqueles que ingressarem futuramente no serviço público estadual e tiverem vencimentos maiores que o teto do INSS, além dos 11% pagos para o SPPREV, pagarão mais 7,5 % a titulo de previdência complementar, isto é, se quiserem aposentadoria com vencimentos e salários integrais.

O projeto foi aprovado na ALESP com 57 votos favoráveis, com folga, portanto, para o governo ausentaram-se 14 parlamentares e 22 votaram contra. Para os servidores federais, serão descontados 8,5% (PL 1992/07).

do aojesp

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Jogo da Privataria Tucana Game

Jogue o jogo da privataria Tucanas e tente punir os corruptos tucanos do PSDB e mostre às crianças
COMO Jogar?
Com o Livro o alvo para acertar são os Tucanos Corruptos voando que devem ser capturados e punidos e o Cafetão Serra e vai mudando de nível,para isso use o mouse

Original http://www.mundovirtual3d.com/privatariatucana/

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Enchentes: Estado atrasa limpeza de piscinões em 11 meses

Com 11 meses de atraso, só agora governo estadual diz que vai limpar piscinões

Prometido pelo governador Geraldo Alckmin em 11 de janeiro desta ano, um dia após a Capital parar em função de uma série de alagamentos, somente agora, às vésperas da temporada de chuvas e com 11 meses de atraso, o governo do Estado diz que irá iniciar o trabalho de limpeza, desassoreamento e manutenção de 25 piscinões da Grande São Paulo, nos municípios de Osasco, Embu das Artes, Taboão da Serra, Mauá, Santo André, Diadema, São Bernardo e São Caetano.

Deverão ser retirados 245 mil metros cúbicos de sedimentos e lixo que se acumularam no fundo dos piscinões e que, com certeza, devem colaborar para enchentes em vários pontos da Região Metropolitana ainda neste verão, o que não ocorreria se o serviço tivesse sido feito antes do período de chuvas.

A justificativa do governo tucano para o atraso foi a burocracia do processo de licitação e contestações judiciais.

Limpeza do Tietê também ficou pela metade

Segundo notícia publicada no site do governo do Estado, em março deste ano, o governador Geraldo Alckmin anunciou novas obras de desassoreamento do Rio Tietê e afirmou retirar do leito 2,7 milhões de m³ de sedimentos, dos quais 2,1 milhões de m³ ainda em 2011.

No entanto, pelo que foi constatado pelo Sigeo – Sistema de Acompanhamento da Execução do Orçamento, em 15 de novembro, provavelmente até o fim do ano o governo executará pouco mais da metade anunciado, ou seja, 1,1 milhão m³.

A análise foi realizada com base no valor previsto no edital da licitação, por m³ e comparou os recursos financeiros destinados às empresas responsáveis pelos serviços. Os novos contratos para a Calha do Tietê alcançam aproximadamente 470 mil metros cúbicos de dejetos a serem retirados, que somados a mais 566 mil m³ retirados da Barragem da Penha até Guarulhos chegaria a pouco mais de 1 milhão de m³ a serem retirados do rio.

Ainda de acordo com os dados governamentais, as obras poderiam beneficiar diretamente o centro de Guarulhos e os bairros de Vila Augusta, Macedo, Gupouva, Tranquilidade, Picanço, Vila Rio, Bela Vista, Cocaia, Monte Camelo, Vila Barros, São Roque e Itapegica. Além de reduzir o risco de alagamento das marginaisNo verão passado seis pessoas morreram na capital, vítimas dos alagamentos, além dos inúmeros transtornos causados à população por conta das enchentes.

*com informações de O Estado de S. Paulo e PT Alesp

Alckmin Governo muda base de cálculo de ICMS, e genérico pode subir até 15% no Estado

Remédio deve ficar mais caro em SP com mudança de tributo

 Uma mudança no sistema de cobrança do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) de medicamentos pode aumentar os preços dos genéricos de 7% a 15% no Estado de SP.

A estimativa é da Pró Genéricos (associação brasileira dos fabricantes do setor).

A alteração começa a valer no próximo mês. Em linhas gerais, o governo passará a determinar a base de cálculo do ICMS a partir do preço máximo de um medicamento permitido pelo governo ao consumidor.

Hoje, essa conta é feita a partir do valor que a farmácia paga ao fornecedor do remédio, que pode dar a ela o desconto que desejar.

A alíquota do imposto permanece a mesma, 18%. Mas, com a mudança da base de cálculo, a arrecadação do ICMS dos genéricos (vendidos com até 80% de desconto) tende a aumentar, enquanto a dos não genéricos, chamados de medicamentos de referência (em que não há tantos descontos), a diminuir.

Serão estabelecidas dezenas de possibilidades de percentuais para determinar essa nova base de cálculo, conforme o tipo e a finalidade do remédio.

A Folha apurou que a nova regra do governo serviria para evitar sonegação fiscal em negociações de remédios com preços artificialmente baixos.

"O aumento de valor vai depender do remédio. Para não perder margem [de lucro] com a maior arrecadação de ICMS, o estabelecimento tende a repassar isso ao consumidor", afirma Odnir Finotti, presidente da Pró Genéricos.

Por outro lado, não há garantia de que os preços dos produtos de referência caiam.

"De qualquer forma, será prejudicada a população de menor poder aquisitivo, que depende dos genéricos e de programas como o Aqui Tem Farmácia Popular, que subsidia alguns medicamentos."

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) publicou, no site, texto destacando "problema na norma" em relação aos remédios para pressão alta e diabetes, que fazem parte do programa do governo federal.

A agência diz que a nova regra "deveria excepcionar as vendas realizadas nessa operação [Farmácia Popular]. Caso contrário, estará adotando uma base de cálculo equivocada e superior ao valor do preço final pago pelo Ministério da Saúde".

O texto afirma ainda que a mudança "vai gerar transtornos na parte operacional".
do Blog Os Amigos da Presidenta Dilma 

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Cargos em comissão crescem 105% na secretaria de educação de Alckmin

do blog se a radio nao toca
Neste ano o governo paulista anunciou a reorganização da secretaria de educação que extinguiu 4 unidades orçamentárias, entre elas coordenadoria da Grande São Paulo  e do Interior, e criou outras 6 novas unidades orçamentárias. Essa reorganização da secretária fez com que o governo enviasse o  projeto de lei que cria 1401 cargos  em comissão na secretaria de Educação, com impacto anual de R$ 62,8 milhões por ano. Além disto, irão ser criados 342 cargos permanentes, providos por concurso que representaram o custo anual de R$ 11 milhões. Deste modo o número  cargos em comissão criados por este projeto  são 309%  acima dos por concurso e o impacto orçamentário é 468%.
O governo afirma que haverá economia de 17,3 milhões por ano com a extinção de cargos, e com o decreto que reorganizou a secretária se projeta a extinção de mais de 303 cargos com redução de R$ 6,8 milhões.
Estes cargos que serão extintos não irão gerar qualquer impacto imediato, visto que estão vagos. O artigo 3º do projeto de lei é claro, visto que são cargos vagos na data de publicação desta lei ou na sua vacância, quando o trabalhador se aposenta, deste modo, são cargos vagos ou que ficarão vagos e, portanto não implicam em economia para o tesouro estadual.
A secretaria de educação tem hoje 1230 cargos em comissão, de acordo com a Lei Complementar n° 1.080, de 17/12/2008 e relatório sobre cargos publicado no Diário oficial de 30 de abril de 2011,destes 699 estão providos (56%) e 531 vagos. Desta forma, como se criam 1.401 novos cargos em comissão que somados aos já existentes chegam a 2.528 cargos, uma elevação de 105% .Enquanto isto, o nosso governador não cumpre a ordem judicial que manda mudar a jornada de Trabalho e poderia criar mais 50 mil vagas para professores.E Alckmin, não vale falar que não tem dinheiro...

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

A Privataria Tucana - Jose Serra diz que livro é “lixo”. Só se for pelos personagens

TV Record Denuncia,Revista Veja,Rede Globo e Folha de São Paulo escondem o livro e mesmo assim bate recorde de vendas e se esgota rapidamente das bilheterias

do blog tijolaço
Com a dica do leitor Victor, coloco aí em cima a matéria do Jornal da Record sobre o livro “A privataria tucana”, de Amaury Ribeiro Jr. Nela, a maior novidade é que, finalmente, José Serra fala do livro:
- É lixo, limita-se a dizer.
Com a arrogância típica dos que acham que não devem explicações, o tucano apenas ignora o conteúdo do livro. Sequer se preocupa em negar que seu caixa de campanha, sua filha, seu primo e seu genro estejam metidos naqueles negócios sujos que ali aparecem.
Mas, talvez, Serra tenha mesmo razão: o livro retrata muito lixo, o que foi varrido para debaixo do tapete durante mais de uma década.
Mostra os desvãos imundos por onde caminhou parte do dinheiro obtido com a venda do patrimônio do povo brasileiro.
E, se o livro é mesmo, como diz Serra, lixo, que personagem melhor do que ele para estar ali em suas páginas?

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Assembleia Legislativa de São Paulo tem 18 CPIs emperradas

O repórter Uélson Kalinovski mostra porque as CPIs não andam e nem sempre vão ao encontro dos interesses da população.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

São Paulo vai se livrar das enchentes no mínimo em 2040

DO Blog Searadionaotoca

É o que diz plano municipal de drenagem; proposta é reduzir verba de piscinões e priorizar investimento em seis bacias problemáticas

Bruno Paes Manso
São Paulo só vai conseguir acabar de vez com enchentes em 2040. Essa é a meta principal do Plano Municipal de Manejo de Águas Pluviais da Prefeitura, que deve ficar pronto no ano que vem, para as seis bacias hidrográficas que mais alagam em um total de 60.
Drama. Marginal do Pinheiros alagada - Nelson Antoine/Foto Arena
Nelson Antoine/Foto Arena
Drama. Marginal do Pinheiros alagada
As campeãs de inundações, que devem receber investimentos, são as Bacias do Aricanduva e do Cabuçu de Baixo (afluentes do Rio Tietê), do Ipiranga (afluente do Tamanduateí) e Córrego Verde, Morro do S e Córrego Cordeiro (afluentes do Rio Pinheiros).
O objetivo do plano é garantir a essas regiões "grau de proteção hidrológica correspondente a 100 anos". O termo técnico, usado na Engenharia, é feito com base nas chuvas que caíram na cidade no último século. Ter esse grau de proteção significa que, após investimentos, as regiões passam a correr o risco de inundar uma vez a cada 100 anos.
A meta para as enchentes foi apresentada ontem pelo secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, Miguel Bucalem, no seminário Recursos Hídricos, Saneamento e Gestão Metropolitana - Novos desafios, organizado pelo Instituto de Engenharia (IE).
"Cem anos é um nível de proteção alto, mas importante para uma cidade com o grau de desenvolvimento de São Paulo. No Japão, esse grau de proteção chega a 200 anos", explica Luiz Fernando Orsini Yazaki, coordenador adjunto do plano municipal.
Orsini explica que as bacias foram escolhidas pela gravidade das enchentes. Mas ainda falta sacramentar a decisão e há chance de investimentos serem aplicados em outras bacias.
Piscinões. Outra novidade prevista, que também deve fazer parte da proposta do 3.º Plano de Macrodrenagem da Bacia do Alto Tietê, voltado para a Região Metropolitana de São Paulo, é a diminuição de investimentos nos piscinões - principal alternativa usadas nas duas primeiras versões do Plano de Macrodrenagem para evitar as cheias.
Segundo Orsini, os técnicos que trabalham no setor encontraram duas restrições principais aos piscinões. Uma delas é a resistência dos vizinhos à obra. Eles reclamam de sujeira e desvalorização dos imóveis. O segundo problema é que faltam terrenos disponíveis para abrigar essas obras.
As novas apostas são nos parques lineares ao longo dos rios, para evitar a ocupação das várzeas, além de obras nas próprias calhas dos rios para diminuir a vazão das águas, como degraus e orifícios. Também está previsto definir no zoneamento as regiões inundáveis. São casos em que a população que mora na beira do rio tem de ser removida", explica João Jorge da Costa, do IE, um dos coordenadores do plano de macrodrenagem.
PONTOS-CHAVE
170 anos de investimentos sem resultado
TamanduateíDesde 1841, o governo investe em obras para tentar remediar as inundações da região central - o primeiro planejamento foi a canalização do Tamanduateí
Novos desafiosA retificação do Tietê encolheu o rio, que passou de 46 km para 26 km. Assim, uma área de 33 milhões de m2 que eram inundáveis puderam ser urbanizadas
SujeiraMesmo com investimentos, as enchentes continuam por causa da impermeabilização do solo e do assoreamento dos rios, córregos e galerias da cidade

terça-feira, 29 de novembro de 2011

PSDB e PIG se esforçam para esconder escândalo de 4 bilhões de Reais

DiarioLiberdade

Diante das várias denúncias, o PSDB fez incontáveis manobras até conseguir impedir a instalação  das investigações
governador geraldo alckmin psdb
É a segunda denúncia em menos de dois meses envolvendo o governo Alckmin. Nas duas ocasiões os desvios de verba  atingiram a casa dos bilhões de reais.
Enquanto a direita transforma uma suposta "luta contra a corrupção" em sua estratégia central para ganhar mais espaço no regime político e tentar reverter sua crise, o principal governo deste setor, a administração estadual de São Paulo, é acusado de estar envolvido em mais um caso de corrupção.
E assim como a última denúncia, a que envolvia a compra de emendas parlamentares por um terço da Assembleia Legislativa de São Paulo, novamente os tucanos são acusados de participar de um esquema bilionário para favorecer os capitalistas.
Desta vez a denúncia é contra o processo de licitação da linha 5-Lilás. Um esquema que segundo dados pela própria Justiça de São Paulo pode chegar a mais de R$ 4 bilhões.

Há pouco mais de um mês, o mesmo PSDB foi denunciado por estar envolvido em outro esquema bilionário. O deputado do PTB, Roque Barbiere, parte da base de sustentação do governo na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), denunciou que pelo menos um terço dos deputados vendia emendas para grandes capitalistas e prefeituras ligadas principalmente ao PSDB.

Diante destas denúncias, o PSDB fez diversas manobras até conseguir impedir a instalação de uma CPI na Alesp.

Agora, começou uma operação para repetir o mesmo no metrô, empresa que, diga-se de passagem, já foi denunciada por outros desvios de verba como, por exemplo, o que envolveu o contrato entre a estatal paulista e a empresa Alston. O primeiro passo está sendo manter o presidente da empresa no cargo, negando todos os indícios de corrupção.

Leia também:
Tanto no caso das emendas como neste mais recente fica provado que a corrupção está diretamente ligada ao favorecimento dos empresários e, desta maneira, a única forma de combater estes ataques à população de São Paulo é a luta contra esta política direitista de favorecimento dos grandes capitalistas.
Fonte:Blog pragmatismopolitico

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

PSDB aparelhando o governo de SP: Parentes de tucana ganham boquinha no cofre público

A indicação de parentes da deputada estadual Analice Fernandes (PSDB) para ocupar cargos em órgãos públicos teria sido o estopim de discussão entre o líder do governo, Samuel Moreira (PSDB), e o líder da bancada tucana, Orlando Morando, há alguns dias na Assembleia Legislativa, segundo integrantes da Casa que narraram o episódio.

A deputada tem o filho, Fernando Fernandes Neto, lotado na Artesp, agência de transportes do governo de SãoPaulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e o marido e ex-prefeito de Taboão da Serra, Fernando Fernandes Filho, na Secretaria de Transportes, também na gestão Geraldo Alckmin (PSDB).

Segundo parlamentares, Morando teria tomado conhecimento da indicação do filho de Analice à Artesp em reunião da Comissão de Transportes da Assembleia, e teria cobrado satisfações de Moreira, apontado por tucanos como articulador da operação para assegurar a vaga.

O desentendimento pcorrei dia 9, quando o projeto que transformaria o Hospital de Clínicas (HC) em autarquia (Privatizado) estava em pauta. Nesse dia, um grupo de tucanos, inclusive alguns que estavam na comissão de Transportes, não participou da votação – que foi adiada por falta de quórum. “O clima entre eles esquentou e só não chegaram ‘as vias de fato’ porque Moreira não rebateu as acusações”, disse parlamentar que presenciou a cena.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Alckmin promete R$ 355 milhões em obras de combate a enchentes e não gasta nada

Investimentos na região metropolitana de São Paulo foram apalavrados em março e até agora não saíram do papel

(da Rede Brasil Atual, por Raoni Scandiuzzi)

São Paulo – Restando pouco mais de um mês para terminar o ano, parte dos 39 municípios que compõem a região metropolitana de São Paulo deverão sofrer mais uma vez com as enchentes provocadas pelas chuvas típicas da estação. De todas as obras prometidas em março de 2011, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) não iniciou os trabalhos em nenhuma, adotando ações de desassoreamento nos rios Tietê e Pinheiros como medida única de combate às inundações, estimada em R$ 148 milhões.
No início do ano, Alckmin chegou a prometer R$ 558 milhões em investimentos na região metropolitana. Desses, R$ 355 milhões foram reservados para construção de piscinões, diques, e reservatórios nos municípios de São Paulo, Guarulhos, Santo André e Franco da Rocha. O governador chegou a garantir a entrega das obras para dezembro, no entanto, até o momento nenhuma delas foi iniciada. Atualmente, todas estão em processo de licitação ou de assinatura de contrato.
De acordo com os dados levantados, a cidade de São Paulo deveria receber este ano R$ 247 milhões para a construção de diques em diversos pontos das marginais dos rios Pinheiros e Tietê, que cruzam a cidade. O transbordamento dos rios é responsável por diversas tragédias na cidade.
Já Guarulhos, Santo André, e Franco da Rocha teriam de receber obras de contenção, os conhecidos piscinões, e diques para escoamento das águas pluviais. Essas instalações custariam aproximados R$ 88 milhões aos cofres públicos.
Somente em janeiro de 2011, aproximadamente 2 mil pessoas ficaram desalojadas em São Paulo, vítimas de enchentes. Além de desabrigar as pessoas, as tragédias provocadas pelas chuvas são responsáveis pela transmissão de doenças, como a leptospirose, que não tratadas de forma eficiente podem levar à morte.
Procurado, o Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo, órgão responsável pela área, não respondeu aos questionamentos sobre as metas não cumpridas. No entanto, a assessoria de imprensa enviou um outro documento citando mais compromissos do executivo paulista com o combate às enchentes.

PSDB e a Ditadura: Mães de alunos da USP dizem que estudante foi torturada durante desocupação da reitoria

Elas falam que garota levou chutes e ficou feito "porco" com bola na boca; PM nega

Tortura foi a palavra escolhida por duas mães de estudantes da USP (Universidade de São Paulo) para descrever a forma como a Polícia Militar, segundo elas, agiu com uma aluna durante a reintegração de posse da reitoria da universidade, ocorrida na madrugada de 8 de novembro. Assustadas e com medo de que seus filhos sofram represálias, as duas mulheres - que conversaram com o R7 na última terça-feira (15) - pediram para ser identificadas apenas pelas letras iniciais de seus nomes.
m tom de revolta, elas contaram que ouviram de seus filhos e dos amigos deles envolvidos na ocupação da reitoria que agentes torturaram física e psicologicamente uma das meninas envolvidas no episódio. N.L., de 46 anos, mãe de um estudante de História que participou da ocupação, contou que a menina agredida teve uma bola de ferro colocada na boca, levou socos e foi intimidada por policiais.
- Os soldados disseram baixinho no ouvido dela:" você sabe o porquinho com uma maçã na boca? Você é nosso porquinho agora".
Veja fotos da reintegração da reitoria
A outra mulher ouvida pela reportagem - R.P., de 54 anos, mãe de um aluno do curso de Ciências Sociais - afirma que a estudante foi levada para uma sala separada dos outros colegas detidos e chegou a levar chutes. Por sofrer de asma, a aluna teria começado a passar mal e a gritar alto, o que provocou revolta no grupo de estudantes, fazendo com que os policiais a levassem de volta para junto deles. As mães pediram para que o nome da menina não fosse divulgado por segurança.

Essa história, segundo elas, foi apenas um dos casos de abuso de poder durante a desocupação da reitoria. Elas compararam a ação dos cerca de 400 policiais militares - que participaram do cumprimento do mandado judicial de reintegração de posse - com a ação da corporação durante a Ditadura Militar do país (1964-1985).
Cabeçada
R.P afirmou que seu filho dormia dentro do carro, na frente da reitoria, quando os policiais chegaram e o retiraram “brutalmente” do veículo. Ele teria questionado o porquê de ser detido se não estava dentro reitoria como outros.

- O policial deu uma cabeçada com o capacete nele e cortou o nariz do meu filho. Depois teve a coragem de dizer: “eu não fiz nada, nem estava aqui”.
No dia da desocupação, o filho de R.P. foi levado junto com outros 72 manifestantes para o 91º Distrito Policial, onde foi indiciado por desobediência civil e passou por exame de corpo delito.

Já N.L conta que seu filho não sofreu agressão física, mas presenciou outra forma de repressão: a humilhação verbal. Os policias do Batalhão de Choque teriam tentado humilhar os alunos ao fazer deboche de características físicas deles. Palavras como "gordo", "espinhudo" e "quatro olhos" teriam sido usadas pelos agentes da PM para se referir aos manifestantes. Segundo ela, um jovem homossexual que fazia parte do protesto foi discriminado.

- Só dez estudantes estavam acordados quando a polícia chegou. Eles não esperavam que haveria ação da polícia. Acreditavam que, como ainda estavam em negociação com a reitoria, os policias teriam ido até lá apenas para conversar. Olha que purismo...

À favor da ocupação
As duas mães dizem que apoiaram a decisão dos filhos de participar da ocupação. De acordo com elas, os meninos queriam lutar por justiça social e melhores condições no campus, o que consideram motivo de grande orgulho. N.L diz que lutou contra a repressão durante a ditadura e ensinou os filhos sobre a importância da luta social.

- A minha geração lutou muito para tirar a polícia de dentro da faculdade, de dentro do colégio. Não é para agora, na geração do meu filho, vir e ocupar. Isso é um absurdo. Isso é ditadura mesmo.

Elas fizeram questão de frisar que os filhos não são “vagabundos”, argumento que foi usado por opositores da ocupação. De acordo com N.L, o filho estuda, trabalha desde os 15 anos e “chacoalha quatro horas por dia dentro de trens”.

Assim como a comissão de comunicação dos estudantes, os duas mães afirmaram que as coisas que estavam quebradas dentro do prédio da reitoria após a desocupação foram destruídas pelo Batalhão de Choque. Elas questionaram o fato de a imprensa ter entrado no prédio apenas um tempo depois da ação da PM. Elas afirmaram que não havia razão para os móveis terem sido revirados e classificaram as pichações como “ações individuais que não dava para controlar”.
Ministério Público
Na última segunda-feira (21), o Ministério Público de São Paulo pediu a abertura de um inquérito policial junto ao Decap (Departamento de Polícia Judiciária da Capital) para investigar a ação da Polícia Militar durante a reintegração de posse da reitoria da USP.

Resposta
Em resposta às afirmações das duas mães, a Polícia Militar divulgou nota na qual nega os abusos e diz que pode comprovar sua versão por meio de vídeo.
"A Polícia Militar esclarece que a Operação de Reintegração de Posse da Reitoria da USP foi cuidadosamente planejada, com antecedência, coordenada pelo próprio Comandante Geral, que inclusive proibiu a utilização de munições químicas, entre outros cuidados, para a ação. Não houve exagero, arbitrariedade ou abusos por parte do efetivo que lá estava, fato que a Polícia Militar comprova por meio de imagens gravadas pelo Comando de Choque e por nosso Centro de Comunicação Social".


Prefeitos de São Paulo cobram mais segurança pública do governo do Estado

Reunidos na Assembleia Legislativa de São Paulo entre a segunda-feira, 21, e a terça-feira, 22, os prefeitos de São Paulo preparam uma carta com reivindicações ao governo do Estado. Uma das principais questões debatidas pela Marcha Paulista em Defesa dos Municípios é a segurança pública. Antes do evento, a prefeita de Ribeirão Preto, Dárcy Vera (PSD) e o prefeito de Várzea Paulista, Eduardo Pereira (PT), já haviam explicado que esta seria uma das principais pautas levantadas pelo movimento.
Na abertura do encontro, o prefeito de Guarulhos, Sebastião Almeida (PT), definiu a questão da segurança como “um tema que aflige todas as cidades. As cidades sofrem hoje com o problema da segurança, as cidades sofrem com a falta de efetivo da polícia, as cidades sofrem com a ausência de viaturas, sofrem por não ter bases da PM espalhadas principalmente nas regiões mais periféricas da cidade e isso acaba gerando uma situação de insegurança muito grande. Por outro lado, os municípios reclamam, com toda razão, que muita coisa do Estado quem tem que pagar é o município. É o aluguel de um equipamento do estado, é a cessão de uma viatura, conserto de uma viatura da polícia”, relatou. Os gastos de Guarulhos que, segundo ele, deveriam ser do Estado, chegam a R$ 6 milhões por ano. Almeida diz que com isso o município deixa de fazer coisas que seriam de sua competência.
O secretário de Desenvolvimento Metropolitano do Estado, Edson Aparecido (PSDB), defendeu a atuação do governo na segurança. “Quando assumimos o governo do Estado em 1994, o orçamento com segurança pública era em torno de R$ 2 bilhões. Hoje ultrapassa R$ 25 bilhões. Fizemos todo o processo de reformulação do sistema prisional. a unificação das polícias, o investimento que foi feito. É evidente que cada município acaba se organizando para ter uma ação nessa área”, afirmou. Ele defendeu que os municípios e o Estado façam parcerias para solucionar o problema.
Para o prefeito de São José dos Campos, Eduardo Cury (PSDB), não basta aumentar o efetivo da polícia nas ruas. “O problema da segurança é muito mais complexo que isso. Nós vamos colocar um policial na frente de cada casa e não vai resolver. Enquanto tiver produzindo criminalidade, a polícia na verdade ela é só um paliativo, atua na consequencia, não na causa. Sou a favor de reforçar, mas a questão da segurança é muito mais complexa. Quais são as causas da criminalidade? Cidades onde você tem um grande número de pobreza e de riqueza, é violência na certa. Você tem que equalizar. Na minha cidade, nós mudamos a lei de zoneamento, uma briga danada com o pessoal da construção civil. Não pode ter, como em São Paulo, bairros muito pobres muito distantes e as coisas boas acontecer só nos Jardins. Esse modelo de cidade não serve. Isso gera violência. Porque você tem desigualdade. Você precisa ter classe média em todos os lugares, precisa ter comércio, precisa equalizar a cidade. Construção das cidades é um grande fator de segurança pública”, ensina.
Fonte: Estadão

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Base de Alckmin aprova privatização do Hospital das Clínicas

Após três semanas de resistências e obstruções da Bancada petista, a base de sustentação do governador Geraldo Alckmin aprovou na noite desta quarta-feira (16/11) o projeto que transforma o Hospital das Clínicas em regime de autarquia especial, o que possibilitará o hospital público voltar-se ao setor privado em detrimento ao atendimento dos pacientes do SUS.

Num placar de 78 votantes, composto por 58 votos favoráveis e 19 contrários, o projeto de autoria do governador Alckmin, que esteve tramitando desse 2006 no Poder Legislativo, sofreu críticas e levou os líderes governistas à derrota na semana passada, quando impuseram a propositura na pauta de deliberação.

Condenado pelos petistas e outros deputados que compõem a oposição ao governo tucano, o projeto, na avaliação do deputado Luiz Claudio Marcolino, vice-líder do PT, é mais um passo no desmonte do patrimônio público do Estado de São Paulo, levado a cabo pela gestão tucana. “Desde que o PSDB chegou no comando do Estado, perdemos os bancos Banespa e Nossa Caixa, a Eletropaulo, as rodovias e a população vive os reflexos dessa política privatista, com a péssima qualidade dos serviços e os custos aviltantes”, destacou.

Marcolino lembrou ainda que, nas audiências públicas regionais do Orçamento, a população clama por hospitais regionais. “Precisamos de hospitais regionais estruturados, que atendam as comunidades locais. A demanda é recorrente em diversas partes do Estado. Vimos em Piracicaba, Santos, Jundiaí, entre outros. São Paulo está na contramão do fortalecimento do SUS, na busca da constituição de um sistema de saúde pública de qualidade.”

Inflamado, o parlamentar Adriano Diogo protestou contra aprovação do PLC e lembrou que o HC será um hospital voltado a pacientes de convênios de cinco, seis estrelas, só para ricos. “Hoje é um dia histórico, estão atacando o SUS em São Paulo, venceram aqueles que acreditam no poder de dinheiro”, lamentou.

Na sequência, o petista líder da minoria, João Paulo Rillo, endossou as manifestações de Adriano. ”Esta é a maior atrocidade que a Assembleia já cometeu, entregando um patrimônio público de excelência a um pequeno grupo de privilegiados, descaradamente. A ignorância conveniente é vexatória. O que temos aqui é um golpe contra a saúde pública no Estado de São Paulo,” protestou.

Além da falta de seguridade de atendimento ao SUS, a Bancada do PT questionou também os processos de debate da propositura, apontou a ausência de um Conselho Gestor democrático, constituído de representantes de usuários, funcionários, Poder Legislativo, Ministério Público entre outros. No entanto, os governistas ignoraram a reivindicação e sustentam que o hospital manterá o atendimento aos pacientes do SUS, e alegam que abertura o HC ao setor privado vai trazer benefícios financeiros, agilidade e modernização aos serviços prestados pelo hospital.

São Paulo e PCC como Atacadão da droga para o país. Toda a droga vendida na Rocinha vinha de SP

Esquema milionário protegido por policiais mantinha Nem no tráfico

sábado, 19 de novembro de 2011

Justiça determina afastamento do presidente do Metrô de SP e paralisação das obras da linha 5-lilás

Do UOL Notícias, em São Paulo 
A Justiça de São Paulo determinou o afastamento imediato do presidente do Metrô de São Paulo, Sérgio Avelleda, e a paralisação das obras da linha 5-lilás (de Adolfo Pinheiro à Chácara Klabin), orçada em R$ 4 bilhões. Os pedidos haviam sido formulados em ação civil pública impetrada este mês pelo Ministério Público estadual. A decisão tem caráter  liminar, contra a qual cabe recurso.

O despacho foi expedido na tarde desta sexta-feira (18) pela juíza da 9ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, Simone Cassoretti, e estabelece multa diária de R$ 100 mil ao governo do Estado caso o secretário de Estado de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, não cumpra a ordem.
A ação é assinada pelo promotor Marcelo Camargo Milani, que a ajuizou no último dia 3. Nela, Milani ainda requeria a anulação dos contratos de extensão da linha 5-lilás sob alegação de que houve irregularidades na licitação e prejuízo aos cofres públicos.
Em abril de 2010, o jornal "Folha de S.Paulo" registrou em cartório um documento antecipando o nome das empresas vencedoras da licitação antes da abertura dos envelopes com as propostas dos concorrentes.
Após a publicação, o governo do Estado chegou a suspender a licitação, mas acabou retomando o processo. Em agosto, o MP requereu ao Metrô a suspensão dos contratos, assinados há cerca de quatro meses, mas isso não foi feito.
Na avaliação da Promotoria, Avelleda deve ser responsabilizado porque, além de não suspender os contratos e não investigar a suspeita de fraude, teria ainda usado ou o "artifício insidioso" de tentar desqualificar documento com firma reconhecida usado na reportagem da "Folha" --o que foi descartado pelo próprio MP, após laudo.
Na decisão de hoje, a juíza aponta que a "suspensão de todos os contratos e aditamentos oriundos da concorrência é medida que se impõe, como forma de resguardar o patrimônio público e fazer valer os princípios da legalidade, moralidade e isonomia".
Sobre o afastamento do presidente do Metrô, a magistrada classifica a medida como necessária por conta "de suas omissões dolosas". Ela ainda define que a permanência dele no cargo, enquanto o caso não for julgado no mérito, "apenas iria demonstrar a conivência do Poder Judiciário com as ilegalidades".
A reportagem do UOL Notícias entrou em contato com a assessoria do Metrô e do governo do Estado, que ainda não se manifestaram oficialmente sobre a decisão.

Ao MP-SP, Barbiere sustenta que 4 deputados negociaram emendas

O deputado paulista Roque Barbiere (PTB) afirmou ao Ministério Público Estadual que se dispõe a apresentar "uma testemunha que pode esclarecer fatos e situações que comprometem pelo menos quatro deputados diretamente envolvidos com a prática de negociação ilícita de emendas no curso do ano passado". Em depoimento ao promotor Carlos Cardoso, que conduz inquérito sobre suposto mercado de emendas na Assembleia Legislativa de São Paulo, o parlamentar impôs condição: "Quero que a testemunha tenha total garantia de sigilo de sua identidade e proteção". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Barbiere confirmou o que declarou, em agosto, a um canal de internet da cidade de Araçatuba (SP), seu reduto político, sobre deputados que "enriquecem fazendo isso". "Há parlamentares que negociam emendas, apresentam emendas de maneira informal, consistentes em indicações por escrito, por eles assinadas, e dirigidas ao secretário chefe da Casa Civil, onde eram protocoladas", relatou na semana passada. Ele declarou que "essas indicações eram feitas por ofícios, em papel timbrado da Assembleia, e por vezes encaminhadas por e-mail".

Nesses ofícios, disse, cada deputado "fazia e faz constar o município ou entidade, o valor e o objeto e finalidade, porém, desacompanhados de justificativas, pois estas ficavam a cargo das secretarias de Estado solicitarem às prefeituras ou entidades que encaminhavam projetos, orçamentos, planilhas".

O petebista narrou ainda que "essa prática de patrocínio de emendas por parte dos deputados surgiu recentemente, no início da gestão da presidência da Assembleia, deputado Rodrigo Garcia (DEM), que hoje é secretário de Estado (Desenvolvimento Social) do governo Geraldo Alckmin", e acrescentou que Garcia "firmou um entendimento político com o então governador Alckmin que permitiu a introdução dessa prática de apresentação de emendas por parte dos deputados." 
do Blog Os amigos do presidente Lula

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Denúncias de vendas de emendas derrubam relator do Orçamento em SP

Indicado para o cargo, deputado Roberto Engler (PSDB) cobrou transparência no processo de liberação de recursos e foi trocado pela colega Maria Lúcia Amary


Fábio Serapião, do Jornal da Tarde, e Fernando Gallo, de O Estado de S.Paulo
O escândalo de vendas de emendas parlamentares conturba a discussão do Orçamento 2012 na Assembleia Legislativa de São Paulo e já produziu uma baixa: indicado extraoficialmente para desempenhar o cargo de relator, o tucano Roberto Engler desagradou uma parcela de deputados da Casa ao cobrar "transparência" nas indicações de emendas e, de última hora, foi substituído pela colega de bancada Maria Lúcia Amary.
Ao cobrar transparência nas indicações das emendas, Engler desagradou parte dos deputados - AL SP/Divulgação
AL SP/Divulgação
Ao cobrar transparência nas indicações das emendas, Engler desagradou parte dos deputados
No dia 25, Engler enviou um ofício para os outros 93 parlamentares no qual solicitava que enviassem a seu gabinete as emendas referentes à cota de R$ 2 milhões, com os devidos valores, objetos e entidades ou prefeituras destinatárias. De acordo com dois deputados com bom trânsito na Casa, a sinalização de que seria ele o relator lhe fora feita pelo líder do governo, deputado Samuel Moreira (PSDB).
Nesta quarta-feira, 9, no entanto, tão logo a peça orçamentária chegou à Comissão de Finanças e Orçamento, seu presidente, o deputado Mauro Bragato (PSDB), designou Maria Lúcia Amary para a relatoria.
Estado apurou que alguns deputados que resistem ao novo formato - antes as indicações eram feitas diretamente na Casa Civil, sem passar pelo Orçamento e sem publicação - reclamaram do gesto de Engler ao presidente da Casa, Barros Munhoz (PSDB), que chegou a dizer aos descontentes que "rasgassem" a carta do tucano.
"Muitos parlamentares mostraram seus desagrados em relação a isso (ofício). Acho que incomodei muita gente. Resolveram nomear uma outra deputada, Maria Lúcia Amary, uma deputada respeitável, para ser a nova relatora do orçamento", explicou Engler.
A conduta seguia a mesma linha do projeto apresentado há três semanas por todos os líderes partidários que torna obrigatória a apresentação formal das emendas ao Orçamento. A proposta foi a forma encontrada pela Assembleia de reagir à crise que a assola. "Quando foi sinalizado que eu seria o relator, achei que o momento, pelo clamor nas ruas, estampado nas redes sociais e nos jornais de todo Estado, exigia que o relator inovasse, criasse um novo sistema na direção da transparência. Então, mesmo não sendo, ainda, relator eu tinha que explicar qual o sistema que eu adotaria", argumentou Engler.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Alckmin desiste de decreto que instituiria Ficha Limpa em São Paulo

Geraldo Alckmin desistiu de incluir, no pacote anunciado ontem para aumentar a transparência em sua gestão, decreto que instituiria a Ficha Limpa para o funcionalismo paulista. A medida, já adotada em Minas, forçaria o afastamento de José Bernardo Ortiz, aliado histórico do tucano instalado na FDE. Ele tem condenação em segunda instância.

Sujeira em baixo do tapete

Indicado informalmente à relatoria do Orçamento de 2012 pelo governo paulista, Roberto Engler (PSDB) enviou cartas aos 93 colegas pedindo a lista de emendas a serem contempladas na cota individual de R$ 2 mi. Deu errado: insatisfeita, a base de Alckmin vai escolher a deputada Maria Lúcia Amary (PSDB) para o posto.

Mais dinheiro para os tucanos

Em tempo recorde, o BID aprovou ontem financiamento de US$ 1,15 bi para o trecho norte do Rodoanel. A missão do banco avaliava o projeto desde fevereiro. O montante é o maior já destinado pela instituição para obras viárias no país.Coluna da Renata Lo Prete

Governo Alckmin quer privatização do Hospital das Clínicas

Assembleia discute projeto neste momento

Neste momento, os deputados da Bancada do PT estão obstruindo a votação do Projeto de Lei Complementar de autoria do governador Geraldo Alckmin o PLC 79/06, que prevê transformar o Hospital das Clínicas em autarquia especial.

Caso aprovado, isso significará a institucionalização da dupla porta, ou seja, a possibilidade do Hospital das Clínicas atender aos planos de saúde e consultas particulares, em detrimento aos pacientes do SUS.

Contrária a privatização dos serviços públicos de saúde, a Bancada do PT propôs 11 emendas, no sentido de que elas possam ampliar a participação da comunidade e dos servidores no Conselho Deliberativo do HC, para buscar garantia de autonomia administrativa e plano de carreira aos profissionais da instituição e o atendimento à população mais desprovida do Estado de São Paulo.
Imprensa PT ALESP

Emendas de Bruno Covas são escondidas em relação apresentada pelo governo

Por: Raoni Scandiuzzi, Rede Brasil Atual

Emendas de Bruno Covas são escondidas em relação apresentada pelo governo
Bruno Covas teria conseguido a liberação de R$9,4 milhões em 2010, segundo levantamento realizado em seu site (Foto: Divulgação/ Flick Bruno Covas)
São Paulo – A Secretaria da Fazendo do Estado de São Paulo divulgou na noite de sexta-feira (4) relação dos recursos sugeridos pelos deputados estaduais paulistas e empenhados pelo governo, as chamadas indicações ou emendas parlamentares. Conforme previsto pelos membros da oposição na Assembleia Legislativa de São Paulo, algumas emendas foram omitidas na publicação, tudo para não causar constrangimentos com os deputados da base aliada do governador Geraldo Alckmin (PSDB).
Bruno Covas, que, segundo levantamento realizado em seu site (www.brunocovas.com.br), conseguiu a liberação de R$ 9,4 milhões em 2010, foi um dos beneficiados. De acordo com a lista entregue pela Secretaria da Fazenda, ele empenhou no ano passado R$ 2.157.836.
Basta um breve cruzamento de dados para desvendar um dos exemplos que dão evidência à disparidade. Tanto em seu site pessoal como no endereço eletrônico da prefeitura de Sales – a 456 quilômetros de São Paulo – é divulgada uma emenda no valor de R$ 100 mil, oriundos da Secretaria de Economia e Planejamento (vide imagem abaixo) para a construção da Praça Floriano Tarsitano. No entanto, na relação distribuída pelo governo o recurso não aparece.
"Essa é uma desorganização proposital. Nós levantamentos que tínhamos, os valores empenhados para a base eram muito maiores do que o divulgado", disse o deputado estadual Luiz Claudio Marcolino (PT).
  • Site pessoal de Bruno Covas
  • Tucanos de São Paulo matam a saudade da ditadura militar

     Depois do Senador Alvaro Dias(PSDB-PR) ter feito apologia à ditadura,Policia de Alckmin e Kassab Agredido estudantes em SP,Batalhão da PM ter "glorificado" a ditadura,Alckmin ter demitido delegado Blogueiro que denunciava corrupção,Torturado uma Escrivã ,Serra ter mandado bater em professores entre  outros,agora outro  ato ditatoriais do PSDB de SP.
    Tropa de Choque faz desocupação de prédio de reitoria da USP
    Cerca de 400 policiais realizaram operação, apoiados por helicópteros e pela cavalaria; pelo menos 70 estudantes foram detidos
    polícia de alckmin e a ditadura militar na USP
    A Tropa de Choque da Polícia Militar iniciou nesta manhã de terça-feira, por volta das 5h10, o processo de reintegração de posse do prédio da reitoria da Universidade de São Paulo (USP), ocupado desde a madrugada do último dia 2 por estudantes que exigem o fim da presença da PM no câmpus, na zona oeste da capital paulista.
    Munidos de cassetetes, escudos e armas com balas de borracha, cerca de 400 policiais da Tropa de Choque chegaram ao local e arrombaram um portão que dá acesso ao prédio e foram de encontro aos estudantes. O efetivo empregado pela corporação, segundo o comando no local, foi necessário para garantir a integridade física de todos. "Esse efetivo foi deslocado para a universidade justamente para que tudo ocorresse pacificamente", afirmou a coronel Maria Aparecida de Carvalho.
    guerra policiais e estudantes da USP
    Segundo informações da PM, 70 estudantes - 46 homens e 24 mulheres - foram retirados do prédio e detidos para averiguação. Eles foram levados em ônibus da polícia ao 91º DP, do Ceasa. Todos foram revistados dentro do prédio e serão fichados na delegacia pela Polícia Civil.
    Os alunos envolvidos devem responder por desobediência por não terem cumprido a ordem judicial de abandonar o prédio até 23h de ontem, entretanto, se a perícia comprovar estragos na reitoria, eles responderão pelo crime de dano ao patrimônio público.
    O prédio da reitoria foi cercado por completo e, às 5h25, boa parte do estudantes já havia sido retirada de forma pacífica. Um grupo de alunos chegou a realizar um protesto em frente ao edifício e pelo menos um foi detido ao tentar furar o bloqueio dos policiais.
    De acordo com a coronel Maria Yamamoto, "foi uma desocupação pacífica pois a PM pegou os alunos de surpresa". A desocupação havia sido oficialmente solicitada à polícia pela juiza corregedora Ana Paula Sampaio de Queiroz Bandeira Lins, na segunda-feira (7), conforme documento enviado ao comandante geral, coronel Álvaro Batista Camilo.

    segunda-feira, 7 de novembro de 2011

    O exemplo administrativo paulista

    Serra critica programa federal para combater crack 
    O Globo, 08/06/2010

    O pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, criticou nesta terça-feira o programa de combate ao crack lançado pelo governo federal no mês passado. O tucano disse que não há espaço para "improvisar" sobre o assunto.

    Serra se reuniu com psiquiatras, representantes de organizações sociais e familiares de dependentes químicos, em São Paulo. No encontro, o tucano atacou a decisão do governo de somente financiar internações para dependentes químicos em hospitais.

    Na reunião, o presidenciável ressaltou suas ações na área quando governador.

    São Paulo, 07/11/2011


                                         Ao fundo temos outro orgulho tucano: a Sala São Paulo
    Leia mais em: O Esquerdopata: O exemplo administrativo paulista
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    domingo, 6 de novembro de 2011

    Escândalo das emendas:Geraldo Alckmin e José Serra, foram os campeões de liberação de emendas no ano eleitoral de 2010.

    do Blog os AMigos do Brasil
    Deputados estaduais do PSDB, partido do governador Geraldo Alckmin e do ex-governador José Serra, foram os campeões de liberação de emendas no ano eleitoral de 2010. Levantamento feito pelo Estado mostra que os quatro deputados que mais conseguiram verbas do governo de São Paulo, todos tucanos, são o presidente da Assembleia, Barros Munhoz (R$ 5,6 milhões), o ex-líder do governo e hoje deputado federal Vaz de Lima (R$ 5,2 milhões), o atual relator do Orçamento, Roberto Engler (R$ 4,6 milhões), e o deputado licenciado e atual secretário de Desenvolvimento Econômico, Paulo Alexandre Barbosa (R$ 4,4 milhões).
    Apesar de os tucanos liderarem o ranking de distribuição das verbas, há um equilíbrio quando se analisa a cota média de parlamentares do PSDB e do PT. Os correligionários de Serra, que deixou o governo em 2010 para concorrer à Presidência, foram beneficiados com liberações de R$ 2,9 milhões, em média, enquanto os petistas ficaram com R$ 2,89 milhões.
    Na lista dos 15 deputados campeões de liberação de emendas aparecem cinco petistas: Adriano Diogo (7.º, com R$ 3,9 milhões), Simão Pedro (9.º, com R$ 3,7 milhões), Beth Sahão (11.º, R$ 3,6 milhões), Ana do Carmo (13.º, R$ 3,5 milhões) e Ana Perugini (15.º, 3,5 milhões).
    As listas das emendas de 2007 a 2010, divulgadas na noite de sexta-feira pelo governo de São Paulo, mostram que o acordo informal que destinava uma cota de R$ 2 milhões em emendas para cada parlamentar não foi respeitado. Dos 97 deputados contemplados, 78 conseguiram liberar valores acima deste limite.
    A cota de R$ 2 milhões nunca foi publicada, mas sempre esteve acordada extraoficialmente entre os líderes partidários da Casa, segundo confirmação de vários deles.
    No Orçamento dos últimos dois anos, o governo reservou uma rubrica de R$ 188 milhões na pasta do Planejamento para o pagamento das indicações parlamentares, valor que, dividido pelos 94 deputados, totaliza R$ 2 milhões.
    A informação de que havia uma cota neste montante foi publicada em diversos veículos de imprensa e nunca havia sido negada nem corrigida pelo Palácio dos Bandeirantes. Questionado pelo Estado, o governo divulgou ontem a seguinte informação: “Não existe uma cota específica. O critério para liberação das indicações parlamentares é técnico, independentemente da filiação partidária. Se a indicação for aprovada por razões técnicas e houver recurso disponível, o governo tem todo interesse em aplicar esse dinheiro para beneficiar a população”.
    Em diversas manifestações nas reuniões do Conselho de Ética da Assembleia para apurar denúncias de cobrança de propina em troca da aprovação de emendas, parlamentares da base e da oposição falaram em cota de R$ 2 milhões.
    O total de emendas liberadas em 2010 soma R$ 256 milhões – o governo paulista ainda desembolsou, em 2011, como restos a pagar do ano passado, outros R$ 26,1 milhões, o que eleva o valor total para R$ 282 milhões.
    Quando se analisa a liberação média para os partidos, o PSDB fica em terceiro no ranking, atrás do nanico PSC e do PSB, partidos que faziam parte da base de apoio do governo Serra. O PSC fez indicações para o repasse de R$ 7 milhões, ou R$ 3,5 milhões, em média, para cada um de seus dois deputados. Os cinco parlamentares do PSB conseguiram, em média, R$ 3,12 milhões em emendas.
    Barbiere. Segundo os dados divulgados, o deputado Roque Barbiere (PTB), pivô das acusações de vendas de emenda na Casa, intermediou o repasse de R$ 3 milhões em 2010, sendo o 22.º no ranking. O deputado licenciado e atual secretário de Meio Ambiente, Bruno Covas (PSDB), envolvido no caso depois de ter relatado a oferta de propina de R$ 5 mil que um prefeito lhe fez por uma emenda (ele negou que fosse um fato concreto em seguida), aparece apenas em 71.º lugar, com R$ 2,1 milhões. Bruno foi o relator do Orçamento nos últimos dois anos.
    O atual secretário da Casa Civil, Sidney Beraldo (PSDB), que esteve praticamente ausente da Assembleia porque foi secretário de Gestão até abril do ano passado e depois coordenador da campanha de Alckmin, conseguiu liberar R$ 2,3 milhões.
    O governo concedeu aos deputados Camilo Gava (PV), Cássio Navarro (PSDB), Milton Flávio (PSDB) e Hélio Nishimoto (PSDB), que eram suplentes na legislatura anterior e em 2010 só exerceram mandato de janeiro a março, respectivamente R$ 2,7 milhões, R$ 2,6 milhões, R$ 2,4 milhões e R$ 2,1 milhões.
    CRONOLOGIA
    Denúncia foi feita em agosto pelo deputado Roque Barbiere (PTB)
    10 de agosto
    23 de setembro
    O Estado revela o teor da entrevista. No mesmo dia, o Ministério Público Estadual abre inquérito para apurar o caso
    26 de setembro
    Deputados reforçam a existência do esquema. Estado divulga entrevista com Bruno Covas (PSDB), gravada em agosto, em que ele relata que um prefeito lhe ofereceu propina após a aprovação de uma emenda. Ele volta atrás e diz que foi um exemplo hipotético
    30 de setembro
    Pressionado, o governo paulista divulga lista de emendas, mas somente as de 2011
    25 de outubro
    Em discurso no plenário da Assembleia, Barbiere aponta o nome do primeiro colega que seria suspeito de integrar o esquema: Dilmo dos Santos (PV). Ele nega a acusação
    27 de outubro
    Em reunião, Conselho de Ética da Assembleia decidi encerrar as investigações sobre o caso e enviar um relatório ao MPE
    4 de novembro
    Governo libera as emendas que havia prometido, de 2007 a 2010